23 - Solving Problems

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 Sana's P.O.V.

Minha última aula do dia estava prestes acabar, o cansaço reinava em meu corpo. Sabia que uma faculdade de medicina seria esgotante, mas de qualquer forma não poderia quebrar a sequência de médicos da família.

Meus olhos mal se mantinham abertos, era óbvio que precisava dormir. Palavras e mais palavras entravam em meus ouvidos e saiam deles com facilidade, até que...

— Sana? – Uma voz chama a minha atenção.

Não era do meu professor, ou muito menos de algum amigo meu (que no caso não possuía muitos), era apenas um colega que se sentava atrás de mim, no qual nunca havia dado tanta importância. Estranhei com o fato de ele querer conversar comigo, mas enfim acabei me virando com o objetivo de saber suas intenções.

— O que quer? – Fui curta e grossa, o que não passou despercebido por ele.

— O pessoal está combinando de sair no final de semana para comemorar o final do semestre, estamos fazendo uma lista de quem irá comparecer, está a fim de ir?

“Não, não estava” – Pensei.

— Não, obrigada – Já iria me virar novamente, até que ele fala.

— Tinha que ser a antipática – Falou em um tom baixo.

Aquilo de certa forma não deveria me atingir, até porque não ligava muito para a opinião alheia, mas me deu muita raiva quando ele falou aquilo, considerei que foi pelo estresse da aula.

— Coloca meu nome – Disse de forma rude.

A última coisa que vi após falar aquilo, foi o seu sorriso vitorioso. Me arrependi no mesmo instante de ter concordado em ir, mas não iria voltar com minha palavra, se bem que não estava acreditando ainda que me deixei levar por sua ofensa em relação a mim.

Os dias se passaram e o final de semana chegou, para a minha infelicidade. Não me vesti de forma totalmente produzida, afinal, não era um evento que me chamava atenção, então só fiquei com o básico.

O lugar que foi marcado de todos irem, era um bar que tinha aqui perto. Haviam calouros e veteranos por lá, mas todos do mesmo curso. Talvez tentasse socializar um pouco, só talvez...

Procurei de imediato um lugar para me sentar, um lugar mais isolado de onde a maioria estava, e talvez esse foi o meu erro...

Estava apenas apreciando a música, que no caso não era tão ruim, quando de repente um homem que aparentava ter uns 30 anos vem sentar-se ao meu lado na mesa em que estava.

— Olá, senhorita – Sua voz continha um tom sedutor.

Me senti desconfortável logo de início, era óbvio que ele queria alguma coisa.

— Não consegue falar? – Continuou a puxar assunto comigo.

Sim, eu não conseguia falar, sua presença estava me incomodando e não conseguia expressar nada.

— Aconteceu alguma coisa, querida? – Aproximou-se mais de mim.

— Você poderia se afastar de mim? – Enfim tomei coragem para falar algo, e aos poucos fui me afastando dele.

— Não gosta de homens charmosos?

Aquela voz estava me dando ânsia, por mais que gostasse de homens, aquele cara nunca iria fazer o meu tipo.

— Não, não gosto de homens, poderia se afastar agora?

Ele deu uma risada, não entendi o motivo dela, mas me deu arrepios, já sabia que coisa legal não estava por vir.

The Medicine of Love - SaiDaOnde histórias criam vida. Descubra agora