Página número quatro.

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        Depois de sua "confirmação" de que eu era de "sangue puro" (supostamente), Lucius pareceu relaxar breves 1% de nervos, e pareceu mais confiante de permitir minha presença em seu cotidiano. 

        Na época, tudo estava mudando, cada vez mais casos de famílias trouxas sendo mortas por comensais, Hogwarts e o mundo bruxo em si, em pânico. Lord Voldemort havia retornado. Na realidade, todos sabiam que todo o tempo ele estava lá, escondido, em silêncio, mas é obvio que ninguém admitiria, ninguém gostaria de aceitar fato que, praticamente todos estavam com suas vidas passando pelos seus próprios dedos.

      Depois disso, tudo mudou, o caos se tornou constante, assim como aflição, tanto sua, tanto a minha. Sua família, puramente composta por seguidores de Voldemort, se tornaram comensais, assim, consequentemente, você também, me recordo de quando você me mostrou a marca e me contou a sua "missão", com seus olhos chorosos e avermelhados, que apenas conseguiam expressar uma única coisa: Medo. Naquele momento senti como se parte de mim simplesmente tivesse saído, e voado longe demais para que eu pudesse cogitar fazer algo a respeito, eu apenas queria te abraçar, e não soltar nunca mais, te proteger de todo o mal do mundo humano, eu queria me tornar seu escudo, e te levar o mais longe possível de tudo aquilo. 

     Mas eu não pude.

     Foi questão de no máximo 2 meses para que eu fosse convocada a reunião dos comensais, queriam que eu fizesse parte, por ser sua "parceira", e, principalmente, ser aluna de Hogwarts, chegaram a conclusão que eu era útil.

     Voldemort me achou "útil", o que basicamente em seu raciocínio resumia-se em "descartável" quando fosse necessário.

    Quando perguntaram se eu aceitaria a proposta, sendo encarada por todas aquelas pessoas dentro dos olhos, inclusive por "aquele-que-não-deve-ser-nomeado", apenas segurei mais forte sua mão por debaixo daquela gigantesca mesa, e concluí que, de uma forma ou de outra eu não tinha escolha, por que, mesmo se eu não aceitasse, e saísse correndo pelos grandes corredores daquela mansão, e me enfiasse em meio aos arbustos para quem sabe, poder me esconder junto ás formigas.

     Mas, quem me protegeria depois?

-𝓓𝓮𝓪𝓻, 𝓓𝓻𝓪𝓬𝓸 𝓜𝓪𝓵𝓯𝓸𝔂-Onde histórias criam vida. Descubra agora