A boa história de uma viagem

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Avalon havia tido os melhores dias de sua vida naquela cidadezinha.
Durante o tempo que passou ali, aprendeu tantas coisas e conheceu tantas pessoas, algumas que ela adorou e outras nem tanto. Mas é inegável que ela amou conhecer as pessoas que a ajudaram, em específico o peculiar e notório Darius Rogers Hyde, seu benfeitor que se mostrou bem mais do que isso.
Foi interessantíssimo como em catorze dias aqueles dois se entenderam e se conheceram: ela encontrando o dono de uma das mais belas plantações de flores de todo o mundo e de passado abusivo, e ele conhcendo uma turista perdida de comportamento agradável e de presença notavelmente aprazível.
Avalon conheceu tudo o que fez Darius ser quem ele era: desde sua infância conturbada, o abusivo relacionamento vindo do tio, a enorme consideração pelos criados da casa, os diversos traumas, o vício deixado pelo tio e uma injusta acusação de planejar a morte daquele que deveria tê-lo criado adequadamente.
Darius se interessou pelas histórias de Avalon, quis saber de cada detalhe sobre elas, sobre a própria moça, de como alguém como ela poderia ser não um raio de sol, mas a estrela mais brilhante que ele pôde conhecer, mesmo com uma vida não tão fácil quanto aparentava ter.
E aqueles dois se completavam, se davam bem, se divertiam um com o outro. Até que, sim, aconteceu o que você está pensando: ele se apaixonou perdiamente por ela. Ele a amou como nunca amou alguém antes. E ela? Avalon levou um pouco mais de tempo para correspondê-lo, pelo menos na mesma intensidade.
Pode paracer um pouco absurdo, mas se essa história fosse contada nos mínimos detalhes pareceria menos ilógico tudo o que narrei até aqui. Mas é fato que mesmo com todo o passado e todas as circunstâncias apontando para que Darius fosse o pior ser humano da terra, ele não o era. Ele era o contrário de tudo aquilo que muitos o julgavam ser e que muitos julgavam que ele se tornaria. E pelo seu característico modo de demonstrar arrependimento e pela busca quase incessante de se tornar melhor todos os dias, que a atenção de Avalon foi conquistada e aos poucos essa atenção a levou à um caminho completamente diferente do que ela esperava.
Aquele foi um festival que Avalon jamais esqueceria. E aquele foi um festival que Darius jamais queria que acabasse.
Quando toda a época da festividade passou e Avalon se preparava para voltar para casa, mais uma vez Darius se declarou para ela. E mais uma vez Avalon não disse nada, mas desta vez ela riu como uma criança.
A ida até o aeroporto foi cheia de conversas e risadas, a despedida não foi com nenhum beijo ardente, mas sim com um singelo abraço, um simples e puro beijo na testa e os mais sinceros agradecimentos pelos dias mais felizes de suas vidas.
Ela foi embora e olhou para trás.
Ele ficou ali e a observou até que não pudesse mais vê-la.
Os dois não se esqueceram e mantiveram contato até que pudessem se ver novamente. E certamente, quando se vissem de novo, fariam de tudo para que essa história tenha não um final feliz para todo o sempre, mas que tivesse os momentos mais radiantes de alegria e felicidade que lhes fosse permitido obter.

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