Tudo Por Você

Ponto final

Vamos para mais um capítulo, me perdoem pelo sumiço, o capítulo é bem curtinho, mas espero que gostem.

Brunna

Aproveito para repousar minha cabeça no peito da minha esposa, recebendo seus carinhos enquanto  a sala  estava sendo pronta para minha conversa com a mãe do João.

- Bru a sala está pronta- Emmy nós interrompe  para avisar que era chegado o momento eu nem sabia direito o que eu iria falar ou perguntar para Leila mas a única coisa que eu tinha certeza era que eu estava alí pelo meu filho, me solto dos braços da minha esposa quase me arrastando para fora da sala e percebo que nossos dedos ainda estão interlaçados, olho para nossas mãos, o que me faz sentir paz.

- Bru eu estou com você - Lud fala puxando meu rosto pra si e depositando um selinho em meus
lábios.

- Eu sei vida e obrigada por isso.

Entrei no ambiente gelado com pouca iluminação, um cheiro horrível não é que era sujo mas era um cheiro de sangue, misturado com  abandono, solidão, as grades enferrujadas ali era a sala de interrogatórios ou como queiram chamar a sala de tortura, me causava arrepios só de estar naquele lugar.

Leila entra na sala com as mãos algemadas suas roupas e seus cabelos já não eram o mesmo de quatro  horas atrás, estava descabelada e já estava vestida com o uniforme do novo presídio em seus pés um chinelo de dedo, toda aquela maquiagem já não existia, estava a minha frente minha sequestradora, traficante e mãe do meu filho.

- A que devo a honra receber a visita da Barbie.

- Sem gracinhas. -  o policial fala colocando ela em uma cadeira posta a frente, ele saí nos deixando a sós, e mais uma vez sinto um arrepio na espinha, mas estava alí pelo meu filho.

- Se veio só para olhar na minha cara pode ir em bora missão cumprida. -ela fala com um ar de deboche o que me faz ter coragem de dar o próximo passo

- Não  estou aqui porque quero ter uma conversa definitiva com você.

- Deixa eu te falar uma coisinha princesinha eu dito as regras portanto eu falo quando é definitivo ok. - ela fala batendo na mesa e cerrando o maxilar.

- Quando se trata do meu filho eu coloco o ponto final- dei um soco na mesa e olhei bem no fundo dos teus olhos para ela perceber que eu não estava de brincadeira

- Deixa de ser maluca João nunca foi e nunca vai ser seu filho você sabe disso né?

- JOÃO É O MEU FILHO E SEMPRE VAI SER. - a raiva tomou conta de mim e quando dei por mim eu estava  em cima dela com as duas mãos em volta do seu pescoço, a mulher estava ficando rica quando eu sinto alguém pegando na.mi há cintura e eu sendo tirada  de cima da Leila por uma agente penitenciária.

- A senhora precisa se acalmar por gentileza.

- Me solta eu prometo que isso não vai se repetir pode confiar.- a moça me soltou e eu voltei a sentar, Leila tinha uma expressão de vitória no canto da boca que me fazia ter vontade de espancar ela.

- Cuidado Barbie, está querendo ficar na mesma cela que eu? Leila falou dando uma gargalhada bem alta o que me fez pensar em João.

- Eu nunca vou estar no mesmo lugar que você, e muito menos pisar no chão que você pisa, você julga ser a mãe do João só porque colocou ele no mundo, mas me fala o que você tem na cabeça? o menino quase  foi preso por tentar te ajudar.

- Nem me fale, minha vontade é de esmagar o pivete, por culpa dele olha onde eu estou.

- Dele não, sua! Você quase acabou com a vida do meu  filho. Agora o menino poderia estar em um  reformatório sua louca.

-  Eu não fiz nada ele que é burro, e mole e ainda boca aberta.

- Ele gosta de você de verdade, faria tudo pra conquistar o seu amor

- É o pivete entendeu que somos uma família e o nosso dever é um ajuda o outro.

- Você não sabe o significado de família,  muito menos de ser mãe.

- QUE INFERNO, para de falar na minha cabeça esse bastardo sempre me fudeu que saco só nasceu para dar trabalho e me ferrar eu deveria ter abortado, mas fui descobrir já era tarde demais. - as palavras de Leila me causava náuseas eu estava zonza ela estava falando do meu filho meu menino. - Essa praga me dá ódio.

- João é um menino incrível Leila, fez o que fez por que te ama independente do teu desprezo, ele é amoroso, engraçado, ama música como a mãe dele, vive estiloso, e ama quando trança os cabelos  junto com a mãe dele, mas ele é atencioso como eu,  é bem concentrado no que faz detesta bagunça como eu.

- Tá tá chega de conversa mole pra cima de mim você veio pedir o menino? É isso? Leva e faz um bom aproveito.

- Eu não posso pedir o que já é meu Leila,  assim que coloquei meus olhos nele eu já sabia que ele tinha me escolhido como mãe, e só mais um detalhe aguarda do João já é nossa, e ninguém pode mudar isso.

- Então o que você quer?

- Eu só vim para te dar um recado, se você pensar em chegar próximo ou passar na mesma calçada que meus filhos eu mato você, e não estou de brincadeira e vou para o inferno mas eu te levo junto comigo. - nessa hora estava em pé com o dedo apontado bem no nariz dela.

-  Um dia eu vou sair, da prisão Bruninha.

- Eu não tenho dúvidas que vc vai sair, mas tenho certeza que você não vai querer pagar pra ver, já dei o meu recado esquece que minha família existe, e que um dia você pariu o meu filho. - me levantei da cadeira até tonta , essa conversa acabou com o fio de energia que eu ainda tinha, mas Leila nada falou, dei duas batidas na porta de ferro, a qual foi aberta por um agente, e eu nem se quer olhei para cara da mulher que deixei pra trás, e já dando de encontro com Emilly e Lud as duas já me esperavam do lado de fora com os braços abertos.

- Acabou meu amor.

- Sim podemos ir pra casa, muito obrigada amiga.

- Somos família Bru. - nós despedimos e seguimos em direção ao estacionamento, meu sogro já tinha voltado pra casa  e naquele momento era só eu e minha esposa, entramos no carro e Lud permanecia calada, um silêncio que logo quebrei.

- Eu precisava colocar um ponto final.

- Eu sei e te admiro aínda mais por lutar ao meu lado pela nossa família.

- Te amo

- Eu te amo muito mais.

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