Amores Secretos - Beauany - ADAPTAÇÃO

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Nunca imaginei que um dia jantar com a minha família seria um tormento, as conversas e perguntas para a loira intrusa são tantas e Marry sempre respondendo com um sorriso nos lábios. Como ela pode gostar de um interrogatório deste nível? Saco! Mil vezes saco! Saco infinito!

Josh a todo momento acaricia o rosto da namorada, beijando o dorso da mão dela.
Meu prato repleto de comida está intocável, não consigo comer ao ver o garoto que eu amo trocando carinho com uma loira falsa e caipira. A minha noite pode piorar?

— Família, quero agradecer pelo carinho que estão tratando a minha namorada. E acho que agora é o momento certo para entregar esse presente a você, Marry! — Josh tirou uma caixinha do bolso da calça moletom e minha mãe ficou eufórica.

— Meu Deus, Meu Deus!

Revirei meus olhos, é só um presente e...

— Uma aliança?

O QUE? UMA O QUE?

Marry estende a mão trêmula para o Josh colocar a aliança em seu dedo anelar. E se beijam na frente de todos na mesa, eu me levantei bruscamente da cadeira, fazendo a mesma tombar no chão e o barulho chamou a atenção de todos. O mundo parou, eu não conseguia prestar atenção em nada ao meu redor, só na bela aliança dourada e cravejada em diamantes no dedo daquela... daquela... Argh! Deixei a mesa com os xingos do meu pai, com as perguntas da minha mãe e com o Noah ao meu encalço.

— Any, espere por favor! — O meu irmão suplicou, me seguindo até o meu quarto. Parei próxima a porta, tentando controlar a minha respiração desenfreada.

— O que está acontecendo com você? Por que está se comportando dessa maneira? Está pálida e trêmula. — Noah segurou na minha mão. — E muito gelada... Any!

— É só labirintite, preciso de uma boa noite de sono e tudo se resolverá. — Me justifiquei, esperando que o meu irmão tão observador e principalmente astuto caísse na minha mentirinha.

Noha ficou desconfiado, me analisou alguns segundos e comentou: — Hmm Hmm! Apenas uma simples labirintite. Eu vou deixá-la sozinha.

O meu irmão girou pelos calcanhares e desceu de novo para a mesa de jantar.
Em meu quarto troquei a minha roupa e vesti um pijama a qualquer, deitei na cama e tentei dormir. Para o sono amenizar esse pesadelo real que estou vivendo, me remexo de um lado, me remexo para outro lado. Me viro na cama, vasculhando os apps do meu celular e o sono não vem. Fiquei horas olhando para o dossel, até o meu estômago começar a implorar por comida. Aí não! O ronco alto igual um canhão me encorajou a descer até a cozinha, levando comigo a minha "agedi" para fazer algumas anotações.

Preparando um lanche e observando o horário no imenso relógio carrilhão próximo a lareira. Ainda são 23 horas? Hmm! Eu achando que já era madrugada. Sento-me na cadeira, abocanhando o sanduíche. Pensando e pensando... Talvez, Bailey pode estar certo, mas tenho muito medo e apreensão. Josh, por mais despojado que seja não é mais um garoto. Ele já está vivendo a sua fase adulta e eu... Não faço ideia do que quero ser, ainda tenho muito dúvidas e incertezas em relação a mulher que quero ser um dia. No entanto, esse sentimento está aqui dentro, se intensificando, ficando cada vez mais forte.

Eu só que quero libertar esse amor, só quero que o Josh descubra o sentimento lindo que existe e quase explode quando ele está por perto. Preciso dar o primeiro passo, nada exagerado. Não preciso de um outdoor luminoso ou uma serenata clichê. Quero que o meu primo descubra da forma mais simples, quero que ele perceba o quanto o colar da Tanzânita significa para mim. Tudo que ela significou até hoje! Só me declarando terei a certeza se esse amor terá uma continuidade ou não. Então bolei um plano (que terá três fases) na minha "agedi" escrevo.