Beneath Your Beautiful - Kit Harington e Emilia Clarke #Kimilia

Capítulo 28

Emilia

"Para mim os meses foram passando bem rápido o que era muito providencial, pois mal podíamos esperar para ver o rostinho do nosso amado filho, claro que o principal motivo era que eu estava ansiosa pela vinda de Peter, no sexto mês, estava começando a ficar difícil por conta de algumas limitações normais daquele momento da gestação. Tentava fazer todo o tipo de exercícios físicos o quanto era possível, para manter também o relaxamento da pelve. Eu ficava fazendo um pouco de ioga para mamães, e certamente ajudava demais para também controlar a ansiedade pelo parto, cada vez mais perto, e isso me amedrontava um pouco, pois não sabia como seria. Queria ter normal por conta de poder andar e voltar para casa mais rápido, porém claro se preciso, eu faria a cesariana, a prioridade seria o bebê. A gravidez era tranquila e até tinha me permitido participar dos ensaios com Kit para o papel do filme. Ensaiávamos em casa com o material de teste que recebemos e era maravilhoso poder encenar com ele. Eram pessoas fortes que representaríamos e era preciso todo o gás possível para interpretar, mas era bem divertido, pois fazíamos com muita leveza. Ele lia e fazia poses com seus óculos de aro redondo, ele era lindo demais quando prendia os cabelos num rabinho de cavalo. Vez ou outra, ele me pegava o admirando e aí não tinha mais ensaio, pois ficávamos namorando no sofá e até fazendo milhões de outras coisas deliciosas.

Ele estava apaixonado pelo barrigão, adorava me ajudar após o banho, a hidratar minha pele, tinha uma mão maravilhosa para isso, era a melhor parte da gravidez, saber que ele estava próximo de mim, curtindo comigo. Naquela noite estávamos vendo um filme e de repente senti um cutucão na barriga. Ficamos impressionados no mesmo instante que aconteceu, pois foi a primeira vez que sentimos."

- Você também sentiu, amor? - Perguntei eufórica para ele. Era estranho e delicioso sentir Peter mexer dentro de mim, era algo inexplicável e pela qual fiquei apaixonada.

- Sim, eu também senti uma mexidona. - Ele acariciou a barriga. - Ahh esse menino brincalhão. Já está fazendo tudo pra dizer que está aqui nos ouvindo e chegando. - Beijou a barriga demoradamente, como ele amava fazer sempre. Eu adorava quando ele o fazia, porque eu amava sentí-lo apaixonado pela nossa nova rotina. - Te amamos, meu filho. Saiba que adoramos seu oi. - Ele chutou de novo.

- Ai, ele é forte, acho que mamãe anda comendo demais e você está ficando gigante aí. - Nós rimos. - Ele está tentando se comunicar, meu amor. - Disse para Kit.

- Sim, ele está. Falante e agitado como você. - Dei um tapinha no braço, dele; - Ai, desculpa, meu amor.

- Eu só te desculpo, porque é verdade - Sorrimos e nos beijamos. - Você me faz muito feliz, Kit Harington. Esses são os melhores dias da minha vida.

- Esse é o meu objetivo, porque você só me fez feliz nesses últimos tempos, de nada posso reclamar da sorte que eu tenho de te ter. - Ele acariciou minha bochecha e me olhou fundo nos olhos.

- Você é um pai incrível, ainda bem que eu tenho você para me acalmar quando fico nervosa em pensar como vai ser logo quando ele chegar ao mundo. Vai nos mudar mais ainda. - Eu acariciava a barriga e as mãos dele se misturavam a minha.

- Vai dar tudo certo, eu vou estar perto o tempo todo e vamos voltar logo pra nossa casa com nosso menino lindo. - Aquele sorriso me acalmava mais que nada no mundo.

"Todos os dias era sempre uma novidade, sempre uma dor nova aparecia, o que era normal por conta do passar da gestação. Não podia reclamar de nada que Kit corria para me atender. Ele era atencioso ao máximo. Ele me ajudava a planejar naquele dia um chá de bebê com minhas amigas, ele acabaria mandando todos os convites para as garotas que viriam participar.

Ele escolheu cores, montou tudo e reservou um espaço para a decoração da festa enquanto eu dizia onde ficava melhor as decorações que eram colocadas nas paredes e nas mesas. Ele era muito atencioso. Certo dia, teria organizado as roupas do bebê para que futuramente ficasse mais fácil para que pudéssemos fazer a mala de maternidade. Ele estava procurando coisas sobre como proceder na hora do parto, até para que eu não ficasse nervosa, pois queria que eu não me preocupasse com mais nada que não o bebê, pois ele faria tudo, mas no fundo eu sabia que ele ficaria tão nervoso que paralisaria no rompimento da bolsa. E às vezes era impossível não se pegar sorrindo, pois ele sempre se mostrava ansioso com a vinda de Peter, sempre chegava com um bichinho novo quando ia ao mercado ou a farmácia. Eram tantos leõezinhos, girafinhas, que tivemos que colocar mais algumas prateleiras. O bebê tinha vários presentes, mas decidimos que algumas coisas, colocaríamos numa brinquedoteca para que ele tivesse espaço no quarto e no futuro próximo, onde brincar perto de nossa supervisão, sem que precisássemos nos afastar demais. Ele estava montando um brinquedo naquele momento, enquanto eu o assistia todo agachado e torto tentando parafusar tudo. Senti uma pontada estranha, e depois uma dor mais forte."

- Ai! - Gritei. Algo parecia muito errado, não era como as dores comuns que havia sentido antes.

- O que foi, Emy? O que tá sentindo? - Ele correu para perto de mim.

- Não sei, senti dores estranhas. - Fiz uma careta de dor novamente. - Ai! Tá doendo.

- Vamos pro carro agora. - Ele me pegou no colo e me colocou no carro, pegamos os documento e saímos para o hospital. Não lembrava de muita coisa, só sabia que o carro ia rápido, porém a dor era forte.

- Fique comigo, meu amor. Eu estou aqui e não vou te deixar, nunca. - Ele dirigia e me chamava a todo tempo, para que não desmaiasse.

"Quando chegamos ao hospital, não me lembrava de muito. Pensei ter ouvido ele gritar as enfermeiras. Luzes e alguns sons eu ouvia, porém nada que eu me lembrasse com exatidão. Tudo se apagou e fiquei por muito tempo sem saber o que havia acontecido, a última preocupação que me lembrava de ter era o meu bebê, era seu bem estar."