Me sinto exausta ao sair do avião, esse voou de quase um dia me matou.
Ando apressada para pegar minha mala, sem perceber esbarro em alguém mais apressado. A pessoa nem me olhou nos olhos apenas pediu desculpas, em coreano, e saiu andando. Noto que o rapaz tem um olho em formato de lua minguante para baixo. Como eu sei que ela pediu, Jung me ensinou, ao menos o básico eu sei.Falando neste ser, eu preciso encontrá-lo.
Eu nunca achei que pensaria assim, mas estou com uma certa dificuldade para diferenciar alguns rostos aqui.
Olho em volta e procuro um cara alto, como eu sei que ele é alto? Ele me disse inúmeras vezes que eu era um gnomio quando conversamos.Vejo um cara alto, todo de preto e máscara no rosto, segurando uma folha com meu nome. Então sorrio.
Aquele olhos sim sei diferenciar dos outros a minha volta. Vi muitas vezes, mesmo que pela tela de um computador, mas vi.Ele sorri ao perceber que sou eu, seus olhos ficam ainda mais puxados e a primeira coisa que ouço ao me aproximar
- você realmente é um gnomio- diz enquanto te abraço.
Nossa eu imagina que ele era alto, mas nossa. Realmente me sinto baixa agora, eu não alcanço o seu pescoço.- É assim que se recebem as pessoas na Coreia?
Ele ri e ele pega a minha mala.
- Como foi a viagem?
-Razoável, fique sentado por mais de doze horas, em um banco não tão confortável e depois a gente conversa sobre isso, só de lembra meu pescoço dói.
- Eu achei quem uma matemática renomada viria de primeira classe. - ele olha para com um sorriso de deboche no rosto.
- Que tipo de matemática você acha que sou? Aliás, de onde veio essa ideia sobre matemático serem ricos?- Eu não sei, senhora famosa.
Andamos até seu carro.
- Me diz, como você está? Faz tempo que não conversamos, conseguiu terminar sua pesquisa?-Ah, agora muito feliz, não é todo dia que se é indicado a um prêmio, mas ainda não terminei minha pesquisa. - falo isso entrando no carro após ajudá-lo a guardar minha mala. -E você, alguma novidade? Disse que tinha algo importante para me dizer.
Ele me direciona um olhar suspeito, com a intenção de algo, mas eu não sei o que é.
-Calma, primeiro levarei você até o hotel e quem sabe amanhã eu te conto.
Ótimo, agora estou ansiosa e curiosa
-Oppa, não faz isso comigo, você sabe que sou curiosa- finjo birra e uso o "apelido" dele só para atiçar, sim uma mulher de 28 anos de idade pode fazer birra. Na verdade é estranho falar isso pessoalmente e mais estranho ainda nós estarmos dando bem logo de cara. Não é como se tivéssemos nos vendo pela primeira vez, mas é estranho olhar para ele pessoalmente, traz uma inquietação no meu peito.Certamente, minha mãe iria enfartar se soubesse que eu entrei no carro de um cara que acabei de conhecer pessoalmente. Mas eu confio no Jong, não totalmente, porque não tapada, mas confio o suficiente para entrar no carro dele. Óbvio que se ele tentar algo, provavelmente ficará sem andar por alguns dias.
-Mas e seu trabalho como está? - digo depois de um tempo
Ele franze o rosto antes de responder.
- Tenho pensado em pedir demissão, não aguento mais como meu chefe me trata como um escravo, aqui na Coreia quando você é empregado de alguém, se é visto com pouco reconhecimento.- Hum, não é como se no Brasil fosse diferente, mas entendi. E sua família esta bem?
- Sim, minha mãe sempre reclama por eu não ter uma esposa ainda. - Eu rio com isso, Jong sempre me disse que seus país queriam que ele casasse logo para que saísse de sua casa, porque aqui é comum os filhos ficarem com os país até seu casamento, é muito difícil ver casais de namorados vivendo juntos.
- E você, sua mãe foi escandalosa a ponto de dizer ao mundo que a filha dela virou famosa na profissão.
- Certamente sim, o que seria de dona Silene sem expor aos ventos sobre a filha dela. Ela também me pergunta as vezes sobre casamento, mas digo a ela que eu não quero um, mesmo ela me condenando por isso. - Ele me olha de relance como se entendesse o que quero dizer.
Eu observo Seul através do vidro do carro, parece que a cidade me traz uma sensação de conforto como se eu já estivesse lá antes.
Jung me deixa no hotel que eu iria ficar durante minha estadia, com a promessa de que iriamos nos encontrar na noite seguinte em um bar conhecido em Hongdae (um dos bairros mais badalados entre os jovens na Coreia) e que contaria logo a coisa tão importante que não podia ser dita por mensagem. Eu sinceramente não sei o que é essa coisas, não vem nada a minha mente.
Entro no meu quarto do hotel, ele é modesto e confortável, perfeito. Não curto coisas muito luxuosas, me sinto estranha em lugares assim, como se não pertencesse ali, porém este quarto me traz um aconchego bom, quem diria que eu do outro lado do mundo em um país de cultura totalmente diferente iria me sentir bem.
Resolvo tomar um banho e descansar um pouco, aqui é de manhã, mas como não estou acostumada com o fuso-horário sinto um pouco de sono. Sim, eu amo dormir mesmo quando durmo tão pouco. Após meu banho e uma leve cochilada de duas horas decido descer para ver se há alguma venda ou mercado por perto, minha barriga roncou enquanto eu trocava de roupa.
Confesso que estou um pouco preocupada com a roupa que estou vestindo, nunca fui de ligar muito para isso, mas é a Coreia né Brasil. Mesmo assim resolvo não trocar, eu só vou andar aqui por volta do hotel para não me perder.
Encontro uma loja de conveniência não muito longe do hotel, ela é exatamente como aquelas que eu via em doramas, com uma entrada formada por grandes janelas de vidro. Resolvo procurar a parte onde vende comida pronta, sempre quis comer em lojas assim quando era mais nova, obviamente não é o recurso mais saudável, mas é o que tem para hoje.
Após comer decido caminhar em volta e ver como é Seul um pouco melhor, eu não preparei nenhum guia turístico e nem lugares para conhecer aqui. Confesso que fiquei meio sem tempo no último mês devido ao preparo desta viagem e com minha linda pesquisa, sente a ironia.
É estranho como Seul me lembra a São Paulo, não com a parte da poluição (ambas tem muito isso), mas com a movimentação de muitas pessoas com seus rumos e com sua grandiosidade de região urbana. Mas com certeza, o inverno de São Paulo não é como este, sinto que mesmo dedos dos pés estão quase congelando, melhor eu voltar para meu abrigo provisório.
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Mil palavras para vcs, ta chegando a hora de uma pessoa aparecer nessa fanfic rs
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Hi! I'm ...
Teen FictionBom quando éramos novas ou estamos na adolescência gostamos de adquirir uma paixão por novas pessoas principalmente uma desconhecida e famosa, não os julgo, eu também era assim. Sempre ficava sabendo tudo sobre BTS conhecido como a banda de kpop mun...