'MANINHO'

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- ONE –

- SETE TONS DE AZUL –

- CHENSUNG –

Knowledge are not feelings'



SEXTA-FEIRA, 16:37 AM.

| 'MANINHO'




Zhong Chenle, nunca quis ser um ômega.

Eles – ele no caso – eram sensíveis, precisavam de atenção e carinho por vinte e quatro horas por dia.

Mesmo que pedisse aos maiores Deuses, lá estava ele, de cara fechada, enquanto milhares de pessoas – quatro - falavam ao mesmo tempo. Sua paciência tinha acabado a mais o menos oito horas, mas como um ômega, ele tinha que ser calmo e repreender a vontade de gritar e jogar tudo no chão.

Ele olhou para as meninas, todas estavam em volta da noiva, mas logo a sua irmã veio até si, junto a namorada, e tentava tocar seu cabelo, mesmo que ele se afastasse, ela não parava de infernizar seu irmão caçula.

- E se o seu alfa não for bom, mamãe? – Irene perguntou, lascando um tapa na mão da namorada, que tentava tocar o cabelo do único ômega menino ali, entre as garotas.

- Ele é ótimo! – sua mãe disse sorrindo, era o casamento da mulher, e ela estava tão feliz. Depois de anos sozinha, ela finalmente pode se apaixonar novamente.

Demorou, teve que criar seus dois filhotes sozinha, uma alfa e um ômega, teve que trabalhar muito, e finalmente, depois de formar os filhos, estava de volta.

Estava realizando outro sonho.

Não foi fácil, ninguém disse que seria, mas ela conseguiu. Ela tinha algumas rugas no rosto, mas a deixava ainda mais linda, enquanto aquele velcro branco caia por seus pés, onde um salto alto estava.

- Sai Seulgi, se não acabo com essa sua cara – o rapaz disse batendo com força na mão da irmã, que revidou com um soco. Forte o suficiente para poder fazer seus olhinhos marejarem.

- Mamãe! – ele disse manhoso, enquanto a irmã alfa, ria dele. Era legal para ela irritar o menor, que segurava a vontade de pular no pescoço da mais velha.

- Parem de brigar! Até no meu casamento! Pelo amor de Deus! – ela repreendeu ambos. Mas estava tão feliz que não pode nem deixar de sorrir. A nora foi até ela, a abraçando.

- Senhora Zhong, felicidades – ela diz com os olhinhos brilhantes pelo choro que insistia em vir – a senhora é como uma segunda mãe 'pra mim – ela disse deixando algumas lágrimas escaparem, a sogra era importante para ela – eu amo a senhora, e quero que seja feliz – ela desejava, com a voz embargada – eu amo a senhora e sua filha, e quero o seu bem, a senhora é forte, muito guerreira, e eu te admiro muito, a senhora não tem noção do meu amor pela senhora – ela diz abraçando a noiva.

Irene era como um filha para ela também.

Chenle se aproximou, abraçando fortemente a irmã. Que caçava encrenca com ele.

- Chenle, mesmo que eu te soque e queria botar fogo em você às vezes – ela comentou simples e baixo, fazendo o irmão rir – eu vou te proteger, nossa vida vai mudar completamente daqui a algumas horas...- ela apertou o menor nos braços – e eu quero que fique bem... Nós vamos voltar a ter uma família, eu te prometo...- Chenle sorriu, beijando a bochecha da irmã mais velha.

- Obrigada, Gi - ele disse soltando da irmã, correndo para os braços da mãe.

- Mamãe, eu te amo – ele disse e mais velha sorriu, abraçando seu pequeno.

- Amor – Irene disse indo até a namorada – Vocês vão ter um irmão não é?

Seulgi revirou os olhos, como era curiosa a menina. Ela suspirou, colocando as mãos na cintura, e Chenle tentava ignorar essa parte do casamento.

- Sim, vamos conhecer ele daqui a pouco.

- Ei! Ele não mora aqui!? – ela perguntou meio surpresa, quase escandalosa como sempre.

Chenle saiu do aperto da mãe, enquanto olhava para a irmã.

- Não, ele morava no Canadá com a mãe e o irmão... filho do padrasto dele – ela disse arrumando seu vestido, enquanto olhava pelo grande espelho.

- WeiYang – ouviram a porta se abrir – Vamos nos atrasar! – a amiga lhe apressou e ela levantou o vestido correndo até a porta enquanto todos iam juntos.

[...]

Zhong Chenle sorria, a mãe estava tão feliz, e sorridente. A mulher fazia seus votos, e sorria para o novo marido.

- Licença – ouviu uma voz grossa que o fez o ômega estremecer, olhando para o lado, enquanto dava um passo para o lado de Irene que chorava abraçando a namorada sua irmã.

Os olhos do loiro foram para o mais alto, muito alto, enquanto já o identificava como um alfa.

Ele ficou em pé ao seu lado, e ele se sentiu pequeno, junto ao cheiro delicioso do coreano.

Suas mãos soaram e seus olhos voaram para sua mãe novamente, enquanto sentia ambos os braços se roçando. O loiro parecia sair de uma revista, de tão bonito.

E logo aconteceu o tão esperado beijo, todos pularam de felicidade e Zhong foi puxado pelo braço, enquanto Irene o levava até o outro lado da igreja, e ele não viu mais o tal garoto.

[...]

SEXTA-FEIRA, 23:49 PM.

- Boa lua de mel – Seulgi disse maliciosamente, e logo recebeu um tapa da namorada.

- Te confio a minha mãe, senhor Park! – Irene disse e a sogra riu.

- Bom... Está tudo pronto apenas temos que esperar meu filho e- Jisung! – o alfa disse feliz, olhando por cima dos ombros de Seulgi, e fez todos se virarem, curiosos para conhecer o novo membro da família.

O rapaz se aproximou e mundinho de Chenle desabava.

- Maninho? – ele riu sarcasticamente, enquanto passava por si, e logo dando de ombros, e olhava para si por cima dos ombros enquanto cumprimentava sua madrasta.

E quem diria que tudo começaria a desandar ali....

- Bem vindo a família, Jisung! O novo alfa da casa! - a mais velha disse se despedindo dos filhos, enquanto se preparava para sua lua de mel.

- Me sinto honrado...- ele diz sínico, olhando para seu novo irmão, que estava um tanto tenso.

- Deve se sentir - Irene disse beijando a namorada.

É...

Sete Tons de AzulOnde histórias criam vida. Descubra agora