2 - Ônibus e A Dama De Sangue

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O silêncio se fazia presente dando espaço
Para mim, o motorista e a cobradora,
Como de costume meu olhar pesava
E sempre que fechava via a mulher assustadora.

Seu sorriso rasgado e sua gargalhada crescente,
O medo ali parecia ser atraente
Pois seus olhos sangravam e ela ria.
A cada piscada via o motorista
E depois por esgotamento caia
Ela se aproximava com suas feridas.

Suas feridas continham larvas de inseto
E seu sorriso rasgado mostra seus dentes
Como se ela fosse caçar e usaria a boca
Não entendia o que estava havendo com minha mente.
A cada piscada um passo mais ela dava
E junto meu medo se tornava crescente
Até o momento que ao meu lado se sentava.

Não conseguia me mexer
E sua boca lentamente se aproximava
Senti o beijo e uma mordida que me rasgava,
Gritar e não conseguir som proceder,
Mas a dor era real o suficiente para um grito,
O ônibus ficou sangrento e parecia um açougue
Corpos presos e eu sendo mordido.

O ônibus passa em um buraco
E no susto vejo o motorista,
Nada havia acontecido
A não ser um sonho esquisito.

28.10.2020

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