Agreste Junior

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  Em um universo onde alfas, ômegas, e betas vivem normalmente. A família Agreste sempre fora composta por alfas e alfas dominantes, não aceitando nada menos do que isso -com a clara exceção de Emilie Agreste, a única ômega daquela família-, sendo dona de uma grande marca de marketing na cidade, eles sempre se viam no topo.

-Olha Marinette! Acabou de sair a revista dos alfas mais populares do ano. -Alya disse lhe entregando.
-Ah, claro os alfas com feromônios na qual todo ômega se derreteria. -A garota de cabelos em tons escuros disse ao admirar a bela capa da revista, onde Agreste Junior era capa, ficando em primeiro nas colocações. -Pena que não sentimos isso.
-Fala sério Mari, até nós betas também podemos sair com alfas.
-Claro, mas você já viu a insatisfação deles quando não sentem os nossos feromônios? Para nós isso pode não significar nada, mas para eles com certeza não é a mesma coisa.
-Ai, como você reclama! -Alya disse ao lhe lançar uma almofada. -Se serve de consolo Adrien ainda não descobriu o que é. Ele pode ser tanto alfa, quanto ômega, ou beta.
-Você acha? Mas Alya, toda a família Agreste é composta por alfas, com a única exceção da mãe dele. A chance dele se tornar ômega ou beta são mínimas.
-Ao mesmo tempo que você acha que isso é impossível, pode acabar acontecendo e todos teriam uma grande surpresa. -Alya disse, fazendo a garota suspirar.
-Se acontecer, só espero que não vire um choque muito grande, a família dele está botando muita expectativa que ele seja um alfa. Se ele for um ômega ou beta, seria capaz da família dele acabar se rebelando. -Marinette disse, guardando suas coisas e preparando-se para ir até o seu ateliê.
-Você sabe demais dessa família, não é? -Alya riu.
-Deixa de ser boba. Só sei o que todo mundo sabe. -Estendeu a revista, balançando-a no ar.
-Então sabe que hoje vai ter uma festa de comemoração pelos progressos da linha Agreste, não sabe?
-Ah, eu sei sim. E eu daria tudo para estar lá.
 
 
 
-Adrien, já está pronto? -Disse batendo algumas vezes na porta antes de entrar.
-Sim mãe. -Ele disse se levantando e dando uma volta. -Lindo desde que nasci.
Ele disse sorrindo ladino, enquanto sua mãe negava pacientemente, indo em sua direção para abotoar os 3 primeiros botões de sua camisa e ajeitar seu cabelo.
-Sinceramente. -Riu. -Onde foi parar o garotinho amável e humilde que eu criei?
-Mãe, o garoto amável ainda está aqui, mas ele evoluiu perigosamente, como um alfa. -Deu seu melhor sorriso travesso o que fez Emilie revirar os olhos.
-Ainda não sabemos se você é alfa ou não. -Ela diz.
-Mas todos da família são, até a prima Chloé. E o papai já espalhou por aí que eu sou um alfa. Então já é meio verdade, não é? -O mesmo disse se desvencilhando das mãos da mãe, bagunçando seu cabelo novamente.
-Eu sou ômega. Ainda há uma possibilidade de você se tornar um também.
-Calma aí, mãe. Eu não vou virar um ômega. -Riu como se aquilo fosse a coisa mais absurda do mundo. -Posso até não ser um alfa dominante, mas ao menos posso me tornar um alfa.
-Já se perguntou o porquê de seus feromônios não se manifestarem até hoje? Deve ter alguma coisa por trás.   -Emilie insistiu e foi a vez de Adrien revirar os olhos.
-Vamos, se não chegaremos atrasados, mamãe. -Ele disse e desviou da mais velha, indo em direção a saída, deixando Emilie para trás.
 
Ao chegarem no imenso salão onde haviam diversas pessoas elegantes e estilosas, Adrien pode sentir o cheiro forte de diversos feromônios misturados invadindo suas narinas, o fazendo ficar um pouco zonzo com tudo aquilo.
-Priminho? Tá tudo bem? -Chloé disse o segurando.
-Ah, sim. Tá tudo bem.
-Ótimo, pode me chamar caso precise, vou estar por aí. -Chloé disse e foi em direção a Emilie e Audrey, que conversavam animadamente.

O decorrer da festa ocorreu pacificamente. Adrien, comeu, bebeu, dançou e jogou todo o seu charme para os ômegas ali presentes, mas ainda sim não deixou de se sentir zonzo. Aos poucos sua visão foi escurecendo e uma forte dor lhe invadiu. Não sabia o que estava acontecendo. Procurou Chloé com os olhos e quando não a encontrou, chamou por sua mãe, mas a dor se intensificou e o mesmo viu tudo escurecer completamente.
 

Love will never be easyOnde histórias criam vida. Descubra agora