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Os festivais na praia são comuns na minha cidade. Quando nos mudamos para Los Angeles, pensei que não fosse me acostumar. Tudo era agitado e diferente do bairro familiar em que cresci até meus 13 anos. Quer uma vida agitada e uma noite animada? É só escolher Los Angeles, com pubs e casas noturnas que estão sempre cheios e ficam espalhados pelos mais diversos bairros. E também tem os luaus divertidos, com fogueiras, bebidas e um violão alegrando a galera.

A praia não ficava distante da Mansão, caminhamos alguns minutos até conseguir enxergar as grandes tendas coloridas e o enorme palco para apresentações de DJs locais. A vendedores e quiosques de bebidas em todas as direções que olhamos. Uma aglomeração de pessoas parabenizava apresentação de um mímico. As gargalhadas do público se misturavam com os gritos e música.

— Bom, essa noite eu quero aproveitar. — Disse Noah sorridente.

Os olhos da Any cintilavam, como se estivesse presenciando um espetáculo colorido e mágico do Circo de Soleil.

— Que incrível, então é assim com festival em uma praia? — Indagou ela, não perdendo um único detalhe.

— Esse festival é pequeno comparado com outros que já participei.

— Nossa, por que as garotas estão com os rostos pintados?

— São tintas neon, elas brilham no escuro!

— Uau, posso pintar meu rosto também?

— Acho que sim, só precisamos encontrar um quiosque de hennas.

— Perfeito!

Perambulamos pela praia por horas, encontramos um quiosque de Hennas onde Any fez um desenho delicado de uma pena no pulso e coloriu o rosto com as tintas neon. Nos deliciamos com pequenas costelinhas de javali e bebemos até perder Noah em meio a multidão.

— Ótimo, agora como vamos encontrá-lo? — Any esticou o corpo tentando enxergar o irmão na multidão.

— Não se preocupe com o Noah, ele sabe o caminho para a Mansão. E tenho certeza que esse sumiço dele tem um motivo.

Any piscou os olhos e enrubesceu.

— Oh, entendo. Eu queria...

— Josh?

Uma voz feminina cortou a fala da Any. Nos virando em direção da pessoa e... Merda, tinha que ser ela?

— Marry, como vai?

— Eu estou ótima... — falou, encarando Any. — Eu acho que a minha intuição estava certa.

— Marry por favor, vá curtir a noite.

Ela me ignorou e continuou com o olhar fixo na minha namorada. Any segurou com firmeza em minha mão, conseguia sentir a tensão dela.

— Criança tola! Você é apenas uma distração para ele. Um joguinho novo e que logo estará enjoado.

— Não estou interessada na sua opinião. Você só está querendo me abalar. Marry volte para a casinha e nos deixe em paz.

Marry a fuzilou, suas bochechas ficam avermelhadas e por momento pensei que ela fosse avançar na Any como uma Cascavel.

— Vocês são dignos de pena. O pecado mais horrendo que pode existir na Terra. — sorriu, deixando o veneno escorrer pela boca. — Os seus filhos pagaram por essa blasfêmia.

— Já chega Marry, você está indo longe demais. Quero você longe da minha namorada, não quero você perto de ninguém da minha família.

— Ah, pensando na sua família. Como eles vão reagir a essa novidade desprezível?

Amores Secretos - Beauany - ADAPTAÇÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora