Changes - Dean Winchester (Concluída)

"Dean às vezes se acha invencível."

Trago mais um capítulo para vocês. E também trago que tenho a história praticamente terminada aqui kkkk Então, espero que gostem. ✨💜

- seu irmão ainda não está pronto para você ajudá-lo. Eu já presenciei isso antes, dê tempo ao tempo, isso é muito para o Dean. - Alysson estava conversando com Sam, enquanto Margot o tinha no quarto. Eles já haviam ido a lanchonete, Alysson até conseguiu fazer Sam jantar e eles estavam sentados, esperando a enfermeira sair, para ele poder se juntar ao irmão.

Eles ouvem os alarmes gritarem do quarto de Dean, e vêem a agitação da equipe do hospital pelo corredor até o quarto.

- o que está acontecendo?- Sam pergunta.

- eu não sei.- Alysson se levanta com a tensão em seu corpo e corre para dentro. Sam a segue, mas não vai além da porta antes de parar e o pânico o impedir de chegar mais perto.

Margot e o médico de plantão estão sobre seu irmão, examinando-o, enquanto outras duas enfermeiras verificam cada centímetro de seu corpo e mangueiras que o cercam. Alysson tem sua cabeça sobre as suas duas pequenas mãos, enquanto Dean está se contorcendo na cama, membros se debatendo, e Sam por um minuto pensa que talvez Dean tenha recuperado a sensação e mobilidade de seu corpo.

- Dean, você pode nos ouvir? Vai ficar tudo bem. Vamos resolver isso, nós vamos.- é a voz de Alysson que Sam ouve, e ele vê as mãos dela firmemente em cada lado das bochechas de Dean, enquanto o médico grita ordens e consulta o prontuário de Dean. Ele continua pedindo por medicamentos, e acaba administrando ele mesmo e espera impaciente que a agitação de Dean pare.

Quando o pânico passa, há uma nova onda de atividades, uma enfermeira sai e logo retorna com uma maca. Todos ali seguram em partes diferentes do lençol e na contagem do médico, eles transferem Dean para a maca, trocando o respirador da cama, por um portátil antes de leva-lo para fora do quarto e sumiram pelo corredor.

Ninguém parece notar que Sam está lá até mesmo Alysson que começa a falar com Margot, que ficou para limpar o restante da rotina intestinal e jantar de Dean. Em estado de choque, Sam lentamente vai até a cadeira perto da cama de Dean e se senta nela, fazendo a enfermeira e a fisioterapeuta se assustarem.

- Sam, você nos assustou!- diz Alysson.- achei que estivesse lá fora.

- o que acabou de acontecer?- ele exige, não interessado em conversa fiada.- o que está acontecendo com meu irmão?

Ela olha para a enfermeira e sussurra para ela terminar o trabalho, assim ela faz. Alysson se aproxima de Sam e se sentando na cama, onde Margot já havia limpado.

- isso é o que eles estão tentando descobrir, Sam. Margot nos contou que eles parecia um pouco desligado, mas quando ela perguntou se estava se sentindo bem, ele disse que sim. Pelo que posso dizer, pessoas com lesão medular, sofre de uma doença chamada disreflexia autonômica. O Dr.Gomes conseguiu estabiliza-lo, mas eles o levaram para alguns testes, para que possam descobrir o que está causando.

- eu não sei o que é isso.- diz Sam, tirando o cabelo de seus olhos e olhando suplicantemente para a fisioterapeuta. Ele pensa em dizer a ela que não está surpreso que Dean não tenha reclamado, mas decide que isso não é importante agora.

-o quão sério isso é?

- pode ser muito sério se não for detectado a tempo. A disreflexia autonômica ocorre quando a pressão arterial sobe o bastante. Como Dean não tem mais sensações, ela vem como aviso, que há algo errado. Pode ser um cateter bloqueado, intestino congestionado, uma infecção, até mesmo uma ruga no lençol pressionando sua pele. Qualquer coisa que afete o corpo e faça com que ele reaja negativamente pode levar à DA. Você deve estar ciente dos primeiros sintomas, coisas a observar, como formigamento e tonturas, dores de cabeça, suor excessivo e uma sensação de calor na pele, às vezes também rubor. Acho que seu irmão com certeza teve alguns desses sintomas, mas, como eu disse, ele disse a Margot que estava se sentindo bem.

Agora é a hora de contar a ela, Sam pensa ao perceber que também perdeu alguns sinais importantes no início do dia. Maldito seja, Dean! Você tem que nos avisar quando estiver doente.

- Dean às vezes se acha invencível - você sabe, que as pequenas coisas não vão machucá-lo. Acho que ele percebeu que um pouco de dor de cabeça não era muito do que reclamar. Ele é teimoso.- Sam diz como se desculpando, como se fosse culpa dele que Dean guardasse essas coisas para si mesmo.

- tudo bem, Sam. Mas ele não pode mais ser teimoso assim.- Alysson diz gentilmente.- uma pequena dor de cabeça pode indicar algo muito maior. Se ele tivesse dito a um de nós que não estava se sentindo bem antes, poderíamos ter evitado. Eu conversarei com Dean mais tarde, tudo bem?

Sam apenas acena confirmando. O silêncio segue e ele hesita, se pergunta se deveria fazer a próxima pergunta, então calmamente faz.

- ele, hum... quero dizer, eu vi... ele estava se movendo.

O rosto de Alysson se contrai, visivelmente nervosa e ela se levanta. Sem olhar para Sam, ela se vira, ficando de costas e pensando se deveria ter mais uma vez essa conversa com o Winchester mais novo.

- por favor, Alysson, apenas me diga. Isso significa que ele está melhorando, certo?

Percebendo que não pode escapar, Alysson se vira para Sam e coloca uma de suas mãos em seu ombro.

- não, Sam, sinto muito. O que você viu foram espasmos involuntários. Não é um sinal de que ele está melhorando. Sinto muito, Sam. Eu realmente sinto.

- oh...- ele diz olhando para suas mãos e piscando furiosamente para não chorar. Estúpido, estúpido!

- eu só pensei... quero dizer meio que..

Ele sente mãos envolvendo as suas e Sam olha para cima e vê Alysson olhando para ele com compaixão.

- Sam, gostaria de poder dizer que ele vai melhorar, quero mesmo. Mas a realidade da situação é que ele ficará paralisado pelo resto da vida. Dê um tempo. Vocês dois só precisam de algum tempo para envolver suas mentes com tudo isso, para processar. E eu estou aqui para ajudar, em qualquer coisa. Sempre que precisar falar comigo, não hesite em me procurar.

ele não tem certeza do que dizer, como responder, e em vez disso ele apenas afunda ainda mais na cadeira e fecha os olhos. Ele não queria ter muitas esperanças, mas mesmo assim faz, e a decepção é sufocante.