Capítulo 8

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Petúnia sabia de tudo o que havia acontecido mesmo ela estando na forma de uma rosa, ela pôde observar e escutar tudo em sua volta, sentando-se ao lado de Íris, Petúnia segurou sua mão, ela estava profundamente agradecida à sua amiga _Íris... Você é uma grande amiga, não me importa quanto tempo você vai demorar para acordar, eu cuidarei de você e estarei sempre ao seu lado. _Como minúsculos diamantes as lágrimas de Petúnia deslizavam pelas mãos de Íris, aquele sentimento fortaleceu o espírito de Íris, e lentamente os seus olhos começaram a abrir, a sua vista ainda estava embaçada, mas conseguiu enxergar Petúnia, rei Antúrio, Margarida e a sua mãe, todos com largos sorrisos no rosto.

_O que... O que aconteceu? Petúnia, você voltou ao normal e ... Mãe você está linda como antigamente.

Após toda essa emoção, eles explicaram para Íris o que havia acontecido enquanto ela dormia:  _ Mas então, o que vai acontecer com o conde?

Eu ainda não sei o que farei com ele, depois resolverei isso com calma, enquanto isso, ele ficará no calabouço _respondeu rei Antúrio.

_Eu preciso contar uma coisa para vocês, a Margarida já sabe e acredito que Petúnia também, é sobre o Brasão, vamos para fora, lá vocês irão ver o que aconteceu...

Eles procuraram os dois por todo o castelo, no estábulo, no pomar e não os encontraram: _Não estamos achando eles em lugar algum, onde foram parar? _ Indagava Petúnia.

No decorrer da procura pelos dois, os guardas anunciaram ao rei Antúrio que o conde acabara de fugir há alguns minutos.

Magnólia assustou-se quando ouviu os guardas falando com o rei sobre a fuga do conde: __Mas como ele fugiu? Será que ele tem a ver com o sumiço dos animais?

Imediatamente o rei ordenou que os guardas se preparassem _não sei se ele tem a ver com o sumiço dos bichinhos, mas pode ter certeza, que eu o prenderei e ele irá pagar pelo mal que nos causou.

O rei e seus cavaleiros foram pela estrada à procura do conde, Margarida, Petúnia, Íris e Magnólia seguiram logo atrás.

Mal sabiam todos que Furão e Brasão estavam seguindo sorrateiramente o conde Cravinho pela estrada.

Furão que estava todo acomodado no lombo de Brasão, não cansava de importuná-lo: _ Vá mais rápido quatro patas, assim o conde vai sumir de vista... Você precisa fazer umas caminhadas matinais, está cansando muito fácil... Já conheci tartarugas mais rápidas que você...

_Se você abrir esse bico novamente, eu juro que vou mandá-lo para longe, você vai chamar a atenção do conde se não fechar essa matraca.

Brasão não estava para conversas, a preocupação dele era descobrir pra onde o conde estava indo, eles iam se esgueirando por entre as árvores que encontravam na estrada, com uma certa distância à frente, o conde seguia galopando em seu alazão.

_Acho melhor você voltar para o castelo e eu continuar, pois alguém precisa avisar o rei que o conde fugiu e que segue pela estrada que leva à Floresta.

Furão respondeu: _ E você acha mesmo que eu vou voltar sozinho? Você viu o meu tamanho? Eu vou chegar lá só amanhã, isso se eu não for devorado por algum falcão ou outro animal no caminho... Olhe, o cavalo do conde está parado, ele pode ter entrado na floresta.

Eles se aproximaram de mansinho, quando Brasão observou melhor o cavalo do conde, notou que na verdade, era uma linda égua, neste momento tudo em sua volta parecia estar em “Slow motion”, os olhos de Brasão estavam completamente fixos na linda égua de pelagem cor de cereja madura, galopava e nem notava o que se passava a seu redor.

_Acorda! Tá sonhando acordado? Você tá chegando muito perto... _PAF! PAF!  Furão impulsivamente estapeou o focinho de Brasão a fim de tirá-lo do aparente transe causado pela famosa “paixão à primeira vista”. Mal houve tempo de Brasão frear o seu galope, quando viram, estavam frente a frente com a égua.

_Olhe por onde galopa garanhão, você quase trombou em mim _ a égua levou um susto com o quase atropelamento, mas também ficou admirada com a beleza de Brasão:_Queira desculpar-me senhorita, não foi minha intenção.

Furão logo percebeu a troca de olhares entre os dois e rapidamente cortou o clima: _Bem, já pediu desculpas agora podemos ir embora.

_ Meu nome é Cereja e o seu?

_O meu é Brasão, prazer em conhecê-la.

“Cereja? isso é nome de cavalo, ou melhor, de égua...” pensava Furão um tanto enciumado _ olha só Cereja, nós estamos em uma missão, portanto não dá pra ficar de blá blá blá, por acaso você sabe o que o conde foi fazer dentro da Floresta?

_Por todo o caminho ele ficou repetindo que tinha que pegar o livro, mas não sei que livro é esse que ele estava dizendo.

_ Humm... Furão estava pensativo, chegou à conclusão que o tal livro que Cereja mencionou era o livro da Magnólia, que continha as fórmulas das poções e feitiços.

Brasão ficou apreensivo com o rumo que a situação tomou: _O que faremos agora? Voltamos para o castelo ou o enfrentamos?

_Enfrentar como meu filho? Ele está com um livro repleto de feitiços, você vai enfrentar ele com o que? Coice e patada?

Cereja se prontificou em ajudá-los: _Eu posso ajudar, eu sei que ele é um homem mau e eu não quero contribuir com os planos malignos dele.

Os três tiveram um plano, Brasão partiu rapidamente em direção ao castelo, a sua missão era avisar o rei sobre o paradeiro do conde.

Reino dos Contos - PétalasOnde histórias criam vida. Descubra agora