capítulo 8

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Luna adentrou em seu quarto eufórica com suas atitudes, certificou-se de trancar a porta e em seguida as janelas, puxou o blecaute e acendeu as luzes.

- O que está havendo... - ela colocou as mãos nos cabelos em sinal de lamentações. - Parece que meus hormônios estão a flor da pele, Essa vontade de possuir está me fazendo ficar preocupada comigo mesma... Eu não sou assim.

Ela seguiu em direção ao banheiro para seu banho, a banheira estava cheia e a água quentinha, uma das empregadas devia ter deixado pronto para ela a pouco tempo.

Ela entrou na banheira, e lá permaneceu até q a água pareceu começar a ficar gelada. Olhou a ponta dos dedos, estavam levemente enrugados por causa da água.
Ela saiu da água com toda a preguiça do mundo, seu corpo tremia por causa do frio.

Houve duas batidas na porta o que indicava que uma das empregadas estava ali para trazer informações sobre o jantar.

Luna vestiu um roupão e foi até a porta.

- Senhorita, sua mãe pede para vê-la no escritório.

- Obrigada Teah logo mais estarei lá.

Saber o nome de todas as suas empregadas e seguranças era a forma que Luna havia encontrado para não se sentir tão sozinha na quela casa enorme quando ainda menor.

Vestiu-se vagarosamente, a senhora primeira ministra podia esperar um pouco não é mesmo, a vida toda Luna esperou por sua mãe e nunca a teve, não custava esperar um pouco mais.

Saiu rumo ao escritório pelos corredores da mansão, um sistema de luzes automáticas pelos corredores faziam com o caminho se iluminasse conforme passava entre eles.

Luna exitou em frente a uma porta alta de madeira trabalhada com arabescos bonitos e delicados nas bordas e maçanetas douradas.

Levou a mão levemente a madeira polida e envernizada, o som da batida ecoou pelo corredor.
A porta foi aberta por Artemis a acessora e fiel escudeira de sua mãe, antiga estudante do instituto, uma das primeiras pessoas a serem testadas com DNA de feras.

- Boa noite senhorita Luna. - Disse ela.

- Artemis, como vai? - um tom de desgosto na voz de Luna era sutilmente audível.

Aquela era a pessoa mais próxima de sua mãe, a atenção que nunca teve era dada totalmente aquela mulher, alta, de longos cabelos negros, de aparência esguia, de olhos negros e assustadores, De traços fortes e marcantes, tinha um ar traiçoeiro, quase como um urso.

- Luna! - chamou a primeira ministra.

- Boa noite mamãe. - disse ela finalmente desviado o olhar da quela mulher.

Nada nela deixa Luna confortável, Só de saber que ela estava na mesma sala que sua mãe fazia seu coração acelerar e uma sensação de angústia e desamparo atormentava seu cérebro e seu coração ficava apertado no peito. Ciúmes materno talvez.

- Soube quê trouxe amigos para cá junto de você. - a primeira ministra não demonstrou nenhum tipo de expressão.

- Sim mãe, isso te incomoda de alguma forma?  - Luna pareceu preocupada com a reação da mãe.

- De forma alguma querida, soube que Ang Duchen e Emael Condevastan  estão presentes e minha casa, filhos de dois dos meus maiores apoiadores políticos e investidores do nosso instituto. A grande família Ducheg vindos de Hom Kong e a grande família Condevastan da França. - ela fez uma pausa dramática. -  Faço gosto em dois pretendentes ricos e de famílias nobres para você.

- Não fale bobagem mãe. - disse Luna abismada.

- Não são bobagens minha filha, tudo no nosso mundinho político é feito de contatos e dinheiro.

Luna engoliu em seco.

- Mãe... Ang e Emael são meus amigos, não darei em cima deles.

- Não precisa dar em cima deles Luna, você é bonita e jovem vera que a natureza fará tudo por si só.

- O que mais você gostaria de falar comigo mamãe? - disse Luna incomoda com o rumo da conversa.

- Por enquanto é isso...

- Ok... - por algum motivo óbvio Luna estava doida para dar o fora da quela sala.

- Tem mais uma coisa minha filha.

Luna voltou sua atenção para a senhora primeira ministra mais uma vez.

- Não estarei presente para o jantar, não quero interferir na sua socialização com seus amigos.

- ok... - Luna não exitou em sair da sala para ficar o mais longe de sua mãe possível.

Caminhou rumo ao seu quarto para permanecer por lá sem que fosse incomodada, esperar até que a chamasse para o jantar também era um dos objetivos.

Pela primeira vez na quele dia se sentou na cama e buscou a tela do seu celular, não haviam mensagens nem ligações, não dá pessoa que ela realmente queria.
Havia algo de errado acontecendo com Nick e ela precisava descobrir, iria passar aquela semana ali isolada na casa de campo da sua família para descansar.

Duas batidas na porta, indicava um criado.

- Sim...

- Senhorita Luna o jantar será servido em alguns minutos.

A voz era familiar e delicada, a jovem empregada recém contratada, qual Luna ainda não lembrava direito o nome.

Luna abriu a porta para rever seu rosto, o qual ainda não conseguirá decorar.

- Oi... - ela já havia partido, não estava mais lá.

Luna ficou um pouco decepcionada.

- ok... Eu já vou descer... - disse para si mesmo.

Luna colocou um casaco e seguiu rumo a sala onde serviriam o jantar.

Leona, Ang e Emael já se encontravam sentados a mesa.

Olhar Ang nos olhos após o acontecido de mais cedo estava sendo extremamente difícil e constrangedor para Luna.

- Soube que sua mãe não vai jantar conosco. - disse Leona.

- Minha mãe prefere não se juntar a nós e ficar sozinha trancada no quarto fingindo que não existe mais ninguém além dela nesse mundo. Cercada por seus seguranças e agentes especiais.

Luna pareceu amarga.

O restante da mesa permaneceu em silêncio.

luna - O lar de todas as feras (Livro 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora