"Mas que porra é essa?" - ouve a voz da dona do livro que estava em suas mãos e seu corpo congela. Permanece ali, em paralisia total. Por que tinha de ser tão curiosa? Não poderia simplesmente acatar ao que seu pai havia dito e ficar quieta?
"Eu precisava ler alguma coisa, não quis invadir seu espaço." - solta de imediato o livro grosso de suas mãos delicadas e se vira para a mulher furiosa a sua frente.
"Ah, rubia. Você tem um imã para encrencas, não é mesmo?" - indaga se aproximando da mais nova, a morena a prende contra a beliche, colocando seus braços um de cada lado da loira que agora tinha uma respiração mais acelerada.
"Eu não tive a intenção, d-desculpa." - sua voz falha, e Zulema sente uma vontade imensa de apertar a cintura fina da loira com suas mãos mas se contém.
"Eu não gosto nadinha de pessoas curiosas, Ferreiro." - Zahir sussurra no ouvido de Macarena, essa última sente os pelos de sua nuca arrepiarem e mais uma vez, seu estômago vacila perante a aproximação da mais velha. A árabe sentiu quando o coração da mulher a sua frente disparou e saber que causava algum efeito na mesma, fez sua intimidade entre as pernas pulsar. Algo que não acontecia desde a morte de Hanbal, não havia ficado com mais ninguém. A morena agora mantinha seu rosto há poucos centímetros de distância do rosto da loira, e a respiração quente e pesada de Macarena contra seu rosto, a fez pressionar mais ainda seu corpo contra o dela, suas mãos foram uma para a cintura e a outra para as costas da mais nova, impedindo que esta saia das garras do escorpião. Mas não é como se Macarena desejasse não estar ali, por mais que não assumisse, seu corpo falava por si e o desejo que sentia pela árabe estava bastante visível.
"Zulema." - saiu quase como um gemido, fazendo a mais velha entrelaçar as mechas loira em seus dedos e dar uma leve puxada, levando sua boca para a pele macia no pescoço de Macarena. Por alguns instantes, Ferreiro esquecera do aviso que seu pai lhe dera e Zulema, deixou sua tão desejada vingança de escanteio. Tudo para responder a luxúria que ali existia desde que se viram pela primeira vez.
"Rubia, rubia." - sua voz rouca enlouquece Macarena, e o estopim é quando a morena morde levemente o lóbulo de sua orelha. A loira também sente sua intimidade latejar e seu corpo gritar pelo toque de Zahir. "Eu não vou transar com você." - e foi o suficiente para ver a mais nova com uma fúria nos olhos.
"E quem disse que eu quero transar com você?" - empurra a morena e se solta de suas mãos.
Então, o sentimento de vingança retorna e as duas se recompõe, mas a frustação sexual entre elas era notada de longe.
"Não precisa dizer, seu corpo fala por você." - responde, com uma risada sarcástica.
"Fica longe de mim, Zulema. Eu não quero nada com você." - atira com um olhar sério, recordando do que seu pai lhe havia dito. A árabe se deliciou com o som do seu nome saindo da boca de Macarena, poderia ouvi-la pronunciando o seu nome para sempre.
"Desde que não mexa nas minhas coisas mais, não há porque me manter por perto." - Zahir estava se divertindo diante de toda essa situação, era uma maravilha para ela ver a loira totalmente desconcertada por sua causa.
"Ótimo. Porque eu não quero contato algum com você."
"Mesmo?" - pergunta com um sorriso malicioso. Dá uma volta pela loira, parando atrás da mesma. Afasta o cabelo loiro que exala uma essência de aloe vera, e aproxima seus lábios quentes da nuca da mais nova. Sorri instantaneamente quando a vê se arrepiar. "Seu corpo diz outra coisa."
"E o que ele diz?" - ousou perguntar, sua voz soou rouca e Zulema cerrou os dentes numa tentativa de não perder o controle da situação.
"Hum.. ele diz que gostaria de ser explorado." - seu dedo indicador percorre todo o braço da mais nova que encolhe com o toque.
"Você só pode ser maluca, há horas atrás estava me ameaçando." - se afasta novamente da morena, o que a deixa irritada.
"E se precisar ameaço novamente. Não me teste, rubia." - franze a testa enquanto fala, e Macarena então admirou mais uma vez, o quão linda Zahir era. Como se houvesse sido esculpida por uma deusa, mais especificamente por Afrodite. Seus traços entregavam uma puta personalidade, de alguém que já sofrera muito mas que agora faria de tudo para sobreviver. A loira quis saber sobre o passado da outra, o que a trouxe até esse momento? Qual era a sua história de vida?
"Você pensa que pode mandar em todos, não é? Está acostumada com todos a sua volta abaixando a cabeça para a puta rainha dessa mierda de prisão, certo? Não me ameace novamente, ou eu faço questão que meu pai fique sabendo." - disse a loira quando acha dentro de si uma pontinha de coragem.
"Que engraçado, porque eu posso muito bem acabar com vocês dois, loira. Melhor tomar cuidado com o que fala." - gargalha, irritando mais ainda Macarena.
"Hija de puta!" - Ferreiro pragueja como se fosse um grito de guerra e vai para cima de Zulema, que segura os finos pulsos da loira com demasiada força. "Me solta!"
"Você está na minha cela, porra. E eu não tolero desobedientes aqui. Pergunte a Casper." - diz e sorri, um sorriso falso. "Ops, acho que ela não vai poder te responder."
Macarena ficou pasma com a ousadia da mais velha, queria gritar com ela e bater na mesma mas estava com os pulsos presos pelas mãos da morena. Então se sentiu grata quando um Fábio furioso adentrou a cela, gritando com Zulema que por fim cede e solta a loira, levantando as mãos no ar.
"Relaxa, Flávio. Estávamos apenas batendo um papo de amigas." - diz e manda uma piscadela para a menor entre eles.
"Porra, é Fábio! Não me tire do sério, Zulema." - o carcereiro adverte e não deixa passar o fato de ela ter errado propositalmente o seu nome, ela sempre faz isso para irritá-lo. Zahir detestava o homem a sua frente, e esse já estava passando dos limites com ela.
"Hoje estão todos tão estressados, Saray diria que é falta de trepar." - zomba, olhando Macarena que agora tem um certo rubor em suas bochechas e Zulema se repreende por achar isso tão...fofo.
"Cala a boca, caralho. O detetive Castilho quer te ver, você é a suspeita favorita dele no caso Casper." - conta, e solta uma risada. Se Zulema quisesse matá-lo agora, ela certamente o faria pois ele a estava testando.
"Eu tenho um álibi, certo Maca?" - pergunta para a loira que só pensa no fato do escorpião ter lhe dado um apelido, só as pessoas mais próximas a chamava assim.
"Certo?" - estava tão dispersa que o que deveria sair como uma afirmação saiu como uma pergunta.
"Macarena, não tem que mentir por ela." - o homem põe a mão no braço de Ferreiro com o intuito de encorajá-la.
"Eu não estou mentindo." - rapidamente, a loira se solta dele. Ela não era tão louca assim para entregar a morena, que assistia com tamanha grandeza a mais nova confirmando o seu álibi. "Estávamos na cela, eu, Saray e Zulema."
"Você não se safou dessa, Zahir. Vamos logo." - sua expressão era clara, ele também desejava matar, mas é matar a puta elfa a sua frente. A morena estalou a língua no céu da boca e acompanhou Fábio para fora da cela, mas antes de sair deu um belíssimo sorriso para Macarena, acompanhado de uma piscada. Ferreiro sentiu suas bochechas queimarem, o efeito que a mais velha tinha sobre ela, era grande. Então percebeu o quão ferrada estava, sentia atração por uma psicopata a qual todos temiam, inclusive seu pai.
Opaaaa, tudo jóia?
Me perdoem por tanto tempo sem postar, meu irmão casou esse fim de semana (e eu peguei o buquê, tô contando pra todo mundo isso hahaha) e foi tudo uma correria só. Mas para compensar vcs, trouxe um pouco de zurena <3
ah, e perdoem qualquer erro, ainda não revisei!
até maaaaaais, beijoos xx
VOCÊ ESTÁ LENDO
Infierno Personal
Fanfiction"Acabou, Zulema." - Leopoldo diz, apertando as algemas nos pulsos da árabe. "Não, seu puto. Não acabou. Apenas começou. Eu quero que lembre-se desse dia, do dia que cavou a própria cova. Tua e da tua família. Eu vou atrás de vocês, de cada um de voc...