Eu não tenho tempo pra morrer.
Minha vida se enlaçou na tua singularidade irreal.
Sim, não tenho tempo.
O tic tac me rascunha os pensamentos e os embaralha
Como num jogo de azar.
Me cala boca.
Preso no teu calabouço.
Meu silêncio ecoa de forma gritante por todo esse corredor de sistema nervoso.
Arrepios.
Deveras eletrizantes.
São como relâmpagos as lembranças que me passam.
O clima muda.
E sem tempo, sim, estou sem tempo.
Invernou aqui.
Tempestade de lágrimas
Que causam enchente em seres de sensibilidade alta.
Intensidade.
Transbordando em mim.
Sem ter tempo.
Tempo pra mim.
Tempo pra morrer.
Morrer de saudades do tempo que se passou
E não tive tempo de aproveitar quem fui.
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meu nome é Júpiter
PoetrySou um amontoado de versos em uma confusão sentimental que tenta transbordar o que sente e se expressar atráves do papel ou celular.