Uma realidade solitária

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 24 de janeiro de 2015

                         9 anos depois...

- E ai pessoal, como estão? - Solar perguntou aos vários manequins que tinham espalhados em sua casa. Ela havia-os conseguido em vitrines de lojas e, fingindo que eram humanos, conversava com eles para não se sentir tão sozinha.

Ela já havia desistido de procurar por outras pessoas a muitos anos. E agora acreditava que o motivo de todos terem sumido era por culpa dos alienígenas e ela só não havia ido junto porque acabaram se esquecendo dela. Coisa que a deixava furiosa e fazia ela brigar todas as noites com o céu e os supostos aliens.

Solar havia mudado de casa várias vezes desde o início deste sumiço repentino, morando em diferentes mansões de Seul. Ela agora tinha 23 anos e faria 24 em cerca de um mês.

Nos primeiros anos, ela vivia da melhor forma que podia e fazia tudo que queria, já que não tinha ninguém por perto para julgá-la. Mas com o passar dos anos, as coisas começaram a ficar chatas para ela. Entrar nas casas das celebridades, que era uma das coisas que ela mais gostava de fazer, não tinha mais graça, assim como dirigir os carros mais caros também não. A vida havia se tornado entediante. 

Com tanta solidão, Solar começou a enlouquecer. Ficava dias e às vezes até meses sem pronunciar uma única palavra. Para não endoidar de vez, começou a conversar com as coisas, mas no fundo, por mais que desejasse, ela sabia que os objetos não estavam vivos.

Já estava de noite quando ela havia chegado em sua casa temporária, que agora era a mansão de um cantor muito famoso em seu país. Ela então foi se deitar e, logo que o fez, adormeceu. Solar sonhou que encontrava várias pessoas que ela conhecia antes do sumiço ao chegar em sua casa, que estava decorada para o seu aniversário de 24 anos. Vê-las ali, trouxe uma felicidade que não sentia a muitos anos. As pessoas conversavam com ela e lhe desejavam parabéns. Mas na hora que Solar foi até o bolo e assoprou as velas, todos começaram a desaparecer como se virassem areia. Ela começou a ficar desesperada. Pedia para que eles não fossem embora, tentava segura-los, mas nada adiantava... 

Solar acordou de supetão, olhando para os lados de forma assustada. O seu peito subia e descia tão rápido que parecia que iria a qualquer momento explodir. Ela então percebeu que tudo não passava de um pesadelo. Olhando para o teto do quarto, pensou consigo mesma sobre o sonho que havia tido. Ver aquelas pessoas lhe causou uma felicidade tão forte, que nem consegue descrever direito. Ela logo decidiu que não iria desistir. Afirmando para si mesma que esse sonho era um sinal, ela iria tentar procurar por alguém até o dia do seu aniversário.

(...)

Solar foi até uma loja de veículos e pegou um micro-ônibus. Colocou um alto-falante nele e também os seus amigos manequins favoritos e se despediu dos outros afirmando que buscava uma nova vida.

Pegou um mapa de seu país, colocou em cima do volante e saiu em sua aventura. Ela só não imaginava que o que era para ser uma simples aventura, sem muita perspectiva de sucesso, mudaria sua vida para sempre...

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Comentários e críticas construtivas são sempre bem-vindos.

Desculpe por qualquer erro ortográfico.

Até a próxima. :D

A última mulher do mundo (G!P) | *Em revisão*Onde histórias criam vida. Descubra agora