Capítulo 3

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    Vanya nos recebeu muito bem e nos apresentou os cômodos. A casa era muito grande e tinha quartos o suficiente para que ficássemos  confortáveis e ainda sobrar muitos outros.
     Os quartos tinham o mesmo tamanho, mas de alguma forma um quarto me chamou bastante atenção, então decidi o escolher.
     Maya escolheu o quarto ao lado do meu, decidimos ficar em cômodos diferentes, já que ficaria desconfortável 2 garotas dormindo no mesmo quarto sendo que haviam outros.
     Quando terminei de colocar algumas roupas no meu guarda-roupa Maya veio me dizer que Vanya havia dito para descermos. Você sabe... conhecer o resto do pessoal.

- S/n amor, estão esperando a gente abestada! - Maya diz entrando em meu quarto.

- Já estou quase terminando aqui - digo enquanto coloco a última peça na gaveta - Pronto! Vamo.

     Estávamos descendo as escadas quando escuto um burburinho, não me lembrava ao certo o caminho, estava muito recente, então decidi simplesmente seguir as vozes.

     Tinham ao todo 10 pessoas no que parecia ser a cozinha, contando comigo e minha amiga. O garoto que nos recepcionou de uma forma "calorosa" estava lá, para minha infelicidade.
     Vanya como sempre nos recebeu com carinho e com um sorriso no rosto, nos convidou a sentar e ofereceu alguns sanduíches naturais.
 
- E então... como estão as coisas? Gostaram da casa?- pergunta Vanya.

- Claro! Ela é enorme, não é mesmo S/n?! - pergunta Maya se virando para me encarar nos olhos.

     Eu estava com muita fome, então eu atacava o sanduíche. No momento em que me viro para Maya vejo seu olhar do tipo "vou matar você!", envergonhada termino de engolir o que ainda estava em minha boca e digo:

- Claro!! A casa é perfeita, achei bem aconchegante.

     Me atrevo a olhar para o garoto o qual ainda não sabia o nome, ele me olhou de volta e fez uma cara de desprezo.
     Faço um gesto vulgar para o mesmo e no mesmo momento ele levanta e vem em minha direção. Eu espero um tapa, mas a única coisa que ele faz é pegar meu sanduíche e sair comendo o mesmo.

- QUAL SEU PROBLEMA GAROTO?! - grito pela distância entre nós já estar grande o suficiente para ele não me ouvir.

     A única coisa que escuto é um sorriso sarcástico e baixo vindo do mesmo.
     Me sinto furiosa, odeio quando tocam minha comida, acho um desvio de ética roubar minha comida e ainda zombar de mim.

- Calma gatinha, ele é sempre assim. - diz um homem com tatuagens em suas mãos.

- Perdão se eu for grossa, mas qual seu nome mesmo? - pergunto simples e casualmente.

- Prazer, sou o Klaus. - ele diz me estendendo a mão.

- S/n, prazer.

- Sabemos quem vc é. - diz um cara que parece um gorila.

- Ah... ok - digo confusa com o fato de todos saberem quem eu sou e eu não conhecer ninguém.

- A princípio sou o Luther. Essa é a Alisson...

Uma moça com cabelos cacheados, e pele escura acena para nós com um sorriso doce.

- Vanya como vc já conhece... - ele prossegue.

- Aquele irritadinho é o Five, ele é um velho de 58 anos preso em um corpo de um adolescente, melhor não mexer com ele, esse é o Di-

- Tá me dizendo que aquele pirralho tem 58 anos?! - falo o interrompendo, mas logo percebo que interromper ele não foi legal - Desculpa... pode continuar.

- É, ele tem 58 anos, ficou um tempo preso no futuro e quando tentou voltar seus cálculos deram errado, continuando... esse é o Diego.

Ele acena com a cabeça para mim e faz um sinal com as mãos, que logo devolvo da mesma maneira.

- Ok... e aquele sentado na cadeira? - digo apontando para um cara que me olha com uma cara assustada.

- Princesa tu tá bem da cabeça?! Não tem nada ali! - Maya diz parecendo estar assustada.

- É lógico que tem Maya! Você tá cega? - digo perguntando a mesma.

- Na verdade tem alguém sentado ali, mas só eu podia vê-lo, pelo menos até agora. - Klaus diz simples.

- perdão, o que? - pergunto confusa

- Klaus consegue ver e conversar com os mortos, no caso ele está falando do nosso irmão falecido, o Ben. Até agora ele era o único a conseguir conversar com Ben. - Luther explica e a sala fica em choque.

- Ok, então vc tá me dizendo que eu vejo os mortos?!

- Exato! - diz Luther.

- Caralho! - digo surpresa.

     Passamos mais um tempo na sala e foi muito divertido, eles são bem receptivos e nos trataram super bem. Desde aquela hora Five não voltou.
    Quando todos estávamos indo dormir, dei um beijo na cabeça da minha amiga, a desejei boa noite e me deitei para dormir.
     Minha porta estava meio aberta quando escutei um barulho que me fez acordar e sentar na cama. Olhei o relógio do meu celular e eram 04:17 da madrugada. Olhei pra brecha da porta e vi Five entrando no quarto na frente do meu.
     Decidi levantar e perguntar onde ele estava.

- Five? - o chamo quando chego na porta.

- O que você quer garota?

- Nossa idiota, eu só vim perguntar o porque chegou tão tarde.

- E por que caralhas isso importa?

- A quer saber?! Vai se foder! Eu vou voltar pro quarto. - digo saindo e batendo os pés.

- Vê se dorme e esquece de acordar! - diz em um tom alto para que eu escutasse.

- Vá para o inferno! - grito de volta.

Continua....

Number Five and MeOnde histórias criam vida. Descubra agora