Capítulo 02

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Na manhã seguinte eu fui a primeira a acordar. Ao chegar na cozinha, as lembranças da noite anterior onde o Brandon havia me beijado vieram a tona. Aquilo não havia sido apenas um sonho ruim; aquilo havia sido real e de certa forma eu estava mexida com aquilo. Eu mal havia conseguido dormir, deve ter sido por isso que eu acordei tão cedo, são apenas sete da manhã em um final de semana.

Assim que começo o preparo do café da manhã, ouço passos vindo em direção a cozinha. Quando levanto o olhar, vejo o Brandon parado me olhando.

- Ficar com tesão logo de manhã não é nada justo. - diz ele, em um tom imoral.

- Sinto muito por você. - rebato.

Brandon estava informal, como eu quase nunca o vejo: calça moletom, sem camisa e descalço. Devo admitir que esse filho da puta é gostoso demais, mas gostoso que o Chris. Ele não era lindo, ele era angelical. Era uma tentação em forma de homem.

- Prefiro você só de blusa. - diz ele, se aproximando. Para evitar ficar andando por aí, vesti um short por baixo da blusa do Chris.

- Brandon, não chega perto. - digo, me virando com a faca para seu lado.

- Sempre gostei de mulheres bravas, mas isso é demais. - diz ele, se afastando. - Onde está meu irmãozinho?

- Sério que não vamos falar sobre o que aconteceu? - perguntei, enquanto terminava a omelete.

- Sobre você ter me beijado? - seu tom debochado aumenta.

- O que?! - eu vou jogar essa frigideira nesse cara.

- Vamos ser sinceros né, Lau... Você não resistiu a mim e me beijou. - falou ele, rindo. - Me jogou no balcão e rasgou minha camisa. Você é quente, como o Chris da conta?

Nada digo, apenas coloco a omelete no prato e jogo para ele. Maravilhado com o cheiro, ele pega um talher e come um pedaço.

- Que delícia! - diz ele. - O que tem aqui?

- Manjericão, coentro... Veneno pra rato! - digo. Rapidamente ele vai até a geladeira e pega o garrafão de leite e bebe. - Hahaha... É claro que eu não vou perder meu tempo te matando. - digo, comendo um pedaço da sua omelete.

- Você sabe que sou mais valioso vivo, não é? - após um segundo ele ficou sério. Sinto seu olhar sobre meu corpo, aquilo era estranho. Aquela sensação toda era estranha. Sinto um calor em todo meu corpo e se instalar na minha nuca; me arrepio. - O-o que seus pais acharam em relação a sua faculdade?

- Você realmente quer saber? - pergunto, levemente arrepiada.

- É isso ou eu vou tentar te beijar outra vez. - diz ele, em um verdadeiro tom de ameaça.

- Meu pai disse que eu era uma decepção. - digo, me inclinei sobre o balcão. Já esperava uma piada do Brandon, ou alguma investida mas ela não veio. Ele estava concentrado, me ouvindo. - Minha mãe apenas ficou chorando no canto enquanto.

- Mas por que você largou a faculdade?

- O que você sentiu ao comer a omelete?

- Foi como se eu tivesse tido um orgasmo. - fiquei boquiaberta com aquele comentário. - Calma, não é nenhum comentário sarcástico ou pervertido. Mas foi realmente isso, foi um prazer ao meu paladar.

- Isso é basicamente o que eu quero. - digo, voltando para o fogão. - Quero dar prazer as pessoas.

- Isso pode ser facilmente resolvido. - ele sorriu para mim. - Você deve ser boa nisso, em dar prazer.

- Estou falando em prazer culinário. - digo.

- Desculpa por aquilo. - diz ele, me pegando de surpresa. - Eu não quis fazer aquilo.

Meu Cunhado - Pausa Onde histórias criam vida. Descubra agora