II. Urquiza e Gutierrez

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Carta de n°2

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Carta de n°2. Beatriz

Beatriz Urquiza,

Espero que você tenha ótimas explicações para o seu sumiço repentino, e nós, suas amigas, soubemos de sua mudança pelos empregados da casa, Beatriz! Imagina o quão desconsideradas nos sentimos?!

Eu espero que sua aventura valha muito apena, pois Lucas estava a sua procura estes dias. Sim, Lucas, o lindo garoto que vimos na cavalgada do Vale das Oliveiras. Também espero que não se arrependa, eu mesma estou quase indo buscar você, não imagina o quanto este lugar é entediante sem sua presença.

Não me sinto confortável para contar as outras garotas, em detalhes sobre meus avanços com Jhon, e sim, estamos a um passo de começarmos um relacionamento sério, e em outras circunstâncias eu estaria pulando de felicidade com minha melhor amiga, enquanto estaríamos degustando de um delicioso bolo de cenoura, apreciando a bela vista da varanda.

Eu sempre soube que esse dia chegaria, mas esperava ao menos uma despedida digna, um abraço de meia hora, e talvez até uma de nós correndo atrás do trem, mas você nunca foi do tipo que fez o esperado e acho que essa é uma das coisas que mais admiro em você.

Mostre as pessoas do novo mundo que tanto busca a mulher brilhante que você é, mostre aos homens o quanto nunca serão tão bons quanto você. Mostre que você nunca precisou de nada e nem de ninguém para subir ao padrão de excelência. Você é extraordinária e não restam dúvidas de que você fará o seu melhor

esteja onde estiver.

Lutando entre não chorar e te dar um tapa, Celeste.



Flashback:

Desci do cavalo quando avistei Manuel em meio ao campo de flores violetas. Aquele havia se tornado nosso lugar seguro, nosso ponto de encontro e nosso melhor lugar antes mesmo que eu tivesse consciência que de fato aconteceu. Era onde sempre poderíamos estar e o resto do mundo poderia esperar. Sorri em sua direção quando vi que o mesmo já tinha me visto e esperei que meu gesto fosse retribuído, mas a medida que me aproximava percebi que sua expressão não era das melhores.

Oiê! Exclamei animada me colocando na ponta dos pés para de lhe dar um beijo curto em sua face.

Oi...Ele definitivamente não estava animado como de costume e suas expressões não me passavam nada, como se estivesse vazio. — Precisamos conversar.

Meu coração acelerou e definitivamente não foi de um bom jeito.

Escute, se for terminar comigo...

Agente UrquizaOnde histórias criam vida. Descubra agora