Capítulo 2

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P. V Manuel

A primeira tentativa de ligar para aquele número não da certo, então eu espero uns minutos e começo a tentar ligar novamente e para minha surpresa dessa vez a pessoa atende.

Ligação on

- Alô. - A pessoa diz com um tom estranho, ao atender a ligação.

Manuel: Isaac? - Pergunto confuso e percebo que a pessoa do outro lado da linha deixou, alguma coisa cair. - E o filho, da Lúcia.

- Oi. - Diz meio emocionado. - Como achou meu número?

Manuel: Em uma carta. - Digo me deitando na minha cama. - Pode conversar?

- Olha eu não sei se isso e recomendável. - Diz meio triste. - Seus pais, não devem querer que você converse com o ex da sua mãe.

Manuel: O Antônio me batia e minha mas não sabe disso, já a minha mãe esta trabalhando. - Digo olhando, para a navalha que esta sobre a minha cômoda. - Antes de achar sua carta, para a minha mãe eu estava pensando em me cortar.

- E o que? - Grita todo estranho. - Onde você esta?

Manuel: Na casa da minha mãe, na Espanha. - Digo suspirando. - Por que?

Eu não tenho resposta, pois a ligação encerrada e eu apenas olho confuso para a tela do meu telefone.

Ligação off.

Eu me sento na cama ainda confuso, em seguida eu saio do meu quarto e vou para a sala onde eu me deito no sofá e começo a jogar um joguinho no meu celular, eu preciso tirar da minha cabeça a ideia de me machucar, mesmo que eu queria dar um fim na minha vida, eu sei que a minha mãe sofreria e eu não quero que ela sofra.

Fico jogando no meu celular, até que escuto a campainha da minha casa tocando e eu me levanto desanimado ir até a porta, mas como pode ser alguma coisa importa e melhor eu ir.

Quando eu chego na porta, eu suspiro e abro a porta dando de cara com um homem completamente desconhecido, mas ao mesmo tempo familiar.

Manuel: Pois não. - Falo analisando aquele homem.

- Aqui ainda e a casa de Lúcia, Gutiérrez? - Era a voz do Homem no meu telefone, será que ele e o Isaac?

Manuel: E sim. - Digo sorrindo.

- O filho dela, ta ai? - Pergunta tentando, olhar para dentro da casa.

Manuel: Sou eu. - Digo pensativo e derrepente ele começa a mexer no meus braços e levantar a manga da minha blusa. - O que você está fazendo? - Pergunto confuso.

- Vendo se você não está cortando. - E ele e o Isaac, ele chegou rápido aqui.

Manuel: Isaac? - Pergunto ainda incerto.

- Sim. - Diz com a mão no meu rosto. - Eu posso entrar? - Pergunta olhando para a rua. - Não quero que ninguém me veja.

Manuel: Pode sim. - Digo abrindo, mas a porta ele entra e eu apenas fecho a porta.

- Fiquei surpreso quando me ligou, faz anos que ninguem liga para aquele número. - Diz se sentando no sofá. - Seus pais não estão?

Manuel: Eu Moro aqui com a minha mãe. - Digo me sentando no outro sofá. - Antônio, mora em Buenos Aires.

- Pensei, que os dois eram casados. - Diz suspirando. - Por que você disse que queria se cortar? - Pergunta preocupado. - Eu nunca sai de casa e quando escutei você falando aquilo, eu senti a necessidade de vir aqui, evitar que você se machucasse, essa e a primeira vez em anos que eu saio durante o dia do meu esconderijo.

Manuel: Eu voltem ontem para cá. - Digo suspirando. - Estava a um ano e meio morando em Buenos Aires, mas a pouco tempo descobrir que Antônio e meu pai e toda a oportunidade que ele tinha de ficar sozinho comigo ele me batia e me machucava fisicamente e psicologicamente, depois eu descubrir que a minha ex e meu irmão mentiram para mim e tudo isso junto me fez entrar em depressão, eu me sinto vazio como se nada mais fizesse sentido para mim.

Isaac: Sua mãe sabe disso? - Pergunto se levantando e sentando ao meu lado.

Manuel: Não, não quero contar isso para ela. - Digo nervoso.

Isaac: Eu já passei por uma depressão e isso não e fácil. - Diz pegando a minha mão. - Mas se você conseguir lutar, você vai conseguir seguir em frente e vencer essa depresão. - Diz com calma.

Manuel: Alguma sugestão do que eu possa fazer? - Pergunto olhando para ele.

Isaac: Bom tem óculos escuros e um chapéu? - Pergunta pensativo e abrindo a carteira dele.

Manuel: Eu tenho, por que? - Pergunto confuso.

Isaac: Vamos fazer umas compras, inovar o guarda roupa ajuda um pouco. - Diz sorrindo.

Manuel: Não tenho direito para isso. - Digo suspirando.

Isaac: Eu era um influenciar tem dinheiro de sobra querido, eu todo o ano pego um cartão do meu pai, ou seja eu invado a casa dele escondido e pego algum cartão que ele não usa e os uso, digamos que o meu pai não olha muito a fratura dos cartão dele, então eu se troca e vamos. - Diz se levantando e eu também me levanto e abraço ele.

Manuel: Obrigado. - Digo sorrindo. - Isso não vai te complicar?

Isaac: Você deve ter lido a carta onde encontrou o meu número, lá eu deixe claro que era para ligar se precisasse de mim, então se você precisa de mim eu não me importo se descobrirem que eu estou vivo, mas agora vamos querido, temos que ir antes que fiquei noite. - Diz voltando a se sentar no sofá. - To esperando, você.

Manuel: Já volto.

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