Meu gatinho

Capítulo II

— Este é Lince. — Ela me olhou encantada com meu nome peculiar aos seus ouvidos. — Que nome lindo você tem.

— Muito obrigado. — Respondi.

— Pode se sentar.

Só havia um lugar livre, ao lado da garota que queria me acertar com uma barra de fazer flexões mais cedo. Fiquei surpreso à vela na mesma sala que eu, não esperava por tal coisa. Ela me encarou por alguns segundos com uma cara de confusa e logo depois enfiou a cara entre o livro de matemática e ficou estudando.

Escutei cochichos de garotas comentando sobre minha aparência, o quão me achavam bonito, e logo depois veio algumas garotas puxar assunto comigo. A irmã da garota ao meu lado, Maya, era a que mais falava abobrinhas dentre elas, isso me deixava um pouco irritado. Tentei demonstrar o mínimo de interesse possível para que elas fossem embora, e não funcionou muito, Maya ainda estava ali, falando mais e mais, até que a professora novamente mandou todo mundo se sentar e ficar quietos. Havia bastante alunos em minha nova turma, cerca de uns trinta e três estudantes.

Depois de três longas aulas de matemática e um de biologia, sentei em um dos bancos que havia no pátio para comer, estava faminto.

— O que está fazendo aqui? — A garota vestida de " guria da família Addams" apareceu de repente e eu levei um leve susto.

— Um "oi, tudo bem? ", "Seja bem-vindo" não me é nada mau. 

— Escuta aqui! Agora a pouco você estava no meu chuveiro tomando banho, e eu mereço alguma explicação sobre isso. — Disse ela com um tom ameaçador.

— Eu sou o Kuro, já te disse.

— Olha, não brinque comigo seu louco, você sabe que eu poderia muito bem ter te espancado com aquela barra e gritado para que alguém viesse me socorrer. — Ela se aproximou a mim com um tom mais ameaçador ainda. — Aliás, você não é meu gato.

— Claro que eu sou e eu vou te provar, gatinha. — Disse me aproximando a ela também com um sorriso perverso.

— Olha, vejo que a Pérola está se dando muito bem contigo. — Intrometeu Maya.

— Eu só vim dá boas vindas a ele. — Ela mudou completamente seu humor diante a irmã. Estava doce e gentil, como de costume em sua casa. Nossa casa.

— Então esse é seu nome, Pérola. — Disse surpreso e provocativo. Ela olhou para mim sem graça.

— Bem o sinal já vai bater... — Pérola disse dando alguns passos para trás, para sumir logo de minhas vistas.

— Por que não se junta com a gente? Você nem terminou de comer. — Intrometeu-se novamente Maya olhando para uma maçã inteira na mão de Pérola.

— Cla... cla... claro, por que não? — Pérola se sentou ao lado da irmã e logo apareceu dois rapazes e uma menina.

Ficamos ali conversando bom um bom tempo, enquanto Pérola se distraia usando o celular. Maya, no entanto, até que não era tão entediante, poderíamos nos dá muito bem. A aula acabou e eu fiquei me perguntando como estaria o braço de Pérola. Dês da primeira vez que a vi me apaixonei por sua beleza, seus cabelos negros e logos, sua boca rosada e seus olhos grandes de jabuticaba. Porém, não era apenas isso que havia feito eu me apaixonar por ela, tinha algo naquela garota que me atraia, que dizia que fomos feitos um para o outro. Seu coração era puro e delicado, sua áurea luminosa emanava energias prazerosas que me hipnotizava. Eu podia sentir toda aquela vibração boa.

Fui direto para casa de Pérola, em forma de gato, ficar em seus braços quentes. Estava tão ansioso para vê-la que nem me dei conta que precisava almoçar. Fiquei me esfregando nas pernas dos "meus donos" ronronando enquanto eles comiam, esperando Pérola subir para seu quarto.