35

630 69 46
                                    

Cole Sprouse pov's

Passaram-se três meses, e foi rápido.
Eu já havia procurado outra casa com a ajuda da Lili.
Sua barriguinha já estava aparente e eu pensei que fosse impossível ela ficar mais linda.
Eu a acompanhava em todas as consultas e quando escutamos o coração do nosso bebê pela primeira vez, eu chorei mais que ela.
Agora havia uma vida que dependia de mim, que estaria aqui para eu cuidar. Que eu amaria incondicionalmente, e eu sabia que seria amado da mesma forma.

Eu ainda ia visitar Lili todos os dias, e hoje ela se mudaria para cá.
Vez ou outra nós acabávamos nos rendendo a saudade. Sempre era ela a ter a iniciativa, pois Lili sabia que eu não seria capaz de tocá-la até que a mesma tomasse uma decisão.

ㅡ Cole, você e a Lili simplesmente acertaram em cheio ao escolher essa casa. ㅡCharles comentou, enquanto eu enchia o seu copo com Bourbon.

ㅡ Ela escolheu praticamente sozinha, você sabe que eu não sou muito bom nisso. Eu só concordei. ㅡExpliquei, tomando um gole da minha bebida.

ㅡ Vocês parecem marido e mulher. ㅡEle brincou.

ㅡ No dia que ela quiser, nós seremos. ㅡFalei sincero, Charles arregalou os olhos.

ㅡ Não... isso é verdade? Você pensa mesmo em pedir ela em casamento?

ㅡ Claro. Depois de tudo o que passamos, quando ela tomar uma decisão, dependendo de qual for, eu vou pedir ela em casamento.

ㅡ Caramba...

ㅡ Camila está com quantos meses? Quando é que o moleque vai nascer?

ㅡ Está com sete. Reta final. Lili está com quatro, não é? ㅡAssenti. ㅡ Quem diria, cara... eu até que já era de se esperar ter um filho, namoro com a Camila faz anos e já éramos casados. Mas você... você era um cretino até ontem. ㅡRi alto.

ㅡ Não sei se você percebeu, mas a Lili, ela é... impressionante. Ela não existe de verdade cara, é um delírio coletivo, ou você acha que anjos vêm para a terra? Tem noção de quanta coisa ela fez? E uma dessas foi me prender entre seus dedos. Já era, porra.

ㅡ Se fodeu, irmão. Em falar nisso, onde ela está? Não a vi desde que cheguei.

ㅡ Saiu com as meninas. E sua mulher está no meio.

ㅡ É mesmo, ela me avisou. Eu esqueci. ㅡConversamos mais um pouco, falamos sobre as finanças e Lili teria que me ajudar com certas coisas.
Afinal, ela é a contabilista aqui.
Ela chegou no final da tarde e Charles havia ido embora alguns minutos antes.

ㅡ Oi, Cole. ㅡEla veio até mim e me abraçou.
Estava com uma sacola em mãos e um sorriso estranho no rosto.

ㅡ Oi... você está suspeita... ㅡErgui minhas sobrancelhas, desconfiado.

ㅡ Eu? ㅡA loira mordeu o lábio inferior.

ㅡ Fala o que aconteceu.

ㅡ Advinha...

ㅡ Ah, não, Lil.

ㅡ Ok. Eu também não tenho paciência para esperar sua lerdeza. ㅡAbri a boca, em falsa indignação, ela apenas riu. ㅡ Eu e as meninas estávamos conversando e a Cami deu uma hipótese muito boa. Nós vamos poder descobrir o sexo do bebê próxima semana, e é uma ótima idéia fazer um jantar para a revelação! ㅡFranzi o cenho.

ㅡ Revelação é para descobrir o sexo, não é? ㅡEla assentiu. ㅡ Por mim tudo bem, mas não quero que demorem. Estou muito ansioso para descobrir.

ㅡ Eu sei. Ela e as meninas vão se encarregar de tudo, pois eu também não posso saber. ㅡLili explicou.

ㅡ Você comeu algo? Margarida está preparando o jantar.

ㅡ Sim, eu comi lá no shopping, mas vou jantar também. Esse bebê come muito! ㅡEla pôs a mão na barriga.

ㅡ E te deixa muito sensível. Ontem você chorou porque seu vestido rasgou no corrimão da escada.

ㅡ Claro! Ele era tão lindo... ㅡA loira suspirou. ㅡ Mas vem cá, temos que decidir uma coisa. ㅡEla falou, enquanto estendia a sacola na minha direção.

ㅡ O que é isso? ㅡPerguntei, a recebendo.

ㅡ Eu passei pela loja de doces que você ama. E te trouxe um daqueles sonhos. Eu percebi que você os adora. ㅡSorri torto e a encarei. Ela estava distraída, olhando suas unhas.
Me aproximei dela e a dei um selinho rápido.
A cara que ela fez foi a melhor. Seus olhos se alargaram e ela abriu a boca. Sei que ela gostou, tive certeza quando sua língua umedeceu seus lábios.

ㅡ O que precisamos decidir? ㅡQuestionei, abrindo a embalagem, mas Lili deu um tapinha na minha mão.

ㅡ É para comer depois do jantar! ㅡOrdenou, eu levantei minhas mãos em sinal de rendição e deixei o doce no criado-mudo ao lado do sofá.

ㅡ Ok.

ㅡ Sim... nós precisamos decidir os nomes. Se for menina, ou se for menino. ㅡSuspirei. Já tendo em mente o nome que desejo caso for menino.

ㅡ Lili, eu... gostaria que, se for menino, se chame Henry. ㅡEla sorriu.

ㅡ É um nome lindo. Tem algum porquê disso?

ㅡ Minha mãe... ela iria ter mais um filho. Eu tinha quatorze anos quando ela engravidou uma segunda vez. Ela levou a gestação, descobriu o sexo do bebê e escolheu o nome. Henry. Ela estava tão feliz e animada. ㅡSenti minha voz vacilar, engoli em seco e respirei fundo. ㅡ Matthew a fez abortar. Ele disse que se ela não fosse por bem, ele a faria ir por mal. Ele a fez acreditar que poderia ter esse filho, e quando ela já estava apegada, ele a fez tirar a criança.

ㅡ Esse homem fez tanto mal a sua família, Cole. E eu te admiro muito por ser o homem forte que é. Mesmo passando por essa merda toda. ㅡMurmurei, passando meus dedos delicadamente por seu cabelo macio.

ㅡ Mas isso é o que nos fez forte, Lili. As dificuldades. Você é uma mulher de se admirar. Essa criança dentro do seu ventre é o fruto do nosso amor, e vamos ensiná-la a ser forte como nós, mas vamos ensinar da forma certa. Esse bebê não vai precisar passar por tudo que passamos para aprender a não desistir e se deixar levar pelos golpes que o destino nos dá. ㅡLili se aproximou de mim e colou seu rosto na curva do meu pescoço, me abraçando pela cintura.
Coloquei meus braços ao seu redor e beijei sua cabeça.
Eu a amo, e não tenho mais um pingo de dúvidas sobre isso.

ㅡ E se for uma menina? ㅡSussurrou.

ㅡ Eu não sei... tem algo em mente?

ㅡ Mel. Sabe... de Melissa. O que você acha? Minha mãe também gostava muito desse nome. ㅡEla explicou, suspirando. Senti seus dedos apertarem minha camisa.

ㅡ É uma ótima idéia. Eu gostei muito. Henry ou Mel. ㅡMurmurei, afagando seus cabelos.

ㅡ Eu não sei, mas já amo imensamente.

ㅡ Eu também. Assim como amo você... ㅡEu não falei aquilo esperando por uma resposta, mas eu gostei de ver Lili me dando uma.

ㅡ Eu também te amo. Amo muito. ㅡEla levantou a cabeça e me encarou. ㅡ Eu já tomei uma decisão. Sem sombra de dúvidas, eu quero estar com você. Sempre. Teremos a nossa família e amor não vai faltar. ㅡLili sussurrou, tocando meu rosto com a ponta dos seus dedos.
Sorri largo e a minha vontade era de correr pela casa, gritando o quanto eu estou feliz.

ㅡ Confesso que tive medo de você não me querer mais. Não sabe o quão aliviado estou agora. ㅡFalei, beijando seus lábios.

ㅡ Eu te amo demais. E em nenhum momento eu deixei de pensar em você.

ㅡ Deus está nos dando uma oportunidade de ser feliz agora. Minha mãe deve estar muito satisfeita vendo que agora eu tenho uma família.

ㅡ A minha também. ㅡLili cochichou.
Sentados no sofá e finalmente resolvidos, nós ficamos em silêncio, em respeito as nossas mães.
Apenas olhando o fogo da lareira queimar e sentindo nossos corpos confortando um ao outro.
E o nosso filho estava ali, entre nós dois. Já protegido e aconchegado.

...

ʙᴜʀɴɪɴɢ ʟᴏᴠᴇ » ˢᵖʳᵒᵘˢᵉʰᵃʳᵗ (ᴄᴏɴᴛɪɴᴜᴀᴄᴀᴏ) // CONCLUÍDAOnde histórias criam vida. Descubra agora