Tempos Ruins

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> OIIIII gente, cheguei com o primeiro capítulo da fic, ele estava escrito havia um tempinho...então eu precisei apenas betar mesmo e pronto, trouxe pra vocês! No prólogo eu havia me esquecido de trazer as notas iniciais de tão eufórica e ansiosa que eu estava kkk acabou que ficou só lá no Spirit mesmo. 

> Prestem BASTANTE atenção para as indicações da fic gente...dessa vez nós vamos mexer com um pouco de religião então todo aviso é pouco, não quero ninguém ofendido nem nada, então se quiserem me corrigir algo ou chamar a atenção, fiquem à vontade.

> Quem criou essa capa maravilhosa foi a Ana, ela é perfeita e criou a capa de Lugar Seguro também, eu amei muito.

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 "Minha fórmula para a grandeza em um ser humano é amor fati: a pessoa não deseja que nada seja diferente, nem antes, nem depois, nem em toda a eternidade. Não é meramente suportar o que é necessário, muito menos dissimular... mas amá-lo."  — Nietzsche

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Os sinos da igreja soavam altos no domingo de manhã. Indicavam as 10:00, horário em que a segunda missa do dia era finalizada. Jungkook encarava a enorme cruz simbólica, os olhos de Cristo parecendo lhe julgar por algo, de tão profundos sobre si. Só queria que terminasse logo para que pudesse ir para casa, comer alguma coisa. Não era uma coisa tão ruim, não é? Querer ir embora rapidamente, afinal, por mais que não gostasse de admitir, Jungkook também estava meio entediado. Coitado dele se a mãe tivesse ao menos uma ideia disso.

— Vamos, Jungkook. – a senhora Wheein chamou pelo filho distraído. O garoto rapidamente se levantou do banco de madeira, percebendo as pessoas saindo calmamente. Finalmente.

Jungkook se virou uma última vez antes de ir, fazendo uma reverência diante da cruz como a mãe sempre ordenava. Segundo a senhora Jeon – e seu catecismo quando mais novo – era uma forma de respeito com a ... casa de Deus. Era um domingo quente e bem comum, aliás, comum até demais. Sempre os mesmos rostos que estava acostumado a ver no pátio da igreja, as mesmas pessoas cumprimentando seus pais, que eram tão conhecidos por ali. Nada de muito empolgante ou, pelo menos, novo.

Muitos poderiam se perguntar como um garoto como Jungkook parecia tão compromissado com a religião. O garoto de dezessete anos não era como os outros ali. Os cabelos por cortar, estavam sempre postos de maneira natural, sem qualquer resquício de gel ou penteado engomado. Não usava roupas formais como os outros e sim suas comuns calças jeans, timberlands e camisas largas e lisas. Era um garoto que chamava a atenção de muitas pessoas, conhecido na cidade, na escola...Jungkook era um adolescente popular, com boa reputação apesar de não fazer a linha certinho demais. Os pais por fim, tinham de agradecer pelo garoto – mesmo que às vezes a contragosto – ainda os acompanhar nos eventos da igreja e... se comportar. Apesar de tudo.

A verdade era que Jeon Jungkook crescera numa família religiosa e, as crenças estavam no meio dos Jeon desde que se entendia por gente. Fora ensinado sobre a importância das orações, sobre a importância dos bons costumes e das idas à igreja aos domingos. Jungkook fora ensinado sobre as tais leis a serem seguidas – às vezes cegamente – pelas pessoas que frequentavam a paróquia. Entretanto, sempre fora um garoto curioso por si, de personalidade própria, se assemelhando a algo que não podia ser domado. Jungkook não podia ser preso ou influenciado. Com o passar do tempo, sua mente começara a se desenvolver melhor longe das amarras que lhe prendiam e, mesmo que a família fizesse de tudo para que ele fosse exatamente igual a todos os outros garotos da igreja, não era a realidade. Jungkook perguntava sobre tudo, queria saber o porquê de todas as coisas e, isso o fez ter uma visão maior sobre tudo, uma mente mais aberta, diferente das dos pais. Ainda acompanhava a família aos domingos, achava que se recusar àquilo seria iniciar uma guerra dentro da própria casa. Outra guerra, melhor dizendo. Fazia as orações, cumpria o papel comum de um filho Jeon, mas se recusava a perder sua identidade. Era assim e pronto. Gostava de suas roupas pretas, gostava de seu cabelo bagunçado, de suas músicas "mundanas", gostava de seus coturnos altamente criticados pela mãe...e aos dezesseis anos descobrira que gostava de garotos. Talvez esta última fosse o motivo e momento crucial de mudança em sua vida.

Amor Fati | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora