Cap 7

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Eu já estava na frente de casa quando ele parou com o carro, entrei e coloquei o cinto.

Vitória: Boa noite - ele deu partida

Menor: Vitória, eu tenho muita coisa pra te falar e pedir desculpas. - suspirei.

Vitória: guarda as lágrimas pro final - falei baixinho, comigo.

Menor: eu sai daquele jeito porque eu fiquei desesperado, assim como tu, que nem lá pra casa voltou. Eu não sabia nem oque falar. - olhou rápido pra mim - eu nunca pensei na possibilidade de ser pai e muito menos agora que eu estou subindo no rumo do tráfico, oque é perigoso pra você e pro neném.

Vitória: eu não vou sair do morro, nem eu nem o bebê, você pode achar que é falta de maturidade do meu lado mas não é, foi ali onde eu nasci menor, onde minha mãe foi enterrado, onde minha tia está e onde eu passei minha infância.

Menor: quando o neném nascer a gente decedi isso ou a gente vai terminar brigando. - parou o carro e eu percebi que a gente estava perto da praia.

Ficamos em silêncio por um longo tempo até eu abrir a boca.

Vitória: você vai assumir o bebê? - falei passando a mão por minha barriga que estava sem volume ainda.

Menor: vou sim, mas olha nem eu nem tu precisa tá espalhando pra todo mundo que o bebê é filho de bandido, só se perguntar e você se sentir a vontade. - assenti - bora pra areia?

Vitória: vamos - tirei o cinto de segurança e sai do carro junto com ele

Me surpreendi ao ver ele pegar na minha mão pra a gente andar de mãos dadas.

A gente caminhou um pouco até ele parar e me abraçar por trás.

Menor: faz pouco tempo que tu chegou na minha vida e já fez um estrago, mas um estrago bom, tá ligada? - ri.

Tava ótimo ali as três coisas que eu mais amo o mar, ele e nossa princesa.

Eu sinto que é uma menina mas ao mesmo tempo sinto que é menino.

Vitória: você acha que é menino ou menina? - falei baixinho passando a mão na minha barriga.

Menor: um moleque. - colocou a mão por cima da minha. - pegar as mina com o papai. - não falei nada até porque não temos nada sério, mas me sentir incomodada.

Só vi ele se abaixando na minha frente e tirando uma caixinha do bolso.

Menor: Vitória... Qual é teu sobrenome? - revirei os olhos

Vitória: Alves.

Menor: Vitória Alves, mãe do meu filho quer namorar comigo?

Vitória: mas aí você não vai pegar as mina com ele.

Menor: é bom que fica mais pra ele, aceita?

Vitória: sim. - ele colocou a aliança no meu dedo e no dele.

Nossos olhar se encontraram e ele tomou atitude me beijando.

Era um beijo de "finalmente estamos juntos".

E olha que nós conhecemos faz menos de um mês, fico de cara com isso, que até um mês atrás eu não me imaginava namorando e muito menos mãe.

Terminamos o beijo com selinhos e continuamos abraçados.

Eu estava com a cabeça no peito dele olhando a aliança.

Vitória: quando comprou? - falei me referindo a aliança.

Menor: antes de passar na tua casa, ia pedir uma novinha em namoro. - Bati no braço dele, agora eu posso ter ciúmes. - é não pô, ia ser tu mesmo. - dei um sorriso largo e fiquei na ponta do pé pra dar um selinho nele.

...

Depois disso ele me levou pra comer, quase que fali o coitado.

Vitória: oi tia - falei assim que cheguei em casa - não foi trabalhar hoje?

Cíntia: não vic, vem cá. - me deitei no sofá com a cabeça no colo dela - que carinha é essa?

Vitória: sabe, eu e menor estamos juntos. - falei girando a aliança no meu dedo.

Cíntia: sério? - assenti - sabia que vocês ia ficar juntos. Mas me conta dessa cara aí.

Vitória: ele falou algumas coisas sobre o morro ser perigoso e tráfico. - me sentei do lado dela com os olhos brilhando - eu tenho medo de ele ter que abandonar a gente por causa do tráfico e não querer a gente em perigo. Eu não quero sofrer.

Ela me abraçou e foi ali que eu desabei.

Eu nunca soube oque era perder alguém especial até que chegou o câncer da minha mãe aquilo só fez eu aproveitar o dia como se fosse último, eu acho que eu não tenho mais psicológico pra perder alguém, ele já está tão fudido por causa da perca da minha mãe, que se acontecer alguma coisa eu...

Eu iria desabar.

Uma coisa eu aprendi família é a coisa mas sagrada que existe, de valor.

Menor 🔫

Um sentimento de preenchido bateu em mim assim que eu cheguei em casa.

Agora sim minha família tá completa a ruiva, o pivete e minha coroa. Fora rd que dá maior força pra mim, os mano Lc e Laranjinha, e lari e ray troco por nada.

Meu celular tocou e era Lc chamando eu pro bar, entrei logo no contato da ruiva pra avisar.

Mensagens🔥

Capeta: boa noite (20:37)
Durma bem (20:37)

Menor: boa, vou sim, mas antes vou passar no barzinho com Lc e Laranjinha. (áudio)

Mensagens 🔥

Coloquei o celular no bolso e sair de casa.

Chegando lá tava lari, Lc e Laranjinha.

Menor: oxi, se eu soubesse que lari vinha tinha chamado vitória. - fiz Toque com eles - cadê perigo, lari?

Larissa: papis colocou ele no torno a noite. - fez carinha de triste e eu ri. - rindo da desgraça dos outro, que bonito. - bateu palmas e eu ri mais ainda.

Lc: vai beber? - neguei - oxi, que isso? Menor negando cachaça.

Larissa: Vamos levar pro pastor pra ver se ele tá bem.

Menor: tô de coleira só quero paz na minha vida agora. - eles fizeram careta - ei mas deixa eu contar um negócio pra vocês. - eles chegaram mais perto - vitória tá grávida.

Lc e Laranjinha fez cara de surpresa e lari tava com a mesma cara.

Larissa: meu pai me contou só que eu tinha me esquecido.

Menor: sai pra lá vei com alzheimer.

Laranjinha: queria tá assim com minha loira, nos casado e um pivete. - virou o copo de uma vez na boca.

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(Não revisado)

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