IV - Perfeita Harmonia

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Carta de n°4 - Beatriz

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Carta de n°4 - Beatriz.

          Beatriz,

Santo Deus! Tenho tantas coisas para lhe dizer, mas qualquer coisa não pode ser mais importante do que: você encontrou Manuel Gutierrez! Até me sinto nostálgica em lembrar de todas as vezes em que ele foi o principal assunto de nossas conversas e risadas, éramos felizes e sabíamos disso. E então, quando será o casório? E o que te fez encontrar Manuel Gutierrez?

Creio que as coisas não possam estar mais ao seu favor, porém a situação aqui... Muitas pessoas desabrigadas, estamos tentando ao máximo garantir que ao menos as crianças terão um lar, no momento, são nossas prioridades, o futuro do país. Mas é tão duro não poder dar assistência a todos, será que as pessoas não podem resolver as coisas na base de uma conversa?

Nem pense em pegar o primeiro trem para chegar aqui, ok? Estamos nos estabilizando aos poucos, e quando os serviços da Super Urquiza forem nescessários, eu mesma farei questão de entrar em contato com você, mas por enquanto, seja uma heroína em Londres.

Inclusive, lembra-se de quando Manuel respondeu uma de suas cartas do desabafo, que havia sido enviada acidentalmente para o mesmo? Sinto tanto por você não conseguir ver como estou gargalhando agora. Vou lhe enviar, aposto que terá ainda mais motivos para sonhar com seu príncipe encantado.

Esperando o convite de casamento, Celeste.



Flashback:

Acordei feliz aquela manhã, não existia  palavra melhor para descrever meu humor. Levantei cedo, cantei a medida que me preparava fisicamente para mais um dia, e estava com um sorriso no rosto a cada segundo. Aquelas cartas eram realmente milagrosas.

Já haviam se passado quase quatro meses desde a chegada de Manuel, e nossa aproximação foi quase como inevitável, afinal, ele estava todos os dias em minha casa, e era tão gentil comigo...
Cada vez mais, quando eu achava que já não haveria mais como, ele me surpreendia com os pequenos detalhes, que o faziam uma pessoa extraordinária.

Mas não poderia simplesmente chegar e dizer a ele meus verdadeiros sentimentos, não sabia como fazê-lo, então simplesmente escrevia cartas, descrevendo meus sentimentos cada vez mais profundos sobre o mesmo, como se ele estivesse bem em minha frente, e eu só tivesse que dar este passo, e tudo mudaria.

Mas apenas me escondo por trás de cartas super úteis, de desabafo.

Desci as escadas saltitante, e ao mesmo tempo, tomando cuidado para não cair e acabar causando um escândalo. Assobiei em direção a cozinha, sentindo um aroma delicioso vindo do lugar, a medida que me aproximava.

Agente UrquizaOnde histórias criam vida. Descubra agora