Mudança. Aceita uma dança?

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Chega um momento que a garrafa de café cor pastel que adoravas, largada em cima do ármario não faz mais sentido está naquele lugar, perde-se o sentido e vem a vontade de mudar. Você sabe, foi algo tão despercebido que não notara a ação do desapego. Pois bem, Chega uma momento que o tapete já desfiado e velho demais, começa a incomodar, a cor azul marinho coberto por pelos do gato, perde-se a beleza, o encanto de existir ali, exatmanete no meio da sala com a estante quase caindo para o lado com o peso dos livros. Você não notou que um dia sentiu vontade de recolher algunas obras e doar para alguén desconhecido. E, assim vai...vai os livros, as garrafas, os tapetes, a vida! Eis, que não mais tão simples, chega uma hora que alguém que você amara tanto já não faz mais parte da sua vida e você precisa arregaçar as mangas da blusa, tomar um gole de café da sua cafeteira nova, colocar os pés no tapete-chão e tomar a coragem de virar a página do passado. Você percebe que todos esses instantes a vida estava lhe ensinando o desapego das coisas materiais, e que a mudança no flúxo do nosso crescimento começa nas pequenas coisas, na simplicidade que chega a ser patético. Você não estava pronto para perceber e está tudo bem. Agora já não mais tão inocente assim, vá tomar mais um gole de café quente, sentar no seu tapete novo, ler um o livro que comprou mas o deixou de canto assim como tantos outros e respire...respire...a vida está planejando outros momentos que requer coragem de você e saiba: Ela também está te preparando aos pouquinhos, pois a sabedoria do existir banha-se nos flúxos das mudanças. Meu bem, aceita uma dança?

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