capítulo 12

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- Quando chegamos aviam vozes. - ela perguntou para seus amigos. - vocês conseguiram descobrir de quem era?

Leona olhou para Ang e olhou para sua amiga balançando a cabeça em sinal de negativo,

- Infelizmente não conseguimos descobrir de quem eram as vozes. - Leona fez uma pausa antes de prosseguir  com a explicação. - Ao que tudo indica eles conseguiram sair assim que nos três entramos na casa.

Luna apenas concordou com um aceno de cabeça para a amiga.

Não demorou muito até que alguns helicópteros e carros da polícia chegasem na propriedade, com muito brilho e movimento, levaram os corpos de todos eles, mas a frente dentro da cozinha haviam alguns dos empregados também sem vida, muitos estavam machucados e desmaiados, assim como é Emael que estava desacordado quando encontrado por ela e seus amigos.

Luna permaneceu sentada na varanda observando o movimento de entra e sai dos policiais, médicos, legistas e de algumas pessoas do instituto.

Por algum tempo tentaram conversar com ela, fizeram perguntas
como:

"o que aconteceu"

"onde você e seus amigos estavam"

" porque não estava na casa"

" quem eram as pessoas que haviam entrado"

"como chegaram até ali"

e

"por que estavam no meio da mata à noite"

Não importava o que ela dissesse eles continuaram fazendo perguntas, eram tantas perguntas que ela já não conseguia mais raciocinar, chorou gritou e gritou ainda mais quando carregaram o corpo da sua mãe para fora da casa, caiu de joelhos no chão debruçou em cima da macaca e pediu desculpa, pediu desculpa por não proteger ela e seus amigos, chorou mais um pouco quando em fim Ang a pegou pelo braço a puxando do chão e abraçou forte afagou seus cabelos e chorou junto.

Permaneceram abraçados por um bom tempo.

- Você sabe que eu estou aqui para o que precisar não sabe - disse Ang a olhando nos olhos.

Ela apenas acenou com a cabeça, no momento não estava em condições de dizer nenhuma outra palavra, tudo que conseguia era soluçar e pensar no que seria da sua vida sem sua mãe.

Alguns dos responsáveis do instituto pareceu de algum lugar a frente dos dois e os Levaram para o instituto onde ficar em observação no resto daquela noite.

Luna parecia muito desamparada, ficou sentada imóvel em uma poltrona na sala de descanso do ambulatório.

Leona adormeceu na poltrona ao lado de Ang.

Emael encontravase em sono profundo por conta dos medicamentos para dor quê haviam lhe aplicado.

Ela caminhou até a ala onde ele estava adormecido, os cortes no rosto e a faixa próxima a costela indicavam diversos pontos e possíveis cicatrizes quê ficariam para o resto da vida.
Ele não era um cão de briga como ela e Leona, ele e Ang apenas eram suportes não tinha condicionamento para enfrentar uma luta dura corpo a corpo.

A esperança agora era de ele acordar e ajudar a descobrir quem havia feito aquilo com ele e sua mãe.

Debruçou sobre ele e beijou sua testa.

- Desculpa não te proteger, é tudo culpa minha. - ela sussurrou para o amigo.

Pegou o celular no bolso, passavam das duas hora da madrugada.
Não haviam mensagens nem ligações e de novo nem um sinal de vida dele.

Achou cobertas nós armários do ambulatório e cobriu seus amigos.

Abriu e fechou a porta cuidadosamente para não acordar seus amigos.

Passeou pelo pátio do instituto na esperança de clarear suas ideias e emoções. O ar estava gelado, pegou o celular mais uma vez com os dedos congelados e enviou uma mensagem ao professor.

Precisava ver ele, precisava contar o quê estava acontecendo, o que estava passando.

Subiu as escadas o mais rápido que pode até seu dormitório, calçou botas, luvas, casacos e gorros para suportar o frio até até o centro da Cidade.

Sentou na cama para analisar mais um pouco o celular, sem visualizações, nem respostas. Considerou fazer isso no outro dia, mas os acontecimentos a deixaram tão eufórica que não conseguiria se conter até o próximo dia precisa ir e tinha quê ser na quelé momento.

Pegou um punhado de chaves de dentro de um pequeno porta jóias, havia tempo que não dirigia seria bom para ela sair um pouco.

Desceu até o estacionamento e localizou sua moto coberta por uma lona para não pegar sujeira.

E minutos passou pelo portão principal ao mostrar uma autorização ao guarda que se encontrava de plantão ali.

Por mais que o propósito daquela saída fosse esfriar as ideias não conseguia pensar em mais nada a não ser um abraço bem apertado do seu querido professor.

Acelerou mais um pouco rumo a estrada principal que dava para o centro da cidade.

Em minutos já se encontrava em frente ao prédio onde ficava o apartamento dele, retirou o capacete e estacionou sua moto frente ao prédio, subiu as escadas com o coração aos saltos, vez ou outra encontrava uma lágrima insistente no canto dos olhos a enxugou com a manga da blusa.

No estado que se encontrava preferiu as escadas ao em vez do elevador.

Ao chegar o terceiro andar se deparou com aquela porta, ficou pensativa por alguns momentos antes de se decidir enfim tocar a campainha, houve um silêncio irritante no tempo de espera a resposta, insistiu mais uma vez tocou a campainha, ouviu passos arrastados no interior do apartamento talvez no andar dos quartos, percebera que estava usando suas orelhas transmutadas cobriu as com as mãos e olhou para os lados, com medo de algum vizinho ter visto.

A demora de quem estava no apartamento estava irritando mais uma vez clicou na campainha quando finalmente a porta se abriu.

- bem vinda de volta senhorita Luna.
Não era Nick quem estava lhe dando boas vindas, era mais jovem e baixo, mesmo assim tinha os mesmos cabelos e os mesmos olhos, uma voz carregada e grossa. Não era Nick, não era conhecido, não era seu amor, nem ninguém importante, mas era bonito, intrigante e estava na casa do seu professor.

Ela permaneceu ali encarando aquele menino, deveria ter a sua idade talvez um ano a menos ou dois, a semelhança com seu professor era irritante embora sempre quisesse ter visto fotos de como seu professor era ainda criança não estava gostando de sua versão mais jovem e a forma como ele a encarava.

- Quem ... o que está fazendo na casa do professor? - luna pareceu abismada.

- Eu sou irmão dele... - disse ele em um movimento rápido e brusco lhe roubou os lábios...

luna - O lar de todas as feras (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora