- 8. o ladrão de melhores amigos

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...

Ela diz que eles estão andando numa linha reta
Mas isso não é realmente o estilo dela
Todos eles têm a mesma batida do coração
Mas a dela está ficando para trás
Nada neste mundo poderia
Jamais derrubá-los
É, são invencíveis
E ela está apenas em segundo plano

...

Dezembro de 1969

Aprender a ler e a escrever mostrou-se ser algo realmente horrível. Sentados enfileirados, com livros cheios de palavras difíceis de se interpretar.

"Eddie, soletre a palavra CLAUSTROFOBIA.", Atticus sempre jogava uma palavra nova para que brincássemos de soletrar.

"Porque tão difícil?", choraminguei baixinho, sem ao menos lançar-lhe um olhar.

Era muito arriscado dar tanta bandeira sobre estamos conversando, já que a professora Weaver marchava pela sala tomando nota da nossa prática em escrita cursiva. Quem apresentasse uma letra bonita ganharia, no final da aula, um pedaço de chocolate.

"Vai logo", apressou-se meu melhor amigo. "Claustrofobia."

Levei certo tempo para memorizar a difícil palavra, e comecei a tentar soletrar-la em minha mente.

"CLA...", sussurrei a primeira sílaba, tentando não me perder na pronúncia. "CLA...US...TRO..."

Madame Weaver parou com seu passeio por entre os alunos para posicionar-se diante da classe, as mãos entrelaçadas diante de seu corpo e um sorriso gentil preso em seus olhos.

"Vocês não imaginam o quão orgulhosa estou me sentindo com a evolução de suas letras!", ela começou a falar, empolgada. "Veja só, até mesmo você, menina Deveraux, que entrou a poucos meses está se saindo bem."

A garota que se sentava ao meu lado tentou esconder o rosto moreno por entre seus cabelos castanhos, constrangida pela atenção que não desejava.

"...TRO...FO...", continuei a soletrar, alheia a professora e seus elogios.

"Por conta disso acredito que mereçamos um período de intervalo maior nesse dia, certo?", a sua sugestão, acompanhada de um sorriso travesso, me fez desconcentrar de minha tarefa pois meus colegas de classe começaram a gritar e conversar em voz alta.

Por sermos de uma pequena vila, as 8 crianças levantaram-se em um pulo ao mesmo tempo em que eu comecei a jogar os cadernos e penas para dentro da mochila. Nada me faria mais feliz do que poder aproveitar o parquinho por mais tempo do que os costumeiros 15 minutos.

Assim que estávamos prontos, a professora acenou com a sua varinha e os pergaminhos em que estivemos praticando a caligrafia levitam sobre as carteiras, e então voaram rumo à mesa de carvalho no meio da sala.

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⏰ Última atualização: May 23, 2021 ⏰

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