1 - Uma surpresa (agradável?)

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Olá, pessoal!

Primeira vez postando aqui e primeira vez escrevendo uma fanfic de LCDP.

Resolvi escrever um pouco da história da Alicia Sierra, primeiro porque estou completamente apaixonada por ela (e pela atriz, claro) e segundo porque acredito que o show ainda tem muito a nos mostrar sobre sua história.

Espero que gostem.

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Duas linhas: positivo.

E foi assim, tão simples como essas duas linhas, que Alicia percebeu que sua vida estava prestes a mudar.

Completamente.

Uma lágrima solitária deixa seus olhos e cai em suas mãos, fazendo-a perceber que estava chorando. E essa percepção a assusta ainda mais, porque ela não é de chorar.

Nunca.

Mas cá estava, chorando por causa de duas linhas em um pedaço de plástico.

Parando para pensar, a verdade é que ser mãe nunca esteve em seus planos. Ela nunca foi de sonhar com a maternidade, como outras mulheres. Nunca foi de ficar olhando para bebês e ficar imaginando como seria o seu. Nunca teve a curiosidade de saber como era gerar outra vida ou como deve ser esse tal amor materno que tanto falam.

Até o momento em que ela conheceu Germán.

O homem mais bonito, inteligente e atencioso que ela conheceu em toda sua vida. E ele fazia crescer nela sentimentos e desejos que nunca teve antes.

Ele fazia mudar as perspectivas dela.

De repente, tudo o que ela sempre lutou para conquistar e sonhou em alcançar não fazia mais tanto sentido. Seu tempo na academia de polícia, seu trabalho como inspetora, ser reconhecida, bem, de repente não era mais tudo.

Será que ela estava se perdendo? Perdendo quem ela era por um homem?

Ela olha novamente para as duas linhas, a vista ainda embaçada de lágrimas, respira fundo, embora sua respiração ainda saia um pouco trêmula, e tenta se lembrar que não, Germán não é só um homem.

Ele é o único homem que faz seu estômago embrulhar mesmo depois de anos juntos. Ele é o único homem que ri dela quando ela está emburrada. Ele é o único que a abraça e faz o mundo inteiro desaparecer em seus braços.

E ele, ao contrário dela, é louco por crianças.

Ele vive brincando com ela sobre os filhos que terão, sobre com quem eles vão se parecer e sobre como ela vai ser uma mãe incrível, contrariando o que até ela mesma acredita.

E, muitas vezes, essas brincadeiras acabam em pequenas discussões. Ela falando que não nasceu para isso e ele dizendo que não se imagina vivendo sem ser pai.

No final das contas, as discussões oriundas dessas brincadeiras sempre se encerram na cama, com ela descansando em seus braços e ele comentando que ela se faz de durona, mas que não aguenta nem um dia sem correr o risco na "fábrica de bebês".

Ela ri das memórias, mas logo o sorriso comedido dá lugar ao cenho franzido. Sua cabeça está a mil por hora e as preocupações e medos já falam mais alto.

Como vai ficar sua carreira na polícia? Como logo ela poderia se tornar uma mãe? Será que ela vai se tornar aquele tipo de mulher que ela tanto odeia? Essas que só falam de filhos e largam tudo para cuidar deles, como se o mundo delas desaparecesse do nada e tudo o que importa é sua cria.

Lhe faltava o ar só de pensar.

Um barulho de porta se fechando é o que interrompe essa tempestade de pensamentos e prontamente uma voz paralisa todos as vozes em sua cabeça.

Promessas quebradasOnde histórias criam vida. Descubra agora