Não consegui esperar nem um dia e já estou aqui de novo, postando capítulo novo para vocês. Espero que gostem :)
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Os dias se passam e com eles vêm as mudanças no corpo de Alicia e, principalmente, em sua personalidade. Enquanto continua sendo a mesma mandona de sempre, algumas vezes ela se pega chorando por coisas simples e isso a deixa maluca.
Uma dessas ocasiões se dá quando ela está em seu quarto e, de repente, escuta um som de vidro quebrando. Ela vai até a sala e encontra o Comissário com as patinhas sujas de terra ao lado de um vaso de plantas quebrado. Ela olha para a planta toda espalhada pelo chão e para o rastro de terra que o gato vai deixando ao redor da sala e começa a chorar.
Do nada.
Ela se senta no chão, perto do vaso quebrado, e não consegue se controlar. De repente, o que começou com poucas lágrimas se transforma em um choro forte intercalado por respirações cortadas e soluços.
E é nesse momento que Germán decide chegar em casa.
Obviamente.
Porque ela não pode passar por essas situações sozinha. Não. Ela precisa passar por essas situações quando a única pessoa que faz piadas dela está por perto.
Então, antes que ele possa chamar seu nome e avisar que está em casa ele a escuta. Sua primeira reação é correr até a fonte do som e, quando a vê chorando no chão, todo seu corpo estremece de puro medo.
— Alicia. O que houve? — Ele pergunta já se abaixando e colocando suas mãos nela, verificando aonde ela possa estar machucada. — Você caiu? É o bebê?
Mas ela não consegue responder, só nega com a cabeça e continua chorando.
— Alicia? — Ele a chama, levantando seu rosto para que possa olhar em seus olhos e pergunta novamente. — O que tá acontecendo? Você está bem?
— Sim. — Ela responde chorosa. — É só que... — Mas sua voz não sai.
— É só que o quê? — Ele pergunta apreensivo.
— Eu não sei porque eu estou chorando. O comissário derrubou essa planta idiota e eu não consigo mais parar de chorar. — Ela admite, rapidamente percebendo o ridículo da situação. — Que raiva. — Ela murmura.
Ele a envolve em seus braços, sorri e beija sua testa. — Jóder, Alicia! Assim você me mata do coração.
— Eu odeio isso. — Ela reclama de novo.
— Você me surpreende, cariño. Eu nunca achei que você seria dessas mulheres choronas. — Ele provoca.
Ela o olha, uma mistura de vergonha e irritação devido à piada, mas apenas murmura. — Eu odeio esses hormônios idiotas.
E assim o tempo vai passando.
O Germán, que sempre foi muito atencioso e cuidadoso com ela, havia se tornado um típico superprotetor, o que era motivo de brigas constantes entre o casal.
Mas a verdade é que ele sempre estava lá para ela. Para o que for. Nos momentos em que ela estava vomitando tudo o que havia comido na refeição anterior, quando seu humor mudava repentinamente, quando não queria fazer mais nada além de dormir e quando ela o acordava no meio da madrugada com um sorriso sem-vergonha no rosto.
Ele estava presente em todas as consultas, sempre bem informado e com dúvidas sobre a gestação e sobre o parto que nem ela mesma havia pensado.
Ele que lhe enviava mensagens lembrando-a de se alimentar ou que ia arrancá-la do trabalhando quando ele sabia que ela já havia passado de seu horário.
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Promessas quebradas
Romance[Gerlicia] Acompanhe um pouco do passado da Inspetora Alicia Sierra, desde quando descobriu sua gravidez até o momento do fatídico encontro com o Professor em seu esconderijo, o Reservatório de Águas Pluviais. Um pequeno background pra história dess...