CAPÍTULO XVI

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CAPÍTULO XVI


Fazia uma semana que os jovens haviam retornado da Tribo dos Verdes com os antídotos, e a situação já estava começando a ficar melhor. Bia Santos, Giovanna e Hummel foram os primeiros a ficar totalmente curados. Helen, Igor, Isabela e Rafaela demoraram entre 4 e 5 dias para se sentirem realmente bem. Apenas Vitoria e Paula ainda estavam mal, mas segundo Larissa, aquilo não era motivo para muita preocupação, e logo o antídoto faria efeito.

Tudo estava bem, exceto pelo fato de Beatriz não ter retornado para o casarão. A história de que ela havia deserdado convencera pouca gente, e Maria Eduarda era uma das que não aceitavam.

- Olha, eu não falei nada até agora, porque eu estava bem distraída ajudando a Larissa e a Bianca, com os antídotos e etc. Mas, agora que eu realmente parei pra pensar nisso tudo, eu quero que vocês me falem a verdade! - disparou a garota para Pedro, Matheus e Ana.

- Verdade sobre o quê? - perguntou Pedro, um pouco receoso.

- Sobre a Beatriz! - respondeu a garota, irritada. - Essa história tá muito mal contada!

- Como que essa história tá muita mal contada?! - exclamou Pedro, aumentando o seu tom de voz. - Quer dizer então que você está duvidando das pessoas que estavam no momento em que ela virou e disse: "Ei pessoinhas, não quero mais participar daquele Clã de merda, estou fora!", é isso mesmo?!

- Nunca que a Beatriz ia falar uma coisa dessas! - rebateu Maria Eduarda. - Ela ama o Clã e daria a sua vida por ele! Então não, eu não acredito!

- Isso já não é problema meu! - exclamou Pedro. - Agora me dê licença, que eu tenho mais o que fazer! - terminou ele, se teletransportando da sala de estar, deixando Maria Eduarda apenas com Matheus e Ana, que haviam ficado quietos até aquele momento.

Ana ficou encarando Matheus, esperando que o garoto tomasse alguma atitude ou dissesse alguma coisa, mas estava estampado em seu rosto que ele não fazia ideia do que fazer.

- Já que ele não diz nada, eu falo! - começou Ana, lançando um olhar ameaçador para Matheus. - A Beatriz estava muito confusa com coisas que aconteceram, e naquele momento ela achou que era o certo a se fazer!

- Não faz sentido! - replicou Maria. - Ela nunca ia tomar uma decisão dessa do nada, ainda mais sem me avisar... Eu sei que não!

- Talvez você não a conheça de verdade, você acha que realmente conhece ela? - provocou Matheus.

- O que ele tá querendo dizer é, será que ela não tinha motivos internos, sei lá? - disse Ana, reformulando a pergunta de Matheus.

- Não, e mesmo se tivesse, ela teria me dito! - respondeu Maria Eduarda. - Eu a conheço muito bem para afirmar isso!

- Se você tem tanta certeza... - disse Ana.

- Por favor, me falem o que realmente aconteceu! - pediu Maria Eduarda.

- A gente já te disse o que tínhamos para dizer. - respondeu Matheus.

- Se vocês não vão me contar, eu vou dar o meu jeito! - exclamou Maria Eduarda, saindo da sala dando passos pesados e nervosos.

- Afinal, por que a gente não falou a verdade?! - questionou Ana.

- Porque a gente não vai chegar nela e falar: ei, a sua melhor amiga é uma assassina! - respondeu Matheus, irônico. - Vamos mudar de assunto, me fala o que você queria me dizer mais cedo?

- Espera os outros chegarem! - disse Ana, com os olhos brilhando

- Oh, eles chegaram! - exclamou Matheus, apontando para Luana, Isabela e Rafaela.

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