05. Calor

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Não seja um leitor fantasma.

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Jeong-Ho

Como diabos vim parar em um banheiro com Dae-Jung? Por que deixei que ele me trouxesse até esse lugar? E por que provoquei quando me segurava? Tive que medir minhas palavras quando questionou sobre o que faria se não fosse libertado, pois minha mente só conseguia se apegar ao fato de nossas peles parecerem brasas ao se esfregarem uma na outra.

E não estávamos nem tão próximos assim, porém, sempre que nos tocamos é como se uma chama se acendesse naquele lugar e fosse tomando conta de todo o corpo, não quero nem imaginar o que pode ocorrer se ela continuar a queimar por tempo demais.

Escuto o barulho da água caindo com certa alegria, pois indica que estou seguro quanto a qualquer quentura por algum tempo, mas logo minha mente passa a correr em velocidade máxima, pois os outros membros do time adentram no espaço e por educação acenam na minha direção, mas não se atrevem a dizer uma palavra sobre um estranho estar em um ambiente que lhes pertence.

Sequer se envergonham ao retirarem suas roupas na frente dos meus olhos, e que os deuses me perdoem, mas é como ver um banquete feito para a realeza dançando na sua frente. Você sabe que não pode comer nenhum pedacinho, mas obviamente irá admirar pelo tempo que pode.

Engolindo qualquer vergonha que já tenha pensado em ter durante toda a minha vida assisto as peças sendo retiradas dos corpos moldados pelas muitas horas de treino. Já vi muitos dos jogadores de futebol sem camisa, contudo, posso dar pelo menos dois pontos a mais ao do time de basquete.

Apesar disso, quando a melhor parte está prestes a ser exibida um tanquinho se coloca na minha frente, meus olhos param na amarração feita pela toalha branca que termina de esconder o restante do corpo do indivíduo.

— Se você olha para eles de modo tão esfomeado vão acreditar que quer se banquetear. — Engulo a saliva, e descaradamente inclino um pouco a cabeça de lado para continuar a observar. Sei que estou agindo como um safado, mas é como estar em cima de uma terra prometida. Com um passo para o lado Dae-Jung tampa minha visão novamente. — Você é um safado sem tamanho.

— Eles que começaram a tirar a roupa. — Tento me defender. Com um sorriso ladino ele se afasta somente para pegar sua bolsa, e acabo por acompanhá-lo com os olhos vendo o momento em que se abaixa, me pergunto como diabos Dae-Jung ajeitou sua toalha para que continue presa ali. As gotículas de água são bem mais aproveitadoras que eu, visto que descem por cada pedacinho do seu corpo, contudo, também são interrompidas pela toalha.

— Você almoçou? — Pergunta ao se virar subindo a calça e por milésimos de segundo vejo a cueca boxe preta que esconde seu material. — Você é bem sem vergonha. — Fala mais uma vez ao se aproximar passando os braços pela camisa branca virando as mangas, em seguida vai para os botões e faz todo o processo de modo mais demorado do que deveria.

Não que esteja reclamando, o lado salivante de meu corpo está mais do que agradecido com a visão que tem, ainda que saiba que é apenas isso. Dar uma olhadinha não é nada demais.

— Se vai ficar me acusando vou ter que usar alguns golpes em você. — Ameaço e ao invés de revoltado Dae-Jung parece gostar de me ter nesse exato lugar. — E por que me perguntaria se almocei?

— A cozinheira as vezes exagera no tanto de comida que prepara, então, aproveitei e trouxe algo para você. — O analiso me perguntando se ele não decidiu que me matar envenenado, pois não é uma boa ideia para se livrar de mim e da minha insistência.

The beautiful liarOnde histórias criam vida. Descubra agora