VII - Entre beijos e anéis

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Flashback Bia:

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Flashback Bia:

Era um dia importante.

Dei uma última olhada em meu vestido, me certificando de que tudo estivesse em perfeita ordem, era lilás e tinha mangas bufantes, como eu gostava.  Dei também uma olhada por todo o meu corpo, encontrando alguns fios de cabelo fora do lugar, rapidamente os alinhei, tudo precisava estar perfeito. Todo ano fazíamos uma reunião em família, para contarmos as boas novas e para estarmos em conjunto, parentes de todas as partes se reúnem em nossa residência.

E naquele ano, Manuel estaria conosco.

Escutei batidas na janela, me tirando do meu pequeno momento. A princípio, fiquei um tanto assustada, arregalando os olhos, realmente não estava esperando ninguém e muito menos em minha janela. Olhei para trás, encontrando o olhar tenso de Manuel, ele carregava um buquê de margaridas em mãos, desta vez. Ele acenou e e fez um sinal com a cabeça, e entendi o que quis dizer. Caminhei rapidamente até a janela, logo sentindo o vento gelado da noite fria, em meu rosto, dei espaço para Manuel entrar, mas ele negou.

— Vai congelar se ficar aí. Ande, entre aqui!

— Não posso, tenho que estar em sua porta em cinco minutos. — ele engoliu em seco.

— Cinco minutos?! — Olhei para o relógio na parede de meu quarto, me dando conta do quanto o tempo havia passado desde que o olhei da última vez, o que eu jurara que não havia muito tempo.

— Relaxe, querida, você está pronta? — sorri pela forma que me chamou.

— Sim, e você?

— Pronto, porém nervoso. Muito nervoso! — ri, Manuel estava realmente assustado, os olhos alertas e as bochechas coradas antes da hora. Adorável. — Vim aqui te pedir que por favor, abra a porta pra mim, não é o momento de lidar com o senhor Urquiza.

— Ah, vamos, meu pai gosta de você!

— Não depois que firmamos o namoro.

— Ele está sendo protetor, mas ele sempre gostou de você! — toquei seu rosto, sentindo o choque das temperaturas, sua pele gelada pelo clima lá fora. — Eu gosto de você, e é o que importa.

— Eu amo você. — sorriu, sincero.

— Eu também amo você. — me estiquei para dar um beijo curto em seus lábios. — Agora entre antes que pegue um resfriado, vou para perto da porta.

— Tudo bem, obrigado.

Pisquei antes de vê-lo se afastar, indo para a frente da casa, fechando por fim a janela e as cortinas, voltando ao meu cômodo quentinho. Respirei fundo e passei mais uma vez as mãos pelo vestido que estava usando, então abri a porta e fui em direção a sala.

A casa estava cheia, iluminada, decorada como em uma festa aconchegante, com entes queridos... Bom, nem todos, sempre há uma exceção. Todos estavam com roupas mais quentes pelo clima do lado de fora, que graças as lareiras, não interferiu do lado de dentro; a música escova tranquila, e a melodia deixava o ambiente bem mais harmonioso, quem sabe Manuel não quisesse se aprofundar na dança hoje? Caminhei até a porta de entrada, na intenção de esperar que meu querido namorado batesse a porta.

Agente UrquizaOnde histórias criam vida. Descubra agora