𝐿𝑖𝑣𝑖𝑛𝑔 𝐷𝑒𝑎𝑑₊ 𝐵𝑎𝑟𝑟𝑜𝑛 𝑇𝑟𝑢𝑚𝑝

⚠ Bons Sonhos, baby ⚠

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Abri os olhos bem devagar, mas não consegui enxergar quase nada. A pouca luz que iluminava o local vinha da janela que estava atrás de mim, mas o resto da sala estava em total breu.

Medo? Talvez.

– S/n? – ouvi uma voz masculina baixa, mas não consegui identificar de onde vinha – Você está bem? – Ele sussurrou.

– Quem é você? – Perguntei, mas ele ficou em silêncio. Sentia minhas mãos tremendo pelo frio e pelo medo.

Alguns segundos se passaram e o silêncio continuava, mas eu tinha quase certeza que ele ainda estava ali.

– Sou eu, Barron. – Ele sussurrou de novo, mas sua voz parecia distante.

Comecei a desconfiar se realmente era o Barron ou se eu estava sonhando.

– Cadê o pessoal? – Perguntei. Fechei os olhos, sentindo sono, mas me mantendo acordada.

– Estão dormindo, são quase quatro da manhã. – Ele respondeu. Abri os olhos e vi um vulto se movimentar na escuridão, provavelmente ele, mas acabei perdendo sua silhueta de vista.

Pensando em sua resposta, lembrei-me de que Maryssa costumava acordar nesse horário e andar pela casa.

– Poderia ligar a luz, por favor? – Pedi, ficando em alerta a qualquer barulho.

– Estamos sem energia. – Ele respondeu rapidamente.

– Mas não consigo ver você, onde está? – Ele ficou em silêncio e comecei a ficar com medo. Ouvi passos em minha direção e entrelacei meus dedos para tentar parar de tremer.

– Estou aqui. – Vi olhos azuis brilharem na escuridão e senti-o apertar levemente minhas mãos. Assustada, afastei-me rapidamente.

– Ei, está tudo bem? – Ele se aproximou e, com a pouca luz da janela atrás de mim, reconheci Barron.

Apesar das brigas, sinto-me mais protegida com Barron do que com James.

Ele continuou segurando minha mão, seus olhos azuis pareciam me analisar.

– Que bom que é você. – Suspirei aliviada. Suas mãos voltaram a tocar as minhas e ele ajoelhou-se em minha frente.

– Está sentindo alguma coisa? – Ele perguntou, demonstrando preocupação.

– Minha cabeça dói e estou com frio. – Murmurei.

– Espera aí. – Ele afastou-se e vi sua silhueta sumir na escuridão, indo em direção à cozinha.

Olhei para as minhas mãos que ele segurou e um sorriso involuntário surgiu em meus lábios.

Por um momento, Barron foi tão fofo... Meu Deus, estou parecendo uma adolescente apaixonada pelo popular.

– Toma. – Saí de meus pensamentos e vi a pílula em suas mãos.

Peguei-a e olhei para ele.

– Cadê a água? – Perguntei, escutei ele murmurar um palavrao enquanto voltava novamente para a cozinha.

– Aqui está. – Ele voltou com um copo de água e dei um sorriso convencido. – Não se ache só porque estou cuidando de você.

Peguei o copo de sua mão, engoli a pílula e depois a água.

– Que horas são? – Perguntei, colocando o copo ao meu lado.

– Provavelmente umas quatro e meia. – Ele deu de ombros e sentou-se em minha frente.

– Você parece cansado.

– Tive que sair hoje. – Ele deu de ombros novamente, olhando pela janela.

– Foi à cidade? – Perguntei.

– Não, fui a uma farmácia próxima comprar pílulas para sua dor de cabeça. – Ele voltou a me olhar, percebendo que estávamos muito próximos.

Confesso que ele é muito lindo.

Ele aproximou-se mais, ficando a alguns centímetros de distância.

Olhei para sua boca, sentindo minhas bochechas queimarem um pouco.

– Bom dia, gen... – Afastei-me rapidamente de Barron ao ouvir a voz de Maryssa, que nos observava com um grande sorriso. – Estou atrapalhando? Desculpa! Podem continuar. – Ela saiu rapidamente.

Olhei para Barron por alguns segundos e desviei o olhar para o chão.

– Estou com sono. – Tentei quebrar a estranheza da situação.

– Vem. – Ele aproximou-se, carregando-me no colo.

– Eu posso ir andando. – Protestei.

– Está nervosa? – Ele debochou.

Revirei os olhos e vi meu pé direito enfaixado.

– Você torceu. – Barron respondeu antes que eu perguntasse.

Não disse nada, ele me deitou na cama do quarto.

– Obrigada. – Sorri para ele.

– Bons sonhos, baby. – Ele deu um beijo em minha testa e saiu do quarto.

Fiquei sorrindo como uma idiota, percebendo que Barron estava mexendo com meu psicológico.