- FOUR –
- SETE TONS DE AZUL-
- CHENSUNG –
Segunda-feira, 01:38 AM.
|EFEITOS COLATERAIS.
- Park Jisung –
Eu segurei o ômega.
- Jisung – ele riu. Ah, ele havia tomado mais que o necessário.
Suas mãos seguravam minha camisa, enquanto saíamos pelos fundos. Ele trocava os pés ou errava os passos, estava tonto e achava graça de tudo.
- Eu disse tanto 'pra você não beber! – eu disse segurando ele de lado.
- Nossa, seu perfume é muito bom – ele disse e começou a rir. O que era tão engraçado?
Eu neguei, o levando até o carro.
O coloquei no banco do passageiro, e corri até o lado do motorista.
Entrei e ele jogou a cabeça para trás.
- Jisung – ele me chamou rindo – porra você tem uma pegada – ele disse rindo muito, estava bêbado. Eu apenas ignorei, ligando o carro – você me jogou na parede, e meu amigo... Eu achei que você ia acabar comigo- ele disse mais sério, não deixando de achar graça na situação.
- Ou, cala a boca, senão eu acabo com você – ele riu.
Ah, minha paciência estava acabando.
- Uma vez eu peguei um carinha – ele comentou e eu revirei os olhos, começando a dirigir – foi até engraçado, mas era bom, quase tive minha primeira vez com ele, mas não rolou...- disse um pouco desapontado.
- Ah, você deve estar muito triste – debochei.
- Eu estou tão triste – ele riu sarcasticamente – só que ele com certeza seria melhor do que você... maninho – disse risonho e eu apenas apertei minhas mãos no volante.
Eu parei no semáforo e ele parecia estar um pouco mais consciente, mesmo que ainda estivesse tonto.
- Vamos para casa, e não me azucrina com essas porcarias de novo.
[...]
Eu o levei para o quarto dele.
- Jisung, eu não quero ficar sozinho! – fez birra, enquanto me puxava para si, nos fazendo cair na cama e por sorte não no chão.
- Caralho, se aquieta, loirinho – eu disse irritado, tentando me levantar, mas o mesmo cruzou suas pernas em minha cintura – garoto para, eu ‘tô falando sério contigo – disse entre os dentes e o ômega riu.
Ele levou suas mãos até meu colarinho, me puxando para mais perto.
- Você 'tá muito bêbado – eu disse rindo e ele revirou os olhos – fica quieto e me solta, loirinho.
- Cala minha boca, hum? – ele disse provocativo.
Não era certo. Não era certo. Não era certo.
E isso deixava tudo mais tentador.
- Não me provoca, eu sou seu hyung, irmão mais velho – disse apoiando meus braços ao lado de seus ombros.
- Aigoo! Agora? Vamos ser irmãos depois, hum? Hyung... Jisung hyung, fica bom quando eu digo?- silabou, olhando para meus olhos e alternando entre eles e meus lábios.
- Você bebeu muito, para – eu disse segurando sua mão, obrigando ele a me soltar.
Sai de cima do seu corpo, enquanto tentava tirar seu tênis e logo sua jaqueta.
- Ô Park...- ele diz sério e eu resmunguei um “hm?” – Qual é... – ele se levantou, ficando firme e vindo até mim – seu irmão é mó gatinho – se refere a ele mesmo e logo ri – não vai deixar meu ômega na mão, não é?
- Chenle, eu já disse e vou repetir, se afasta de mim...- disse em um rosnado e ele fraquejou, mas não deixou de sorrir.
- Não era você o bruto? – perguntou rindo – mostra 'pro seu ômega...
Eu estava pronto para impedir ele, mas era tão tentador, eu queria tanto, tanto mostrar 'pra ele.
- Jisung hyung...?
Eu o segurei.
- Park Chenle, eu já disse para parar, isso vai dar errado, isso é erro. Para com isso – eu silabei e ele sorriu. Caralho que sorriso lindo.
- Ah, Jisung – ele errou um passo para trás – seu irmão quer atenção...
Eu não podia, então o parei.
- Vai dormir, eu vou fazer o mesmo.
Eu ia sair mas ele me segurou.
- Jisung, eu vou aproveitar que estou fora de mim no momento, e vou fazer uma coisa que eu não teria coragem de fazer caso não estivesse bêbado – ele diz me puxando para fora do quarto. Eu sorria, ele estava diferente. Parecia ter outra personalidade quando estava bêbado. Parecia estar mais leve, solto comigo.
Nós descemos a escada e ele continuava me puxando. Enquanto sua mão apertava a minha e ele sorria, sua aparência era provocativa e suas atitudes audaciosas diante a mim.
- Para onde está me levando, loirinho? – perguntei enquanto passávamos pela cozinha. Indo até a varanda da casa. Estava escuro, apenas a luz da lua refletia sobre a água e nossos corpos. Seu olhar se virou ao meu e suas mãos seguraram as minhas. Ele estava tão sereno e simples, mas lindo.
- Park, você me paga por me jogar nessa piscina – ele disse e eu neguei, não. Não era possível – vem, vou pular junto, porque você também caiu comigo – ele me puxou.
Eu já estava paciente o suficiente, mas ele parecia tão confiante.
- Me dá seu celular – ele pediu, colando nosso corpos e levando sua mão até meu bolso traseiro, retirando meu celular, enquanto ficava na ponta dos pés, apenas para roçar seu nariz com o meu, segurando meu celular atrás do meu corpo. Ele voltou a sua altura novamente. Se distanciando de mim.
Ele colocou o aparelho no chão, junto com o dele.
- Chenle, para de graça – ele riu, inocente.
- O que eu fiz, Sunggie? – disse debochado.
Eu neguei, passando a língua pelos lábios, enquanto este me observava.
- Não vai tirar a roupa? – eu indaguei e ele negou.
- Não, eu ainda tenho um pouco de juízo – ele disse sério.
Ele deu um passo para trás, logo se virando.
Eu o abracei por trás, sentindo aquele cheirinho gostoso e colocando meu queixo em seu ombro.
- Vamos nos lembra disso amanhã?
- Pelo menos metade – eu respondi e ele riu.
Ele desfez meu abraço e ficou do meu lado.
- Pronto?
- Você vai fazer alguma besteira? – eu perguntei e ele negou – então eu estou.
E essa foi a pior coisa que eu fiz na vida.
[...]
- Vem, para de graça – eu disse para ele, enquanto me virava para lhe ver, ele já estava vestido.
Usava uma camisa minha, e um short.
- Que horas são?
- São três da manhã, vá se deitar- eu disse e ele se aproximou – você não está mais bêbado, pode ir para o seu quar-
- Cala sua boca, por favor...
Ele rodeou seus braços por mim, enquanto eu rodeava por ele.
- Sabe que eu ainda te odeio não é? Só que eu não lembro mais de nada desde que eu entrei naquela piscina, então se eu falei alguma coisa idiota fiz alguma burrada, me desculpe...- ele riu e eu concordei.
- Ah, você não imagina os absurdos...
Ele ficou um pouquinho envergonhado.
- Eu...vou dormir – ele me soltou acenando e andando até a porta.
- Boa noite...
- Boa noite maninho...- ele respondeu divertido. Eu sorri, me sentando na cama enquanto ele saía.
Eu estava encrencado.
Essa merda não podia ir 'pra frente.
Nada mais que amigos, parentes
.
[...]
SEGUNDA-FEIRA, 08:52 AM.
- Ou, Park Jisung...- senti as mãos do ômega em minhas costas.
Ele deu um leve aperto, enquanto me sacudia devagar.
- Jisung hyung, acorda... – ele insistiu, e meus olhos se abriram, enquanto eu me revirava na cama – estamos sozinhos, Seulgi e Irene estão na casa dos sogros...- ele disse – já são nove horas...- insistia, até que eu abri completamente os olhos, me sentando na cama.
- Não tem nada 'pra fazer...- eu disse rouco, não havia mesmo. Nós quatro havíamos limpado toda a casa no dia anterior – me deixa dormir.
Ele suspirou, colocando as mãos na cintura, enquanto me olhava.
- Jisung, vamos... Eu não quero ficar sozinho lá em baixo! – ele disse serio. E eu queria ignorar, mas ele parecia estar sem paciência, e finalmente eu estava me dando bem com ele, não era agora que eu queria brigar.
Minhas mãos foram até meu cabelo, e eu me levantei, sentindo seu olhar sobre mim, me analisando completamente antes de dar as costas e sair do meu quarto.
Eu passei meu olhar por suas costas, examinando completamente seu corpo por trás.
Ele parou na porta, se virando.
- Qual foi o nível da minha embriaguez ontem? – ele perguntou sério, com medo da resposta.
Eu ri de seu desespero.
- Se você soubesse os absurdos que falou e fez...- eu disse divertido ele suspirou.
- Nunca mais eu vou beber – ele resmungou, saindo do meu quarto.
Na festa na noite anterior, Chenle conseguiu dar em cima de três pessoas, quase ficar com as três, ele estava sóbrio, só que depois de uma hora, ele exagerou mais do que deveria, e acabou naquilo lá.
Ele estava tão bêbado que eu tive que levá-lo para fora. Lembro bem, ele chegando por trás, me abraçando, e dizendo coisas sem sentido, rindo muito e dizendo sobre um carinha aleatório da festa.
Eu não gostei, mas não tive outra escolha a não ser ir para casa com ele.
Eu me levantei e fui até a porta, passei o corredor e dei de cara com Chenle, ainda com a minha camisa, mas agora com um short mais cumprido – que não mudava muita coisa – e sem seus brincos ou pulseiras.
- Onde vai? – ele perguntou.
- Banheiro – eu disse e ele riu.
Eu ri junto, até que nossos sorrisos sumiram e ambos olharam para a porta.
- Ômegas.
- Alfas – retruquei e ele correu até o banheiro.
Eu corri atrás dele, mas ao invés de ultrapassar ele, o segurei.
- Me solta! Eu vou usar primeiro! – ele disse tentando se soltar, eu apenas abracei sua cintura, enquanto ele segurava meus braços, e minhas mãos, tentando se soltar.
- Você demora uma eternidade! – eu disse sério, tentando não rir.
- EU VOU!
- NÃO VAI! – ele se dá por vencido, parando de se debater e suspirando.
Ele se virou, ainda em meus braços, colocando ambas mãos em meu peito.
- Vamos usar juntos, quem sair primeiro deixa o outro usando, simples – a ideia era boa. Então o soltei e seguimos lentamente até o banheiro ele passou e pá.
A porta de fechou.
- Aish! Seu mentiroso! – eu disse batendo o pé ouvindo sua risada escandalosa.
- Se toca, eu não gosto de você, jamais que iria dividir o banheiro contigo.
- Eu duvido – digo cruzando os braços – você não perderia uma oportunidade dessas...
- Sonha que dá.
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Sete Tons de Azul
FanficNo novo casamento de sua mãe, Chenle e Seulgi recebem além de um padrasto, um meio irmão. Diante de toda a provocação do alfa a sua pessoa, Chenle tinha que aguentar conviver com Park Jisung, um garoto inconsequente, que faz de tudo para testar seu...