capítulo 11

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𓂀 𝕃𝔸𝕃𝕀𝕊𝔸 𝕄𝔸ℕ𝕆𝔹𝔸ℕ ℙ.𝕆.𝕍 𓂀

A manhã e a tarde de segunda-feira foram tranquilas.

Reuniões de rotina aconteceram, algumas exigindo minha presença, outras não.

Quando eu era obrigada a participar, arrastava Rosé pelo pulso, que se sentava ao meu lado e explicava, resumidamente, o que aquelas pessoas queriam de mim.

Normalmente uma assinatura resolvia, e então eu poderia voltar à minha sala e brincar com o pêndulo de Newton que repousava sobre a minha mesa.

- Por que quase nada de diferente acontece nessa empresa?

Rosé me olhou como quem olha uma lesma derretendo.

- Tudo está às mil maravilhas, a senhora não deveria reclamar! Quer que os negócios vão à falência?

- Bom, pelo menos alguma coisa aconteceria.

Ela olhou para a agenda em suas mãos.

- A senhora tem menos de dois meses para decidir o que fazer com a campanha das lingeries!

- Nós temos uma campanha de lingeries?

- Sim, nós temos!

- E eu devo saber o que fazer com ela? Eu não entendo merda nenhuma de lingeries! Só sei admirar e tirar elas do corpo das mulheres! - Falei.

- Senhora Manoban, se me permite a audácia, a senhora não entende merda nenhuma de nada aqui dentro, mas mesmo assim toma as decisões. - Suspirei.

- Ok, Rosé, só me diga o que tenho que fazer. - Concluí, me levantando e olhando para o relógio enquanto completava em um tom de voz falsamente excitado: - Vou embora. Me arrumar para a grande festa! Mal posso esperar, uhul!

- Mais um pouco e a senhora me convence. Está melhorando! Temos agora que trabalhar na sua cara de defunto enquanto fala coisas animadas assim.

- Bem, é mais ou menos como me sinto. Vou esperar por você na entrada às 19:00! Pelo amor de Deus, não se atrase, eles podem me comer viva.

- Duvido muito que façam isso!Só querem fechar um contrato e embebeda-lo se isso for necessário para ganharem um " sim."

- No final das contas é você que vai decidir isso. Bom, até mais.

E fui embora.

Menos de 2 horas depois já estávamos na festa com que eu achava que fossem milhares de empresários parecendo urubus rondando a carniça.

Rosé permanecia ao meu lado e eu tive que me controlar para não sumir com a desculpa de ir pegar um drink e fugir pela janela do banheiro.

Aquilo tudo era incrível e absurdamente chato!

Todas aquelas pessoas, cujo objetivo de vida parecia ser puxar o saco uma das outras e se cumprimentarem com sorrisinhos falsos, estavam me dando nos nervos.

Isso já acontecia havia algum tempo, mas conforme o tempo passava eu tinha certeza de que um dia explodiria e mandaria todos irem pra puta que pariu em alto e bom som.

Pedi licença para ir ao bar pedir algo alcoólico.

- Senhora... Lisa... - Rosé me chamou, e me senti um pouco melhor. Eu sempre preferia ouvi-la me chamando pelo nome.

- Não se preocupe, não vou exagerar!

Rosé era praticamente minha mãe em eventos desse tipo.

Ela tomava conta da quantidade de álcool que eu ingeria por saber que eu poderia passar dos limites facilmente.

 𝑀𝓎 𝒮𝓌𝑒𝑒𝓉 𝒫𝓇𝑜𝓈𝓉𝒾𝓉𝓊𝓉𝑒! - Adaptação Jenlisa G!POnde histórias criam vida. Descubra agora