Capítulo 50: Brutamontes

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Logo no dia seguinte, Pyro e Estela subiram em um trem para ir a Alexandria e entender o que aconteceu.

"Bem.... Como você chegou a conhecer o senhor de Alexandria, mesmo?" Estela tentou quebrar o silêncio.

"Meu mestre era próximo deles, mas o sobrinho dele...... Eu não sei."

"Entendo, o que será que aconteceu?" Estela estava preocupada, pelas notícias,acreditam-se, que o descendente direto do trono, não era o melhor herdeiro e sim que não passava de um "aborrescente" birrento e mimado.

Pyro disse: "Bem, a comemoração será daqui a 8 dias, e o trem deve chegar daqui a três dias, portanto nós poderemos aproveitar bem a estadia." Pyro abriu uma das três malas e mostrou uma carteira de couro, preta e aparentemente abarrotada, até Estela ficou um tanto surpresa, ela costumava ver Pyro usando, em maioria, apenas moedas e em pequenas quantidades, se ele realmente trouxe uma boa quantia de dinheiro, significava, ou que ele esperava comprar algo que seria bem caro, ou para a surpresa de Estela, Pyro estava querendo gastar, mas apenas naquela cabeça ruiva, que estava a resposta dessa dúvida.

Uma moça com roupas chiques, que passava pelo corredor, olhou com vista grossa para Pyro e perguntou a um funcionário: "Com licença, senhor, é permitido, um brutamontes como aquele, nesse vagão?"

Estela fez uma face de surpresa "Brutamontes?"

Já Pyro que já estava nervoso sobre a situação, se levantou e começou a discutir nervosamente com a mulher.

Estela tornou a encarar Pyro, ao olhar para a regata azul que Pyro frequentemente usava, qualquer um poderia ver que seus braços eram grossos e bem definidos, mas.... Pensando agora, Estela percebeu que nunca classificou ninguém como Brutamontes, antes, será que foi pela forma que ela cresceu?

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Estela com 7 anos:

"Filha, quero que você treine para se tornar uma celebridade (Idol) quando mais velha, o que acha?"

Estela estava na sala de trabalho de seu pai, ele havia chamado sua própria filha de 7 anos para fazê-la decidir algo que era de importância vitalícia, qual a chance daquilo dar errado?

"S-seria para mim ser que nem aquelas moças bonitas que todo mundo gosta quando fazem shows?"
Estela usava um vestido e sapatos vermelhos, o que a tornava muito mais fofa com aquela expressão indecisa e madeixas douradas.

"Sim, querida, todos gostam de idols e isso não seria diferente com você, além de que ajudaria muito na carreira do papai!" Joseph Star era um grande empresário que nunca perdia a chance de conseguir ter um bom prestígio em sua empresa, alguns até se atreviam a dizer que ele apenas se casara para alavancar sua fama.

Estela nunca tinha sido de recusar as ideias de seu pai, além de que, ela queria realmente se parecer com aquelas garotas da TV que eram tão bonitas.
"B-Bem, j-já que o papai quer......."

BAM BAM BAM
Ouve-se um estrondo da porta.

Uma voz que mais parecia um trovão ecoou: "Joseph, seu maldito, abra a porta!"

Estela diferente de uma garota qualquer de sua idade, que se apavoraria, como aconteceu com seu pai, apenas se virou ao ouvir a voz de alguém que ela já conhecia.

Joseph tentou disfarçar: "O-Oque? Eu não tranquei ela, será que emperrou? Chame o chaveiro!"

A voz disse: "Você que chame o marceneiro!!!!!!!"

"Q....?"

Crasshhhh

Um braço do tamanho de uma pessoa atravessou a porta, apenas o punho deveria dar três cabeças ou mais de Estela, depois outro braço igual atravessou e depois mais um e a porta se desmanchou.

Quem estava do outro lado, era o avô materno de Estela, Arthur Aryum, alguns dizem que era ele aquele que fazia com que os negócios do cunhado não fossem pro saco.

Arthur Aryum era um senhor de 69 anos e 2,89 metros de altura, além de seu braço ser maior e mais largo que o corpo de um adulto comum, ele usava um terno negro e tinha um bigode e uma cabeleira totalmente branca.

"Vovô!?"

Joseph gemia de medo "iiihhh"

Arthur o pegou pelo pescoço e o ergueu: "Eu ouvi tudo, você estava obrigando minha neta para mais uma de suas ambições, seu desgraçado!?"

"Ahh Aaahhhhh"

Estela ficou preocupada e interrompeu o diálogo: "Não, vovô"

Arthur afrouxou o aperto e olhou para ela num tom de confirmação.

"Vovô, eu realmente quero me tornar uma Idol." Estela decidiu aquilo da boca pra fora para que seu pai sobrevivesse por ao menos mais um dia.

A face de seu avô escureceu, ele se aproximou de Estela, se abaixou, colocou suas mãos encima da cabeça dela.
Sua mão se balançou levemente na sua cabeça com um grande carinho e com uma face alegre disse: "HoHo então minha garotinha já almeja se tornar uma celebridade? Que doce".

Joseph disse: "Muito bem, seu treinamento vai começar hoje às....."

Arthur disse: "Adie para semana que vem, essa semana, eu vou treinar ela em magia".

Após terem saído de lá, Estela foi levada até onde sua "tia" estava treinando com alguns capangas.

"Oh, como vai minha querida sobrinha?"

Dois caras com aparência de gangsters estavam machucados no chão.

A tia de Estela era alta e forte, mas não tanto como o pai (avô), tinha pelos em todo o corpo e era barbuda mesmo que depilava os braços e pernas, além de ter uma certa adoração com o cor de rosa.

Arthur disse: "Bem, vamos treinar um pouco, filha, depois vamos te ajudar, está bem, netinha?"

"Ok"

A tia de Estela, Rose, disse: "Ótimo, os meus rapazes nem deram pro gasto!" A voz dela engrossou de empolgação parecendo a voz grossa de um homem.

Enquanto Estela assistia os dois trocando sucessivos socos, ela encontrou a mochila de um dos capangas, ao mexer encontrou a revista com uma moça bem bonita na capa, mas deveria ser bem pobre já que mal tinha algo para cobrir o corpo. Ao abrir, Estela pensou que era alguma coletânea mostrando o quão aquelas moças sofriam, havia uma que apenas tinha uma fantasia de coelho.

Após os dois terminarem, Estela escondeu a revista e foi treinada a usar a magia de invocação, já que para eles, Estela era delicada demais e não teria tanta força bruta.
************************************No trem:

Pyro conseguiu convencer a mulher a pagar 10 notas lunares como indenização.

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