Capítulo 16

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Depois daquela conversa ele a convenceu de assistirem um filme juntos enquanto comiam brigadeiro, mas ela ficou dispersa o tempo todo. Mal prestou atenção, não soltou nenhuma piada e muito menos mexeu com ele que, claro, percebeu. Será que tinha feito certo? Ela tinha razão em um ponto: como manteriam a relação? Espantou esse pensamento a apertando para si.

Na segunda-feira na escola ela ouviu diversas piadas sobre o banho de tomate, mas no fim nem ligou e nem rebateu as piadas de Ashley, o que era muito estranho. Alfonso a defendia, ela agradecia com o olhar e sorria triste. No final de semana seguinte os alunos do teatro se recusaram a fazer a peça. Anahí ficou enfurecida e ninguém esperava, mas ela subiu no palco sozinha e começou a cantar. Como a apresentação era para pais e moradores da cidade, foi assim que a temporada seguiu. Apenas ela cantando e um dos professores tocando violão. Isso a animou. Alfonso sempre fazendo suas fotos.

Nas férias os dois faziam os seus bicos de adolescentes para juntar um dinheiro, ela babá, ele no estúdio. Estavam bem, embora depois da conversa cada um sempre pensava como tudo seria. No fim, a maioria dos adolescentes nessa fase passava por isso. Ela tentava levar numa boa e ele também não ficava falando no assunto sem parar, embora estivesse muito empolgado com aquela faculdade.

Ela resolveu convencê-lo de que não era a melhor alternativa só que não mediu as consequências do quanto isso poderia chateá-lo. Começou no primeiro dia de aula.

Anahí: Hey, mate! – Se encostou de lado no armário da escola no primeiro dia de aula, fim da tarde. Falava com um sotaque diferente, além da palavra "mate" que nunca tinha usado na vida.

Alfonso: Hey, mi amor. – Beijou sua testa. – Por que tá falando assim?

Anahí sorriu: É o sotaque australiano! – Ele riu do sotaque que permanecia na pronúncia dela. – É bem irritante, talvez ouvindo muito você canse e decida Parsons, Nova Iorque, com a sua namorada incrível.

Alfonso sorriu, fechou o próprio armário e se encostou ali, de gente para ela: Já estou lá. – Passou o indicador em seu nariz. – Até quando vai falar assim?

Anahí: Até você cansar. Nem tente me impedir, treinei por um mês para ficar perfeito.

Alfonso riu: Você é a melhor pessoa que existe. – A abraçou. – Te amo. – Deram as mãos e caminharam para saída. Ela começou a tagarelar com aquele sotaque, usando palavras não comuns nos Estados Unidos e ele ria.

Anahí: Já cansou do sotaque? – Perguntou no sofá do café.

Alfonso: Não. Nunca vou cansar da sua voz, não importa o sotaque.

Anahí revirou os olhos: Não era bem romantismo que eu estava esperando aqui. – Ele ergueu a sobrancelha. – A não ser um romantismo como "tem razão, mi amor, eu vou com você para Nova Iorque e vamos manter nossos planos para s..." – Se calou ao ver a expressão dele. – Desculpa.

Alfonso sorriu: Tudo bem. Desculpada.

Engataram um assunto qualquer falando sobre as aulas estarem diferentes.

No resto da semana ela foi caçando pontos negativos da Austrália.

Anahí: Gatito, olha! – Mostrou uma foto no computador. – Olha o tamanho da cobra que encontraram dentro de uma casa lá na Austrália.

Alfonso deitado na cama dela: Lá tem bastante bicho mesmo.

Anahí: Mas vem ver isso aqui! – Insistiu. – Eu vou ficar preocupada. Acharam no banheiro da casa, com uma criança de oito anos vivendo lá! Imagina?

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2020 ⏰

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