VI - Seis - "Me olhe nos olhos e confesse sua luxúria"

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Ian

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— Isso está tão bom... — Angie disse, murmurando de prazer, enquanto eu massageava sua cabeça. — Não sabia que era bom nisso.

— Está gostando? — eu pergunto, apesar de saber a resposta. Angie apenas murmura em confirmação.

Sei que foi repentina e estranha a minha vontade de lavar os cabelos de Angie, mas é uma coisa que eu gosto de fazer, mesmo que eu não tenha tido relacionamentos sérios antes.

Eu gostava de lavar os cabelos de minha irmã, quando ela ainda era viva, por esse motivo eu fiz esse pedido à Angie. Claro, não era nessa posição, já que Angie e eu estamos os dois nus dentro da banheira. Tessa e eu havíamos comprado uma cadeira de lavar cabelos na época, então não era difícil para mim.

Com Tessa éramos os dois devidamente vestidos. E, bom, por esse motivo, sempre fazíamos uma bagunça enorme. Era divertido.

Eu vejo isso como um ato de cuidado com quem amamos, além de com certeza ser um ato de carinho.

Inesperadamente, eu acabo saindo de meus pensamentos. O motivo? Angie está se encostando cada vez mais em mim, ficando perigosamente mais perto.

— Okay, o que você quer? — eu pergunto, terminando de enxaguar seus cabelos.

— Nada — ela simplesmente diz, como se realmente não quisesse nada.

Mas ela queria, com certeza queria, ou não estaria praticamente rebolando em meu colo.

— Você sabe o que eu acho de mentiras, não é? — eu perguntei, vendo ela parar com os movimentos. Aproveitei o momento para segurar os fios em sua nuca, fazendo ela olhar para mim. Angie desviou o olhar para minha boca. — Me olhe nos olhos e confesse sua luxúria, Angie — eu lhe disse, vendo enfim ela me olhar nos olhos.

No momento seguinte, ela tentou me beijar, mas eu recuei, lhe dando a entender que ainda não era hora. Afinal...

— Você ainda não me confessou sua luxúria, amor — eu sussurrei em seu ouvido, com a voz um tanto rouca, o que eu sabia que a deixava mais excitada.

— Ian... — ela chamou, mas não disse nada.

No momento seguinte, levei uma de minhas mãos até um de seus seios, massageando lentamente, apertando o bico de vez em quando.

— Diga — eu pedi, tentando não soar tão autoritário, afinal, não sabia se ela ainda estava acostumada com meu lado dominador.

— Por favor... — ela não conseguia dizer, seu lado submissa estava esperando uma ordem de minha parte, e foi o que eu fiz.

— Diga! — dessa vez eu mandei, em um tom forte, mas ainda sim baixo.

— E-eu preciso... que o senhor me foda, por favor — eu sorri quando ela disse, ainda olhando em meus olhos.

— Com muito prazer, bebê.

Sendo assim, eu fechei a porta de vidro do box antes de a fazer se levantar, a colocando sentada em meu colo de frente para mim, com uma perna de cada lado. Até onde me lembro, ela não ficou por cima em uma transa nossa ainda, e eu tenho quase certeza de que ela não chegou a ter essa experiência com outra pessoa.

— Ian — ela chamou meio incerta, talvez pela posição. — Você sabe que eu não...

— A posição? — ela assentiu. — Não se preocupe, vou ajudar você.

Depois disso, eu a beijei, com desejo e paixão. E dessa vez, eu não tive vontade de envolver BDSM nisso, eu quero algo mais calmo, algo menos pesado.

— Vamos fazer sem nada envolvendo BDSM hoje, então se quiser, não precisa me chamar de senhor. Eu quero apenas te sentir — eu interrompi o beijo para dizer. — Ah, Angie, eu sabia que você seria Minha Perdição antes mesmo de tudo começar... Minha Deliciosa Perdição — eu disse, encarando seus olhos.

Minha Deliciosa Perdição • Livro II Onde histórias criam vida. Descubra agora