O Acordo- Série Amores Destinados

DEZ

HELENA FIELD

Assim que pego alguns legumes e algumas verduras, vou até o a pia onde os coloco em uma panela e os levo para o fogão.

" quando eu cozinha, me sentia leve e muito mais calma, a comida e a cozinha em si era tudo para mim, quando era pequena e ainda meus pais moravam juntos, eles apreciavam, muito aliás, mais isso acabou e eu lamentava por isso".

Me livro desses sentimentos, e pego uma colher e espero os legumes ferverem, no fogão.

- olá - diz uma voz alta e grosa, meu coração para por um segundo, mais me viro tentando parecer calma.

Era a o mesmo homem que eu havia conversado aquele dia, mais hoje ele estava ainda mais bonito, como se fosse possível, sua calça e sua camiseta social eram pretas o deixando inda mais bonito e sexy, por outro lado seu cabelo estava desarrumado deixando assim com um charme inexplicável.

- Meu Deus.... o Sr. Edumud mandou você aqui - digo mais não encontro as palavras certas

- Tudo bem, e.... sim ele me mandou aqui para ver se estava tudo correto aqui, pois o alarme tocou - diz me encarando intensamente

- Sério! Mil perdões. É.... Ele falou que. Eu podia treinar aqui - respondo  me desviando de seu olhar penetrante

- tudo bem, ele não me falou nada sobre isso - diz e noto um sorriso se formando em seu lábio

- como? Você trabalha com ele? - pergunto, sem entender oque ele queria dizer

- eu sou seu ajudante

- ata! Bom eu só estava treinando um pouco, eu acabei de me formar em gastronomia 

- interessante - diz se aproximando lentamente

- É bem legal mesmo - falo tentado deixar o clima menos tenso

- sabe, por mais que eu não sabe muito das variedades de pratos, eu aprecio muito

- por isso que você resolveu trabalhar em um restaurante 

- mais ou menos - diz - calma, porque você está trabalhando de garçonete então?

Penso em sua pergunta e penso, se deveria contar uma mentira ou a verdade, como não o conhecia resolvi contar a mentira

- estou querendo trabalhar em todos os setores

- há, sei

- tá bom, eu não consegui nenhum emprego, da para acreditar? 

- não, não da mesmo - diz dando uma leve risada que ecoa a cozinha - eu aposto que você merecia mais, não?

- não é, mais eu também não sou ingrata por mais que pareça, eu fiquei feliz pelo emprego - digo desligando o fogo, e colocando a panela na pia

- em partes pelo que eu vejo - diz, e logo o homem misterioso senta em um dos bancos, me deixando de costas para o mesmo

- por aí, mais eu sempre corri atrás dos meus sonhos, e com esse será a mesma coisa - falo me virando para encará-lo.

- acho que todos tem que ser assim - diz calmo

- E você corre atrás do seu?

- já corri, mais não foi bem oque eu esperava - respondo dando um sorrisinho de lado

- bom a vida é assim - falo, mais assim que o digo ouso seu celular tocar

- há.... já que está tudo bem aqui. É... Preciso ir - me levanto

- há, claro. Foi um prazer

Nossos olhares se encontrar e por meio segundo, ficamos sem reação.

Mais seu celular toca novamente e assim nos tira do transe.

- foi muito bom conhecer a senhorita - diz saindo da cozinha

- eu digo o mesmo, qual seu nome? - pergunto

- É.... John - diz abafado

- foi um prazer John - digo por fim