Capítulo 14

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Dobradinha de aniversário da escritora que vos escreve, vulgo eu! 28/10
(O parabéns é meu mas o presente é 'pra vocês) 2/2
Caso não conseguiram ler o anterior, atualizem a página ou reinicie o app pois tive problema na postagem do capítulo! Obrigada! Boa leitura!!!




Sei que todo mundo quer um pedacinho

É que a menina faz gostosinho

Perdi a conta de quantas músicas já havíamos dançando, eu já tinha até me esquecido dos meninos que deixamos no camarote. Até o meu olhar bater com o dele.
Bruno estava encostado no murinho do camarote, tendo uma visão perfeita da pista de dança. Ao seu lado, Fixa e Japa falavam alguma coisa mas o olhar do menino continuava perdido em mim, sem dar atenção aos amigos.

Como se fosse instantâneo o sorriso maldoso apareceu no meu rosto e como se estivéssemos ligados o seu sorriso de lado se fez presente. Joguei o cabelo para o lado voltando a rebolar, tentando ignorar seu olhar que queimava em minhas costas.

Não dá pra disfarçar
'Tá no teu olhar
Se eu comecei, vou terminar

— Deixou o menino doidinho, em — Iara murmurou alto no meu ouvido por causa do som e eu sorri maliciosa para a minha amiga.

— Não estou fazendo nada! — dei de ombros. Descendo até o chão, com a mão puxando o vestido para não pagar calcinha. Odeio sair pra dançar de vestido mas é o que tem pra hoje, né!

Acompanhei Aya e Jade no quadradinho, fazendo as outras duas nos olharem indignadas.

— Não aceito isso! Já não basta eu não saber dançar direito, eu também não sei mexer a raba — Babi falou alto nos arrancando risadas.

Então desce, esfrego na tua cara
Que a menina é braba e você vai...

E como quem não quer nada, levantei os olhos até o camarote a tempo de ver Bruno dar um gole em sua cerveja com o olhar em mim. Minha boca salivou e eu não tenho certeza se foi pela cede da bebida ou cede do menino, talvez dos dois.

Ele levantou a cerveja como se perguntasse se eu queria e eu assenti, vendo o menino desgrudar da grade e desaparecer camarote a dentro.

— Minha música — Iara gritou batendo palma quando a música mal acabou e o DJ emendou outra, dessa vez uma da mc Pocahontas — Pô, a gente terminou, do nada se afastou e nunca mais se viu. Mas você não vale nem dois reais e agora tá correndo atrás... — ela levantou os braços de olhos fechados e cantou gritando — E eu quero mais que você se foda, a vibe é outra, virei porra louca. Até nunca mais... — ela abriu os olhos e deu uma risada enquanto rebolava.

E eu a acompanhei, dançando e cantando junto: — 'Tô dando risada bem da tua cara. Sentando, quicando, jogando pra trás — ela me olhou com um sorriso cumplice enquanto a gente começava a requebrar a bunda igual, como se 'tivéssemos ensaiado uma coreografia — Quer mais? Quer mais? Quer mais? Aguenta vai...

Puta que pariu, como é bom ver minha pretinha feliz e extravasando. Até a Babi que não gosta de dançar, estava soltinha ali. Senhor, obrigada pelas amigas maravilhosas que colocou na minha vida.

— Aya, o príncipe do cavalo branco tá trazendo tua cachaça — Jade resmungou olhando atrás de mim e eu me virei a tempo de ver Bruno se aproximando com cinco garrafinhas de cervejas.

LEAL - Nobru [Livro I]Onde histórias criam vida. Descubra agora