Capítulo 14

155 18 5
                                    


Quando começaram a se beijar já se sentiam diferentes, talvez pela expectativa do que aconteceria. Todos os meses que foram aprendendo juntos, aos poucos, os deixavam prontos e confortáveis para que fosse naquele dia. Ela sempre achou que ficaria com vergonha, mas não. Isso era apenas a consequência de tudo que tinham construído juntos até ali. Em meio aos beijos carinhosos e um pouco agitados, ele já estava apenas de cueca, com os hormônios a mil. Ela podendo sentir isso nas coxas. As mãos dele percorriam seu corpo, já acostumado com os caminhos e quando ela percebeu o sutiã se afrouxou e antes de puxar ele a encarou em uma pergunta silenciosa se poderiam continuar. Ela mordeu o lábio sentindo uma pontinha de vergonha e assentiu. O rosto se tornou vermelho em um ato involuntário e ele podia jurar que se lembraria daquilo para sempre. Se lembrariam de tudo que sentiram naquele exato momento que se olharam pela primeira vez, totalmente desnudos. A euforia, a agitação, a alegria, a paixão, mas mais que isso... A calmaria. Era o coração que, embora muito novo saltasse dentro do peito, sabia que tinha encontrado seu lugar. Era o corpo que, embora muito novo sentisse sensações completamente novas, sabia que tinha achado seu par. E foi assim que se encaixaram naquela noite, tanto física como emocionalmente. A última pecinha do quebra cabeça que confirmava que seriam um do outro para sempre. Mesmo.

Quando terminou, respiravam ofegantes e abriram os olhos surpresos, mas felizes, se encarando. Até tentaram falar alguma coisa, mas não conseguiram e quando viram já tinham soltado um riso.

Anahí: Coisamos. – Falou sentada na cama, segurando o lençol tampando seu corpo depois que ele tinha jogado a camisinha fora, no banheiro.

Alfonso: Coisamos. – Riu e se sentou ao lado dela.

Anahí um pouco chocada: Uau.

Alfonso: Tá tudo bem? O que... tá sentindo? – Perguntou com certa hesitação.

Anahí: Tá tudo ótimo! – Riu e pulou em cima dele o enchendo de beijos. – É muito bom!

Alfonso: Sério? Quero dizer eu sei que dói.

Anahí: Não doeu. – Se deitaram virando um para o outro. – Assim, incomoda no começo, mas não doeu.

Alfonso: Mas sangrou. – Apontou para o lençol.

Anahí: Ih, vou ter que lavar antes da minha mãe ver. – Deu ombros. – E pra você, como foi?

Alfonso: Perfeito.

Anahí abriu mais os olhos: Jura? Porque eu não sei fazer, eu acho! Assim fizemos, mas...

Alfonso riu de novo: E eu sei?

Anahí: Ah... Eu gostei.

Alfonso: Eu também. Então quer dizer que sabemos fazer. – A abraçou.

Anahí: Gosto dessa afirmação. Apenas mais uma das coisas que somos ótimos.

Alfonso: Os melhores.

Anahí: Os melhores. – Confirmou fazendo cara de sabida e tirou o rosto do peito dele, o encarando. – Te amo.

Alfonso: Mesmo?

Anahí: Mesmo, mesmo, mesmo.

Alfonso: Que bom porque eu também te amo mesmo. – Apertou seu nariz.

Anahí: A gente pode tomar banho juntos! – Deu a ideia e o olhou com cara travessa. – Coisas que namorados fazem e nunca fizemos.

Alfonso: Eu gosto muito dessa ideia. Aliás hoje eu to gostando de todas as suas ideias.

Ecos de AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora