Luna adentrou em seu quarto eufórica com suas atitudes, certificou-se de trancar a porta e em seguida as janelas, puxou o blecaute e acendeu as luzes.
- O que está havendo... - ela colocou as mãos nos cabelos em sinal de lamentações. - Parece que meus hormônios estão a flor da pele, Essa vontade de possuir está me fazendo ficar preocupada comigo mesma... Eu não sou assim.
Ela seguiu em direção ao banheiro para seu banho, a banheira estava cheia e a água quentinha, uma das empregadas devia ter deixado pronto para ela a pouco tempo.
Ela entrou na banheira, e lá permaneceu até q a água pareceu começar a ficar gelada. Olhou a ponta dos dedos, estavam levemente enrugados por causa da água.
Ela saiu da água com toda a preguiça do mundo, seu corpo tremia por causa do frio.Houve duas batidas na porta o que indicava que uma das empregadas estava ali para trazer informações sobre o jantar.
Luna vestiu um roupão e foi até a porta.
- Senhorita, sua mãe pede para vê-la no escritório.
- Obrigada Teah logo mais estarei lá.
Saber o nome de todas as suas empregadas e seguranças era a forma que Luna havia encontrado para não se sentir tão sozinha na quela casa enorme quando ainda menor.
Vestiu-se vagarosamente, a senhora primeira ministra podia esperar um pouco não é mesmo, a vida toda Luna esperou por sua mãe e nunca a teve, não custava esperar um pouco mais.
Saiu rumo ao escritório pelos corredores da mansão, um sistema de luzes automáticas pelos corredores faziam com o caminho se iluminasse conforme passava entre eles.
Luna exitou em frente a uma porta alta de madeira trabalhada com arabescos bonitos e delicados nas bordas e maçanetas douradas.
Levou a mão levemente a madeira polida e envernizada, o som da batida ecoou pelo corredor.
A porta foi aberta por Artemis a acessora e fiel escudeira de sua mãe, antiga estudante do instituto, uma das primeiras pessoas a serem testadas com DNA de feras.- Boa noite senhorita Luna. - Disse ela.
- Artemis, como vai? - um tom de desgosto na voz de Luna era sutilmente audível.
Aquela era a pessoa mais próxima de sua mãe, a atenção que nunca teve era dada totalmente aquela mulher, alta, de longos cabelos negros, de aparência esguia, de olhos negros e assustadores, De traços fortes e marcantes, tinha um ar traiçoeiro, quase como um urso.
- Luna! - chamou a primeira ministra.
- Boa noite mamãe. - disse ela finalmente desviado o olhar da quela mulher.
Nada nela deixa Luna confortável, Só de saber que ela estava na mesma sala que sua mãe fazia seu coração acelerar e uma sensação de angústia e desamparo atormentava seu cérebro e seu coração ficava apertado no peito. Ciúmes materno talvez.
- Soube quê trouxe amigos para cá junto de você. - a primeira ministra não demonstrou nenhum tipo de expressão.
- Sim mãe, isso te incomoda de alguma forma? - Luna pareceu preocupada com a reação da mãe.
- De forma alguma querida, soube que Ang Duchen e Emael Condevastan estão presentes e minha casa, filhos de dois dos meus maiores apoiadores políticos e investidores do nosso instituto. A grande família Ducheg vindos de Hom Kong e a grande família Condevastan da França. - ela fez uma pausa dramática. - Faço gosto em dois pretendentes ricos e de famílias nobres para você.
- Não fale bobagem mãe. - disse Luna abismada.
- Não são bobagens minha filha, tudo no nosso mundinho político é feito de contatos e dinheiro.
Luna engoliu em seco.
- Mãe... Ang e Emael são meus amigos, não darei em cima deles.
- Não precisa dar em cima deles Luna, você é bonita e jovem vera que a natureza fará tudo por si só.
- O que mais você gostaria de falar comigo mamãe? - disse Luna incomoda com o rumo da conversa.
- Por enquanto é isso...
- Ok... - por algum motivo óbvio Luna estava doida para dar o fora da quela sala.
- Tem mais uma coisa minha filha.
Luna voltou sua atenção para a senhora primeira ministra mais uma vez.
- Não estarei presente para o jantar, não quero interferir na sua socialização com seus amigos.
- ok... - Luna não exitou em sair da sala para ficar o mais longe de sua mãe possível.
Caminhou rumo ao seu quarto para permanecer por lá sem que fosse incomodada, esperar até que a chamasse para o jantar também era um dos objetivos.
Pela primeira vez na quele dia se sentou na cama e buscou a tela do seu celular, não haviam mensagens nem ligações, não dá pessoa que ela realmente queria.
Havia algo de errado acontecendo com Nick e ela precisava descobrir, iria passar aquela semana ali isolada na casa de campo da sua família para descansar.Duas batidas na porta, indicava um criado.
- Sim...
- Senhorita Luna o jantar será servido em alguns minutos.
A voz era familiar e delicada, a jovem empregada recém contratada, qual Luna ainda não lembrava direito o nome.
Luna abriu a porta para rever seu rosto, o qual ainda não conseguirá decorar.
- Oi... - ela já havia partido, não estava mais lá.
Luna ficou um pouco decepcionada.
- ok... Eu já vou descer... - disse para si mesmo.
Luna colocou um casaco e seguiu rumo a sala onde serviriam o jantar.
Leona, Ang e Emael já se encontravam sentados a mesa.
Olhar Ang nos olhos após o acontecido de mais cedo estava sendo extremamente difícil e constrangedor para Luna.
- Soube que sua mãe não vai jantar conosco. - disse Leona.
- Minha mãe prefere não se juntar a nós e ficar sozinha trancada no quarto fingindo que não existe mais ninguém além dela nesse mundo. Cercada por seus seguranças e agentes especiais.
Luna pareceu amarga.
O restante da mesa permaneceu em silêncio.
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luna - O lar de todas as feras (Livro 2)
Romansa- bem vinda de volta senhorita Luna. Não era Nick quem estava lhe dando boas vindas, era mais jovem e baixo, mesmo assim tinha os mesmos cabelos e os mesmos olhos, uma voz carregada e grossa. Não era Nick, não era conhecido, não era seu amor, nem n...