Capítulo 32

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Capítulo 32
Arthur

Acordo com um celular tocando. Abro os olhos e vejo Lua de pé no quarto vestindo sua roupa.

- Que horas são? - Pergunto de olhos ainda fechados. Estou morrendo de sono.
- 7h! - Ela responde e vai pro banheiro.
- Eu te levo lá na sua casa! - Grito levantando e procurando uma calça jeans no guarda roupa.
- Não precisa, amor! Eu pego um Uber! - Ela diz voltando pro quarto e vindo em minha direção. Ela me abraça e eu a abraço de volta. Esse abraço é tudo pra mim.
- Precisa sim! Não gosto que você ande de Uber, ainda mais em horários assim que as ruas são mais vazias… é perigoso! - Digo e dou um beijo em sua cabeça. Ela se afasta e pega a bolsa em cima da poltrona que fica no meu quarto. Visto uma camiseta rápido e vou escovar os dentes, quando volto para o quarto, ela não está mais. Chego na cozinha pelo rastro do cheirinho de café sendo passado.
- Ai, como você pensa em tudo! - Digo me aproximando e a abraçando por trás.
- Eu sei! Eu sou incrível mesmo! - Ela diz e se vira ficando de frente pra mim.
- Você é incrível mesmo! Mas se acha! - Falo zoando-a e ela sorri. Eu a beijo e ela enlaça seus braços em volta de meu pescoço. Eu a prenso mais forte na pia e ela desce sua mão devagar pela minha barriga. Quando sua mão chega em cima de meu membro, ela aperta de leve e saio do beijo sorrindo.
- Não me provoca se não eu não te deixo sair daqui tão cedo! - Falo a olhando e ela sorri tirando a mão. Ela levanta as mãos em forma de rendimento e vai até o armário pegar xícaras. Pego o açúcar e coloco dentro das xícaras enquanto ela derrama o café.
- Posso te fazer uma última pergunta sobre ontem? - Pergunto e ela franze o cenho, afirmando com a cabeça. - Qual a probabilidade daquele Bruno estar exatamente na mesma balada que a gente? - Pergunto e ela respira fundo.
- A gente sempre frequentou aquele lugar, por ser aconchegante, sabe? E quando comecei a namorar com ele, ia junto com a galera também! - Ela responde com cara de conformada. - Mas já vi que temos que achar outro lugar pra ir!
- Não! - Digo negando com o dedo. - Você não tem e não vai deixar de frequentar lugar nenhum por causa de ninguém! Principalmente por causa daquele babaca! - Digo sério a olhando e ela sorri com os olhos marejados.
- Não quero passar por aquilo de novo, Arthur! Eu sei que não tenho culpa de nada, mas é humilhante ouvir ele falando daquele jeito sobre mim! É humilhante saber que já gostei de alguém escroto daquele jeito! - Ela diz e seco uma lágrima que escorre de seus olhos. - Enquanto eu puder evitar olhar pra cara dele, eu vou! - Ela diz e eu afirmo com a cabeça.
- Tudo bem! Tudo bem! - Digo a abraçando e dou um beijo em sua testa. - Não chora mais não, tá? Eu tô aqui com você agora! - Digo e nós ficamos abraçados por um tempo. Após tomarmos nosso café, ela me apressa para não se atrasar.
- Que horas a gente vai para a casa da minha mãe, então? - Pergunto no trajeto para sua casa.
- Você ainda quer que eu vá? - Ela me olha duvidosa e não sei porque isso me parte o coração.
- Claro que quero! - Respondo de forma óbvia. - Por que acha que eu não fosse querer?
- Não sei… - Ela responde gaguejando. - Achei que tivesse ficado bravo comigo!
- E fiquei! Mas em nenhum momento cogitei não querer te levar! Pelo ao contrário, pensei que você não quisesse ir, por isso fiquei chateado! - Respondo e ela sorri.
- Então vamos umas 15h! Pode ser? - Ela pergunta.
- Pode! Então vai lá gravar seu programa e às 15h te pego aqui, tá? - Falo e ela afirma com a cabeça. - Tenho certeza que você vai mandar muito bem!
- Obrigada! - Ela responde com um brilho nos olhos e abre a porta.
- Ei! - Digo chamando-a e ela se vira para mim. Eu seguro sua mão. - Você foi a escolha mais certa que já fiz e estou louco para te apresentar para minha família! - Falo e ela sorri.
- Você também foi a escolha mais certa que fiz! - Ela diz sorrindo e sai do carro. Antes de fechar a porta eu pisco para ela e ela me manda um beijo. Volto pra casa e deito no sofá pra tirar mais um cochilo, estou morrendo de sono.

Acordo já são quase uma hora da tarde e levo um susto. Ia tirar só um cochilo… Tiro um pulo do sofá e vou arrumar minhas coisas para levar, já que vamos dormir por lá. Depois de arrumar tudo, faço um almoço e como rapidinho. Olho no relógio e falta menos de 1h pras 15h. Corro para tomar banho e me arrumar. Pego minhas coisas e desço em direção a meu carro. Ligo para Lua no caminho pra saber se ela já está pronta e para minha surpresa, ela diz que já está a minha espera. Eu que não fiz nada hoje consegui me atrasar e ela que foi trabalhar, está dentro da programação. Chego em sua casa 15h15 e ligo para ela descer.

- Oi! - Ela diz pela janela. - Abre o porta malas pra eu guardar minhas coisas? - Ela diz e aperto o botão que abre.
- Tá aberto! - Digo e ela guarda tudo. Quando ela entra no carro, me dá um beijo e saio com o carro. - Você acredita que aquela hora fui pra casa e capotei no sofá? Acordei atrasado! Por isso cheguei aqui essa hora! - Digo e ela gargalha.
- Mas olha! Que absurdo! - Ela diz me zoando.
- Como foi lá? Me conta! Virou amiga do Faustão? - Pergunto e ela ri.
- Foi muito legal! Meu Deus! - Ela diz empolgada. - Ele é muito simpático! Me tratou super bem! Ai, tô ansiosa pra ir ao ar! - Ela diz sorrindo.
- E vai quando? - Pergunto.
- Domingo que vem! Um dia antes da estreia! - Ela diz feliz e o resto da viagem é assim descontraída. Ela me conta todos os detalhes de como foi e ouço com atenção. É realmente tudo muito novo para ela, assim como é para mim. E é muito importante o fato de termos um ao outro e nos ouvirmos. Quando chegamos na chácara da minha mãe, tá cheio de carros espalhados. Acho que minha família inteira está aqui.
- Caraca! Tem bastante gente, né?! - Lua diz um pouco nervosa enquanto estaciono o carro.
- Acho que minha família inteira deve estar aqui, mas relaxa… eles são de boa! - Digo tentando tranquilizá-la. Nós descemos do carro e pegamos as coisas do porta malas. Quando nos aproximamos, minha mãe vem em nossa direção.
- Filho! Que saudade! - Ela diz me abraçando e coloco minha bolsa no chão para abraçá-la.
- Que exagero! Nem tem tanto tempo assim! - Digo sorrindo saindo do abraço e ela vai na direção de Lua.
- Essa é a Lua, mãe! Minha namorada! - Digo orgulhoso e as duas se abraçam.
- Ela sabe disso, Arthur? - Minha mãe diz me zoando e reviro os olhos com a gracinha. - Prazer, Lua! Seja muito bem vinda! - Ela diz saindo do abraço e Lua sorri.
- Obrigada, dona Kátia! É um prazer conhecê-la! - Lua diz com o sorriso cativante que só ela tem.
- Dona não, pelo amor de Deus! - Minha mãe diz se achando a jovem e reviro os olhos de novo. Acho que estou convivendo demais com minha namorada.
- Tudo bem! - Lua diz sorrindo.
- Vamos entrar! - Minha mãe diz e nós vamos em direção a casa. - Arthur, leva a Lua lá no quarto para guardar as coisas, depois vocês vem cumprimentar todo mundo! - Ela diz e eu concordo. Entro com Lua em casa e vou em direção ao meu quarto de infância.
- Bem vinda! - Digo quando entramos e ela sorri ao reparar no meu pôster do Cazuza colado na parede.
- Nossa, será que você era fã? - Ela diz me zoando e sorrio.
- Sempre fui! - Digo e me jogo na cama, deitando.
- Vamos lá cumprimentar sua família! - Ela diz me puxando pelo braço.
- Queria ficar aqui! Tá tão bom! - Digo a puxando, fazendo-a cair na cama ao meu lado. - Aqui tá muito melhor! - Digo me apoiando no cotovelo e a beijando. Ela coloca as mãos nos meus cabelos, bagunçando-os e eu fecho os olhos sentindo. Essa sensação é muito boa. Subo em cima dela e faço carinho em sua cintura.
- Arthur, a Lua não está com fome? - Minha mãe grita batendo na porta e saio do beijo sorrindo.
- Estamos indo já, mãe! - Digo um pouco frustrado.
- Vamos! - Lua diz cochichando e me empurrando de cima dela.
- Vamos! - Digo bufando e levantando. Ela levanta sorrindo e vai se olhar no espelho.
- Meu vestido tá bom? - Ela pergunta virando pra mim e eu a olho babando.
- Tá! Mas preferia você sem! - Digo mordendo os lábios e ela revira os olhos sorrindo. Nós saímos porta a fora e eu a apresento para toda a minha família, inclusive Lucas, meu irmão.
- Quer ir na piscina? - Pergunto para Lua que está conversando com minhas tias.
- Não! Já está escurecendo… tá doido? - Ela pergunta rindo enquanto tiro minha camiseta e pulo na piscina.
- Tô nada! - Digo já dentro da piscina e ela ri. Ela fica conversando com minha mãe e fico na piscina jogando vôlei com meus primos. Até que minha mãe nos obrigada a sair da piscina para jantar. Eu vou tomar um banho rápido e quando volto, Lua está sentada no sofá mexendo no celular.
- Tudo bem? - Pergunto sentando ao seu lado e dando um beijo em sua bochecha.
- Tudo! Na verdade, já estou morrendo de sono! - Ela diz sorrindo e eu me espanto. Olho no relógio e ainda vai dar 22h.
- Mas já? - Pergunto sorrindo. E ela afirma vindo me abraçar. Ela morde meu queixo e eu gargalho. - Vamos jantar?
- Vamos! - Ela responde e levanto a puxando para a mesa. Nós sentamos na mesa de jantar junto com minhas tias, mas como não cabe a família inteira, alguns sentam no sofá.
- Lua, você vai estar na nova novela da Globo, né? - Minha tia pergunta entusiasmada e Lua sorri. Minha mãe pega o prato dela e a serve com a comida.
- Vou sim! Estou muito feliz e ansiosa! - Ela responde de forma meiga e eu aperto sua coxa por baixo da mesa brincando.
- Ai Arthur, você vai e arruma uma namorada famosa! A gente não sabe nem se comportar perto de gente chique! - Diz minha outra tia e Lua gargalha.
- Imagina, gente! Que chique o que! - Ela fala sorrindo.
- Arthur foi logo no interesse, rapaz! - Meu primo diz querendo me zoar.
- Tá louco! - Digo o olhando sério e Lua sorri sem graça. - Nós nos conhecemos antes! - Digo olhando pras minhas tias. - De tudo! - Termino olhando para Lua que aperta minha mão por cima da mesa sorrindo. Nós terminamos de jantar mais descontraídos e reparo que Lua está bem cansada, então a chamo pra ir para o quarto e ela se despede de todos. Fico um pouquinho deitado com ela até ela pegar no sono, depois levanto e vou bater papo com meus primos até de madrugada.

Rabisco - Fic LuArOnde histórias criam vida. Descubra agora