Capítulo 6

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O rei Antúrio, conde Cravinho e alguns guardas chegaram à cabana, estavam todos com armaduras e espadas; a bruxa os ouviu e foi ao encontro do rei na frente de sua cabana.

_Enfim o rei apareceu. _Disse a bruxa Magnólia em tom sarcástico.

_Bruxa, eu estou aqui para exigir que você desfaça o feitiço, caso contrário, você arcará com todas as consequências _disse o rei com toda autoridade que lhe competia.

Íris estava olhando pela janela, não sabia o que fazer, já que estava sem voz para poder contar para o rei o que havia acontecido, mesmo assim, ela conseguiu pular pela janela e saiu correndo até a presença do rei, onde foi parada por dois guardas, ela tentava mostrar a flor, gesticulava, mas tudo em vão, o rei não entendeu o que ela tentava dizer: _Você está doida menina? Tirem ela de minha frente, tenho negócios sérios para tratar aqui.

Os guardas empurraram Íris que caiu no chão se esfolando toda, ela protegeu a rosa e não a deixou cair para que não se quebrasse.

A bruxa ao ver a cena só aumentou ainda mais o ódio que estava em seu coração: _Rei Antúrio, eu havia feito um acordo com a sua filha, porém, por sua culpa, eu não irei cumpri-lo.

_O que você fez com minha filha? Onde ela está? _O rei levou um susto, pois nem imaginava que sua filha estivera ali.

_Sua filha está bem, ela já foi embora, agora, vão embora e aproveitem as últimas horas do seu reino.

_Guardas, prendam-na, vamos levá-la conosco, ela vai mudar de ideia por bem ou por mal, conde vá na frente e encontre minha filha.

Os guardas amarraram as mãos da bruxa, e a levaram ao castelo, Íris ficou na cabana pensando em como desfazer todos os feitiços, pegou o livro de sua mãe e descobriu como desfazer o feitiço lançado contra ela:  _Palavras e palavrinhas, que agora estão escondidinhas, apareçam de fininho e comece a falar bem baixinho. _O feitiço deu certo, Íris aos poucos foi voltando a falar, após ler algumas páginas do livro, ela percebeu que não havia como fazer um “desfeitiço” tão poderoso para o reino e para a princesa, ainda havia um pouco da poção, mas só daria para usar apenas uma vez.

Com todo cuidado Íris plantou a rosa em um potinho com terra e a regou, guardou o frasco da poção dentro de sua bolsa e o vasinho colocou no bolso lateral _eu sei que este vai parecer estranho Furão, mas eu preciso de sua ajuda. _ Íris tinha uma ideia e torcia para que desse certo: _Palavras e palavrinhas, que agora estão escondidinhas, apareçam de fininho e comece a falar bem baixinho. _ Instantaneamente Furão pronunciou algumas palavras, mas não demorou muito para ele desatar a falar incessantemente: _Eu estou falando, eu estou falando, que legal, eu estou falando...

_Eu sei, pare de falar um pouco, e faça o que eu irei te dizer, cuide da flor que está na minha bolsa, não deixe nada acontecer com ela, você pode fazer isso por mim?

_Claro que eu posso, pode deixar comigo!

Enfim os dois iniciaram a caminhada até o castelo, Furão foi cantarolando pelo caminho _eu vou, eu vou ao castelo agora eu vou, eu vou eu vou eu vou ...

_Furão, pare um pouco com essa música!

Após saírem da floresta, ele avistou o cavalo da princesa amarrado em uma das árvores, quase imperceptível.

_Íris, olhe ali, é o cavalinho da princesa, aquele metido. _Furão com seus dedinhos minúsculos apontava em direção ao Brasão.

_É mesmo, é o cavalo dela, vamos lá... Agora não entendi, por que ele é metido?

Reino dos Contos - PétalasOnde histórias criam vida. Descubra agora