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Cole Sprouse pov's

Ignorei os gritos de Dylan.
Eu estava desligado. Seu rosto para mim era apenas um borrão.
E tudo que eu podia imaginar eram as pequenas mãos dela em mim.
Acariciando meus cabelos, minha boca...

Fechei os olhos e me concentrei em imaginar sua figura na minha frente, sussurrando em meu ouvido e beijando meu pescoço. Isso foi o bastante para que eu me derramasse em lágrimas mais uma vez.
Um soluço escapou e então eu esfreguei meu rosto com força.

ㅡ Para com isso, Cole! Fala o que aconteceu, porra! Sua casa está virada de cabeça para baixo e eu arrisco dizer que você é quase um corpo morto. Está mais magro, e parece altamente exausto. ㅡRespirei fundo e a tão familiar dor no peito me atingiu. ㅡ Eu nunca mais te vi tão mal desde a morte da mamãe...

ㅡ O KJ já te explicou, não foi? Me deixa em paz.

ㅡ Realmente está assim porquê a Lili foi embora?

ㅡ Claro, cara! Estou assim porquê a amo! Porque é como se a merda estivesse se repetindo... do mesmo jeito que eu permiti que nosso pai matasse minha mãe, eu permiti que o nosso relacionamento acabasse. Eu estraguei tudo mais uma vez. E é o mesmo sentimento. Culpa, remorso, dor, solidão, vazio... é a porra da perda! ㅡGritei, chorando ainda mais.

ㅡ Eu nunca te vi falar tanta merda como agora! Você não foi o culpado pela morte da nossa mãe. ㅡSuspirei e levantei do sofá, tropeçando em meus pés até chegar do outro lado da sala e pegar uma garrafa de vodka. Dylan veio até mim rapidamente e pegou a garrafa das minhas mãos. ㅡ Chega de beber, seu filho da puta. Desse jeito vai entrar em coma alcoólico!

ㅡ Eu só peço que me deixe em paz. Tanto faz se eu morrer. Vai ser até melhor.

ㅡ Não vai fazer isso por causa de uma mulher. Passaram-se sete dias, irmão.

ㅡ Não é qualquer mulher, porra! É a Lili. E tudo isso aqui é culpa minha. É por isso que eu não tenho forças para continuar, porque essa merda é minha culpa. ㅡDylan colocou a garrafa na mesa e me puxou pelo antebraço.

ㅡ Sobe a porra dessa escada e vai tomar um banho gelado. Vou dar um jeito nessa podridão que está sua casa. E não faz birra. Você é um homem, caralho, não uma criança! Não vou te deixar se afundar no álcool. Vai acabar morrendo dessa forma. ㅡPermaci parado, o encarando. ㅡ Sobe, porra! ㅡEle gritou.
Cansado de escutar a sua voz irritante, eu subi as escadas e depois de tirar a roupa, eu me enfiei embaixo do chuveiro do meu quarto.

Lili Reinhart pov,s

Barbara dirigia nervosa até o hospital em que eu tenho um plano.
Quando chegamos, eu preenchi a ficha e fui atendida rapidamente.
Fiz o exame de sangue e os resultados ficariam prontos em cerca de duas horas ou menos.
É algo rápido, já que estou pagando para isso.

ㅡ Vamos comer em algum lugar aqui perto. ㅡBarbara sugeriu.
Caminhamos para um restaurante na outra rua e deixamos nosso carro no estaciomento perto do hospital.

ㅡ Espero não vomitar mais uma vez. ㅡComentei, olhando todas as opções naquele cardápio.
Pedi apenas uma salada de verduras e um suco de laranja.
Barbara optou por um bife com fritas e uma Coca-Cola Diet.

ㅡ O bebê da titia vai sempre comer besteirinhas com ela, não é neném? ㅡBarbara brincou, olhando para a minha barriga. Sorri fracamente e balancei a cabeça em negação.

ㅡ Não crie tantas expectativas, Barb. ㅡSussurrei.

ㅡ Crio sim. Eu sinto que tem um bebê aí. Nada vai me fazer mudar de idéia. ㅡO nosso pedido chegou após quarenta minutos de espera.
Comemos devagar e eu me assustei ao sentir meu celular vibrar.
Era um e-mail, do hospital em que fiz o teste.

ʙᴜʀɴɪɴɢ ʟᴏᴠᴇ » ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀᴄᴀᴏ) // CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora