Capítulo 6: O plano

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Na manhã seguinte, todos os três acordaram bem cedo para desfazer o acampamento e continuar a caminhada. Rob e Art passaram a noite pensando na mensagem que a princesa havia deixado para cada um.

- Buscar a Nancy? - indagou o Elfo - Essa mulherzinha é louca?

- Não fale assim da Princesa. - Art estava realmente muito irritado com a presença do Elfo.

- Calma Art. Por que a idéia é tão ruim assim Glop? Quem é Nancy?

O Elfo hesitou por instante e disse.

- Nancy é uma desonra para os Elfos. Ela consegue ser mais mesquinha que eu. É sem dúvida da pior espécie. Ela não ajudará vocês e ainda tentará lucrar com vocês.

- Se Harul disse que precisamos dela, ela deve ter razão. - Art tentava justificar, sem estar muito convencido de si próprio. - E pensei que vocês fosse fiel a promessas.

- A maioria dos Elfos realmente é. Eu sou. Rob salvou minha vida, me senti na obrigação de ajudá-lo.Mas esse não é o caso de Nancy.

Embora Art não gostasse muito de Elfos, tinha que concordar que Glop realmente ajudou Rob, e pelas histórias que ele tinha ouvido, pagou uma dívida de vida. Um código de honra que os Elfos têm de que, se eles são ajudados, eles são obrigados a retribuir de alguma forma. Art tinha então um plano.

- Elfo, faça o seguinte, encontre essa tal de Nancy e descubra do que ela precisa. O resto pode deixar conosco.

Os Elfos tinham fama por não serem muito inteligentes. E Glop provou também que não era, pois não conseguiu relacionar o plano de Art com o código de honra élfico.

O Elfo pareceu pensar um pouco, enquanto os três andavam à cavalo pela estradinha. Art agora estava sozinho no cavalo branco enquanto Rob e Glop dividiam a anca do cavalo negro.

- Ta certo, mas vou avisando que isso não tem chances de dar certo. Nancy não é como os outros Elfos. Não mesmo.

Mesmo contrariado o Elfo quis ajudar e desapareceu, deixando Art, Rob e um estranho apito, que eles deveriam tocar caso aparecesse qualquer problema.

Art e Rob não pareciam ter muita coisa para conversar, por isso o passeio a cavalo sem rumo pela estrada pareceu levar dias. Rob não queria ficar no mesmo lugar por que estava certo de que, se fossem pegos juntos, ambos seriam condenados por traição de raça, tanto sórcere quanto eskiller.

- Vamos parar um pouco? Estou faminto - Rob não tinha muita certeza se o estranho companheiro ouvira, mas a julgar o fato de ele ter parado alguns metros à frente e desmontado do cavalo, ele achou que talvez o tivesse ouvido sim.

- Tem um rio naquela direção - Art apontou a esmo para um local à suas costas, e continuou tirando a sela do cavalo. - vai lá rápido que eu arrumo o acampamento e o almoço.

Rob pensou em agradecer, mas se conteve, pois sabia que não seria retribuído. Não podia exigir muito do eskiller.

Rob sentiu-se grato por tomar um banho. Pensou em seus novos amigos, ou aliados. Imaginou há quanto tempo eles não tomavam m banho. Quando voltou ao local indicado por Art, ele achou o acampamento proto, e algum animal abatido em cima de uma fogueira perfeitamente produzida.

- Que cicatriz é essa? - Art saíra da barraca e reparara em uma estranha marca nas costas de Rob, enquanto ele trocava a camisa.

- Ah isso? É minha marca de nascimento.

- Não, não é. Isso é marca do feitiço da morte, feito por um eskiller muito fraco. Andou duelando sórcere?

- Duelar? Só uma vez na escola, tivemos uma competição interclasses para classificar-nos para um grupo.

ATTAIN - A lenda do tesouro perdidoOnde histórias criam vida. Descubra agora