Shorfic
Onde, Sérgio Ramos conhece a garota perfeita, para ele.
Ele, está passando por uma crise dentro e fora do campo.
Ela, está lutando incansavelmente pelo câncer.
Os dois são a fé um do outro, e só o destino irá mostrar-lhes isso.
✅ Capítulos...
"Eu acho que é a minha vez de ganhar ou aprender algo." — Jason Mraz
01- "Você apenas esconde suas feridas por detrás dessa aparência."
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| Madrid, Espanha
Os dias frios em Madrid, vão ficando cada vez mais próximos e eu, sempre faço questão de passar pela minha cafeteria favorita, sendo de manhã ou de tarde. — principalmente nos dias que não há treinos em um dos dois horários.
Como o dia de hoje. Mas hoje, eu tinha um motivo especial para cá estar.
Adentrei o estabelecimento, enquanto passava uma mão pelo cabelo e a outra, mantinha-se dentro da camisola do Real, que eu vestia. Percorri meus olhos pelo estabelecimento procurando por uma cara familiar e não demorei para acha-lá.
A mesma hoje estava diferente e muito linda. Ao invés de estar com a peruca azul, hoje era uma cor mais chamativa e incrível. Vermelho. Do mesmo estilo que a outra, curta e com franja. E também usava óculos de grau, o que a deixou ainda mais linda.
Ela estava totalmente distraída, lendo um livro.
Mas antes de ir até ela, fiz questão de caminhar até ao balcão, para fazer o meu pedido de sempre.
— Bom dia, Hazel! — cumprimento a mulher, que lavava alguns pratos por detrás do balcão.
— Oi, Sérgio. Bom dia! — cumprimentou-me, com um sorriso nos lábios — Vai querer o mesmo de sempre? — questiona, limpando as mãos no pano branco que estava em seus ombros.
— Sim, o de sempre! — respondo a mulher.
— Tudo bem, escolha uma mesa e daqui há pouco trarei o seu pedido. — a mulher loira sorriu e aceno com a cabeça, vendo-a anotar no seu bloco e logo rasgando o papel, pendurado-o na pequena janela.
Quando a mesma o fez, virei meus calcanhares e estudei todas as mesas do local, indo ao encontro da mesa cinco, onde a mulher jovem estava sentada.
— Jogador, posso considerar isso como uma perseguição, ou uma mera coincidência? — a mesma diz, quando puxo a cadeira a sua frente e sento-me com cuidado.
Acabo franzindo o cenho, por ela ser tão direta. A mesma mantinha seu olhar nas páginas do livro, que eu jurava que ela não havia notado a minha presença no estabelecimento.
— Hum, já sei o que deve estar passando pela sua cabeça. — diz risonha, pousando o livro sobre a mesa e me encarando pela primeira vez, ou melhor, eu a encarando directamente nos olhos.
