Prólogo

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As ultimas coisas ao qual eu lembrava aos meus 12 ou 13 anos era a voz de desespero de meus pais.

- Corra e viva bem Harry!.- vi a escuridão após ser jogado em uma das passagens secretas do castelo.

- Papai! Mamãe!.- apesar de todos os meus gritos ninguém nunca mais abriu aquela passagem. Fiz assim como meus pais disseram, corri, corri longe e durante dias, desgastado tanto físico e emocionalmente, desmaiei.

Acordei sendo sacudido, assim que abro meus olhos cansados me vejo dentro de uma carroça de ferro e ao meu redor vejo varias crianças se encolherem enquanto tremiam nos cantos.

- Olha que sorte a nossa, achamos uma criança no meio da estrada! O chefe irá nos dar uma baita grana!.- escuto um riso nojento e estremeço.

- Imagine quanto dinheiro iremos ganhar se o vendermos?.- ao ouvir essa conversa pude perceber que fui capturado por bandidos e ainda seria vendido, para fazer sei lá o que.

Diferentes das crianças de pele mais escura que a minha, eu era branco, meus cabelos dourados como o sol, uma pele limpa e sem imperfeições, creio que não serei vendido para "alguém" bom e que me trate bem. Igual o destino de todos que estão nessa carroça, eu irei sofrer.

Dias naquela pequena carroça velha e suja, após descer senti minhas pernas fraquejarem, mulheres de aparência rusticas e selvagem nos guiaram e nos banharam, após tudo pronto comemos um pão duro com uma água de cor duvidosa, após comer fomos levados até um local aberto cheio de cadeiras, nos forçaram a sentar nessas cadeiras um pouco longe um dos outros.

Após sentar me encostei-me à cadeira velha e fechei meus olhos, agora tudo o que me resta é ser comprado. Mas assim como meus pais disseram, eu irei correr e viver bem, não importando o que eu faça. Várias horas depois, varias pessoas apareceram e logo foram comprando o "escravo que mais lhe agradava", estava um debate alto de várias pessoas querendo me comprar. Fiquei quieto até escutar uma voz.

- Eu irei compra-lo ofereço 100 mil ouros. - o barulho imediatamente cessa e eu abro meus olhos.

Vejo lá um homem robusto e um menino delicado ao seu lado, o menino mais belo que eu já vi e o futuro amor da minha vida.

O tal homem entrega o dinheiro ao qual me comprou e se aproxima o homem se agaixa a minha frente e sorri.

- Bem vindo a família Corvins.-

E a partir daquele dia em diante eu comecei a me chamar Justin, e me apaixonei profundamente por Ghefrer o filho do homem ao qual me comprou...
Ghefrer era um anjo, ele era respeitoso, era lindo, ele me protegia de tudo e todos, ele me amava. Uma criança cujo o coração precisava de amor e carinho, essas atitudes foram o motivo para que eu o ama-se tanto.
Mas, Ah como eu amava Ghefrer, amava de mais...

Mas finalmente percebi que sempre fui enganado, e que a mentira seria descoberta logo;

"A culpa não é minha se eles resolveram odiar um Wirns."

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