O Acordo- Série Amores Destinados

UM

•LIVRO SENDO REPOSTADO

- mãe! Você sabe que eu já tentei procurar emprego na minha área mais ninguém se interessou - desabafo mais uma vez, sentindo o peso da frustração em minhas palavras.

- Helena. Filha eu vou tentar te ajudar, mais lembre- se que você acabou a faculdade agora, você tem que ter calma

- É, mais a calma não vai pagar nossas contas

- seu pai já ligou para você?

- eu vou ligar para ele mais tarde, já faz um tempo que eu não o vejo - digo mais não espero sua resposta

- bom, amanhã eu vejo se consigo falar com alguns amigos, e ver se alguém conhece algum restaurante ou comércio que esteja precisando de chefe de cozinha - a mesma me encara

- acho que agora nem me importo mais com oque eu vou trabalhar.
Conseguindo um emprego já está ótimo - suspiro

- a mais não mesmo, você tem diploma, tem que arrumar algo do seu nível

- eu não tenho experiência, as vezes temos que começar por baixo para depois dar a volta por cima

- Nós já passamos por isso - diz por fim amargamente

Horas depois vou até meu quarto, ele estava um pouco desorganizado, então vou até a varanda e pego uma vassoura, pego minhas roupas que estavam no chão e as guardo, arrumo os papéis de currículo, que estavam todos espalhados pela cama.

Assim que término pego meu celular e disco o número do meu pai, fazia tempo que não conversava com ele

- pai! - digo

- há, oi filha como está?

- aqui está tudo bem, e a Ana está bem? - pergunto

- há sim, uma pena você não ter ido no nosso casamento

- você sabe que eu queria muito, mais as coisas aqui não estão as mil maravilhas

- filha você sabe, se estiver precisando de dinheiro pode me falar

- tudo bem pai! eu consigo dar um jeito. Preciso ir. Tchau

- tudo bem, tchau - fala por fim.

Meu pai estava bem feliz em sua nova vida, já minha mãe... vou até o banheiro e tomo um banho e em seguida coloco uma roupa confortável.

- e aí, oque ele disse? - pergunta minha mãe

- nada, que ficou triste por eu não ter ido no casamento

- ata sei, aquele cretino está mais do que feliz de não precisar olhar para sua cara, ele podia ter dado a você, um pouco de dinheiro, isso ele tem de sobra

- ué mais não foi você que falou que não aceitaria nada dele

- eu não sabia que a gente teria que viver assim - diz olhando ao nosso redor

Nossa casa era simples, Mais não nos faltava nada, para mim, porque para minha mãe faltava tudo. Mais realmente não queria pedir ajuda para meu pai, ele estava prestes a ter outra família.

- aquele imbecil, nem para te dar um parte da empresa ele serve 

- mãe! você sabe que não era o meu sonho

- ata! e seu sonho é trabalhar de faxineira, ou melhor, faxineira da cozinha? - diz alterada - meu Deus! Desculpe filha, você sabe como eu fico só de falar no nome do seu pai - Diz indo até a minha direção e me abraçando

- sim, eu sei - suspiro

Meu pai havia deixado minha mãe. A ferida ainda estava fresca em nosso lar, onde antes tínhamos tudo do bom e do melhor. Sua partida para viver com outra mulher deixou um vazio em nossas vidas e uma situação financeira precária. Apesar de já ser maior de idade, eu não queria pedir nada a ele. Queria trilhar meu próprio caminho, mesmo sabendo que seria desafiador. O orgulho e a determinação me impulsionavam a ter minha própria independência

• deem estrelinha para eu saber que estão gostando